De Pueblos Indígenas en Brasil
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Indícios de índios no Morro do Osso
15/06/2005
Fonte: Correio do Povo-Porto Alegre-RS
Antropóloga aponta três sítios arqueológicos enquanto prefeitura e caingangues disputam propriedade
Comissão de vereadores foi recebida pelo cacique Kentanh
Na visita da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores, realizada no Morro do Osso ontem à tarde, os caingangues ouviram da antropóloga da Ufrgs Ana Freitas a certeza de que a área recebeu, em séculos anteriores, antepassados de uma tribo indígena. 'É prematuro afirmar a origem da tribo, mas é certo que o local foi habitado, no passado, pelos ancestrais dos indígenas', confirmou Ana.
Os caingangues ocupam o Morro do Osso, na zona Sul de Porto Alegre, desde 9 de abril do ano passado, alegando que a terra foi de propriedade dos índios. O local, com 27 hectares, é defendido como área de preservação ambiental pelo município, que, por isso, reivindica a saída dos índios. 'Descobrimos três sítios arqueológicos e indícios de que existiu na área um cemitério', informou a antropóloga. Os índios relataram que a antropóloga encarregada de levantar os sinais de que a área foi propriedade dos caingangues não tem dúvidas. 'Não somos bobos. Os índios têm capacidade, exigem respeito. A cidade veio depois', disse o cacique Jaime Alves Kentanh. Segundo o índio, os elementos analisados permitem assegurar que a área é um espaço legítimo. 'O pedido de reconhecimento foi enviado à Funai e protocolado', adiantou.
Presidida pelo vereador Ervino Besson (PDT), a comissão conheceu os três sítios arqueológicos que existem no local. Um, que permanece intacto à espera dos estudos arqueológicos, é classificado como um sítio lítico. 'É uma oficina de pedra, que guarda artefatos líticos lascados mostrando como as pedras eram afiadas. Ela denuncia a presença de antepassados', confirmou a antropóloga da Ufrgs.
Durante a visita, acompanhada pelo presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, os índios caingangues que vivem no morro (114 adultos e 53 crianças, o que totaliza 27 famílias) foram notificados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) de que deveriam tirar a casa recém-construída. 'Não vou assinar e vamos construir mais 15 casas de madeira', rebateu o cacique.
A casa de madeira é alvo há 15 dias de uma polêmica envolvendo o titular da Smam, Beto Moesch, agredido pelos indígenas, e os caingangues que reivindicam a posse da terra. 'O local está sendo usado para ensinar as nossas crianças, repassando as tradições religiosas e culturais indígenas', explicou Kentanh.
O vereador Besson comprometeu-se com os caingangues do Morro do Osso a buscar maior rapidez na solução do problema junto à prefeitura
Comissão de vereadores foi recebida pelo cacique Kentanh
Na visita da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores, realizada no Morro do Osso ontem à tarde, os caingangues ouviram da antropóloga da Ufrgs Ana Freitas a certeza de que a área recebeu, em séculos anteriores, antepassados de uma tribo indígena. 'É prematuro afirmar a origem da tribo, mas é certo que o local foi habitado, no passado, pelos ancestrais dos indígenas', confirmou Ana.
Os caingangues ocupam o Morro do Osso, na zona Sul de Porto Alegre, desde 9 de abril do ano passado, alegando que a terra foi de propriedade dos índios. O local, com 27 hectares, é defendido como área de preservação ambiental pelo município, que, por isso, reivindica a saída dos índios. 'Descobrimos três sítios arqueológicos e indícios de que existiu na área um cemitério', informou a antropóloga. Os índios relataram que a antropóloga encarregada de levantar os sinais de que a área foi propriedade dos caingangues não tem dúvidas. 'Não somos bobos. Os índios têm capacidade, exigem respeito. A cidade veio depois', disse o cacique Jaime Alves Kentanh. Segundo o índio, os elementos analisados permitem assegurar que a área é um espaço legítimo. 'O pedido de reconhecimento foi enviado à Funai e protocolado', adiantou.
Presidida pelo vereador Ervino Besson (PDT), a comissão conheceu os três sítios arqueológicos que existem no local. Um, que permanece intacto à espera dos estudos arqueológicos, é classificado como um sítio lítico. 'É uma oficina de pedra, que guarda artefatos líticos lascados mostrando como as pedras eram afiadas. Ela denuncia a presença de antepassados', confirmou a antropóloga da Ufrgs.
Durante a visita, acompanhada pelo presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, os índios caingangues que vivem no morro (114 adultos e 53 crianças, o que totaliza 27 famílias) foram notificados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) de que deveriam tirar a casa recém-construída. 'Não vou assinar e vamos construir mais 15 casas de madeira', rebateu o cacique.
A casa de madeira é alvo há 15 dias de uma polêmica envolvendo o titular da Smam, Beto Moesch, agredido pelos indígenas, e os caingangues que reivindicam a posse da terra. 'O local está sendo usado para ensinar as nossas crianças, repassando as tradições religiosas e culturais indígenas', explicou Kentanh.
O vereador Besson comprometeu-se com os caingangues do Morro do Osso a buscar maior rapidez na solução do problema junto à prefeitura
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