De Pueblos Indígenas en Brasil
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Segurança reforçada limita ações da sociedade civil na COP21
02/12/2015
Fonte: Adital - http://site.adital.com.br/site
Segurança reforçada limita ações da sociedade civil na COP21
Adital
Representantes de 195 países estão reunidos, em Paris, desde a última segunda-feira, 30 de novembro, e vão ficar até o próximo dia 11 de dezembro, na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). Durante duas semanas serão debatidas questões relacionadas ao meio ambiente, para que seja alcançado um acordo que reduza os impactos das mudanças climáticas no mundo. O objetivo maior é reduzir a emissão de gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global, e impedir que a temperatura média do planeta aumente mais de 2 graus centígrados.
No último dia 29 de novembro, um dia antes da abertura oficial do evento, milhares de manifestantes, em cidades do mundo todo, participaram da Marcha Global pelo Clima, com a finalidade de pressionar a Conferência a aprovar metas ambiciosas e medidas efetivas por parte dos países.
Organizações e movimentos sociais da América Latina se posicionaram sobre a Conferência do Clima. Em comunicado, as organizações dizem que a origem da crise climática é o sistema capitalista, pois se baseia em um modelo de produção e consumo agressivo da força de trabalho e dos bens comuns. O que resulta em problemas, como migrações e violência.
O presidente da França, François Hollande, o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, e o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que preside o encontro internacional, receberam, na manhã do primeiro dia de evento, os representantes de cada delegação presente na reunião. Depois da abertura oficial da Conferência, foi feito um minuto de silêncio em memória das vítimas dos atentados terroristas, que ocorreram no dia 13 de novembro, na capital francesa.
O primeiro a discursar foi o presidente francês, que repetiu seu desejo de alcançar um acordo sobre o clima, que seja "vinculativo e universal". Ele pediu para que Paris fosse o "início de uma grande mutação". François Hollande e Ban Ki-Moon focaram seus discursos na necessidade de fazer a COP21 ser um evento que vá "para lá das boas intenções".
Já Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, disse que cerca de 200 nações entrarem em um acordo é difícil, mas ele estava otimista. "Nós vamos ter sucesso". A presidenta do Brasil, Dilma Russeff, também discursou no primeiro dia da Cúpula. Ela falou sobre o rompimento da barragem que causou o desastre ambiental no rio Doce, no município de Mariana, em Minas Gerais, no último dia 05 de novembro. "Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia", afirmou a presidenta.
Dilma também falou que as autoridades devem procurar um acordo "legalmente vinculante", que imponha as nações a cumprirem os compromissos. Além disso, ela sugeriu que seja incluído no pacto uma ajuda para países em desenvolvimento.
Foi no segundo dia de COP21 que começou a preparação para se iniciarem, de fato, as negociações sobre o texto do acordo, que já estava pré-pronto desde o dia 23 de outubro deste ano. Porém, o texto é considerado grande, com 53 páginas. É pontuado por mais de 1 mil questões de desacordo, e são exatamente estes pontos que serão resolvidos. Um deles é o que diz que o acordo deve ser uma lei em cada país. Além disso, outros pontos, como o financiamento à transição de países pobres para economias verdes, também causam desacordo.
No mesmo dia, a realidade dos povos indígenas brasileiros também fez parte da Conferência. Quatro lideranças do Alto Rio Negro (Estado do Amazonas) e do Parque Indígena Xingu (Mato Grosso) deram depoimentos em um evento, no Espaço do Clima da Sociedade Civil, realizado pelo Instituto Socioambiental. O site Ciclos Anuais do Rio Tiquié e o filme "Para onde foram as andorinhas?" apresentaram os impactos causados pelas mudanças climáticas, que os índios da Amazônia brasileira estão sofrendo.
O líder indígena André Baniwa, do rio Içana, no noroeste amazônico, denunciou os ataques do Estado brasileiro aos direitos dos territórios indígenas e cobrou a atenção dos chefes de Estado para os conhecimentos indígenas, pois, segundo ele, os índios conhecem e entendem que sua relação com a natureza é de respeito e que o mundo precisa aprender com eles.
No último dia da COP21, os grupos da Marcha Climática Global estão planejando uma grande ação em Paris para a avaliação dos resultados da Conferência. A ideia é que os movimentos da sociedade civil de combate às mudanças climáticas se intensifiquem nos próximos anos.
A cidade de Paris está contando com um forte esquema de segurança, por causa dos atentados que ocorreram no dia 13 de novembro. Com o encontro dos representantes de 195 nações, cerca de 2,8 mil policiais e soldados garantem a segurança no local do evento, e mais 6,3 mil estão espalhados pela capital francesa.
Além disso, 24 ativistas estão sob prisão domiciliar, pois são suspeitos de planejarem protestos violentos durante a Cúpula. 1 mil pessoas foram barradas, pois representariam riscos à segurança.
http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=87530
Adital
Representantes de 195 países estão reunidos, em Paris, desde a última segunda-feira, 30 de novembro, e vão ficar até o próximo dia 11 de dezembro, na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). Durante duas semanas serão debatidas questões relacionadas ao meio ambiente, para que seja alcançado um acordo que reduza os impactos das mudanças climáticas no mundo. O objetivo maior é reduzir a emissão de gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global, e impedir que a temperatura média do planeta aumente mais de 2 graus centígrados.
No último dia 29 de novembro, um dia antes da abertura oficial do evento, milhares de manifestantes, em cidades do mundo todo, participaram da Marcha Global pelo Clima, com a finalidade de pressionar a Conferência a aprovar metas ambiciosas e medidas efetivas por parte dos países.
Organizações e movimentos sociais da América Latina se posicionaram sobre a Conferência do Clima. Em comunicado, as organizações dizem que a origem da crise climática é o sistema capitalista, pois se baseia em um modelo de produção e consumo agressivo da força de trabalho e dos bens comuns. O que resulta em problemas, como migrações e violência.
O presidente da França, François Hollande, o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, a ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, e o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que preside o encontro internacional, receberam, na manhã do primeiro dia de evento, os representantes de cada delegação presente na reunião. Depois da abertura oficial da Conferência, foi feito um minuto de silêncio em memória das vítimas dos atentados terroristas, que ocorreram no dia 13 de novembro, na capital francesa.
O primeiro a discursar foi o presidente francês, que repetiu seu desejo de alcançar um acordo sobre o clima, que seja "vinculativo e universal". Ele pediu para que Paris fosse o "início de uma grande mutação". François Hollande e Ban Ki-Moon focaram seus discursos na necessidade de fazer a COP21 ser um evento que vá "para lá das boas intenções".
Já Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, disse que cerca de 200 nações entrarem em um acordo é difícil, mas ele estava otimista. "Nós vamos ter sucesso". A presidenta do Brasil, Dilma Russeff, também discursou no primeiro dia da Cúpula. Ela falou sobre o rompimento da barragem que causou o desastre ambiental no rio Doce, no município de Mariana, em Minas Gerais, no último dia 05 de novembro. "Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia", afirmou a presidenta.
Dilma também falou que as autoridades devem procurar um acordo "legalmente vinculante", que imponha as nações a cumprirem os compromissos. Além disso, ela sugeriu que seja incluído no pacto uma ajuda para países em desenvolvimento.
Foi no segundo dia de COP21 que começou a preparação para se iniciarem, de fato, as negociações sobre o texto do acordo, que já estava pré-pronto desde o dia 23 de outubro deste ano. Porém, o texto é considerado grande, com 53 páginas. É pontuado por mais de 1 mil questões de desacordo, e são exatamente estes pontos que serão resolvidos. Um deles é o que diz que o acordo deve ser uma lei em cada país. Além disso, outros pontos, como o financiamento à transição de países pobres para economias verdes, também causam desacordo.
No mesmo dia, a realidade dos povos indígenas brasileiros também fez parte da Conferência. Quatro lideranças do Alto Rio Negro (Estado do Amazonas) e do Parque Indígena Xingu (Mato Grosso) deram depoimentos em um evento, no Espaço do Clima da Sociedade Civil, realizado pelo Instituto Socioambiental. O site Ciclos Anuais do Rio Tiquié e o filme "Para onde foram as andorinhas?" apresentaram os impactos causados pelas mudanças climáticas, que os índios da Amazônia brasileira estão sofrendo.
O líder indígena André Baniwa, do rio Içana, no noroeste amazônico, denunciou os ataques do Estado brasileiro aos direitos dos territórios indígenas e cobrou a atenção dos chefes de Estado para os conhecimentos indígenas, pois, segundo ele, os índios conhecem e entendem que sua relação com a natureza é de respeito e que o mundo precisa aprender com eles.
No último dia da COP21, os grupos da Marcha Climática Global estão planejando uma grande ação em Paris para a avaliação dos resultados da Conferência. A ideia é que os movimentos da sociedade civil de combate às mudanças climáticas se intensifiquem nos próximos anos.
A cidade de Paris está contando com um forte esquema de segurança, por causa dos atentados que ocorreram no dia 13 de novembro. Com o encontro dos representantes de 195 nações, cerca de 2,8 mil policiais e soldados garantem a segurança no local do evento, e mais 6,3 mil estão espalhados pela capital francesa.
Além disso, 24 ativistas estão sob prisão domiciliar, pois são suspeitos de planejarem protestos violentos durante a Cúpula. 1 mil pessoas foram barradas, pois representariam riscos à segurança.
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