De Pueblos Indígenas en Brasil
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Conflito na reserva Tembé
17/06/2005
Fonte: O Liberal-Belém-PA
Briga de família, inclusive com morte de uma pessoa e baleamento de um índio, ameaça a já turbulenta relação entre madeireiros e índios no Alto Rio Guamá
Uma briga entre famílias resultou em conflito na comunidade de Jaritecuara, situada próxima à reserva indígena Alto Rio Guamá, localizada a 14 quilômetros do município de Capitão Poço,no nordeste paraense. Por causa da morte de Antônio Leilandes, de 23 anos, e do baleamento do índio Tapiti Tembé, de 13 anos, que ainda está internado em Capitão Poço, a comunidade indígena cercou a propriedade de Lourival Pontes Carneiro, pai dos acusados do crime, conhecidos por Washington e Juscelino. Os dois, segundo acusam membros da família de Lourival em Belém, costumam andar armados na comunidade com incentivo do pai.
De acordo com Benedito Moura, tio do rapaz assassinado, ao contrário do que foi divulgado, os índios não roubaram gado da propriedade de Lourival Carneiro, mas retiveram os animais em sinal de protesto contra a violência, que segundo ele foi denunciada diversas vezes para as autoridadades policiais de Capitão Poço e ainda para o poder judiciário do município, sem que nehuma providência foi tomada. "Registramos várias vezes ocorrência na delegacia de Capitão Poço, mas o delegado que ficou lá, pelo menos há duas semanas, não tomou providências. Também encaminhamos um documento assinado por todos os moradores da comunidade ao Fórum de Capitão Poço denunciando as ameaças feitas pela família de Lourival a pessoas da comunidade, mas nenhuma providência foi tomada", disse Moura.
Segundo ele, o clima continua tenso na comunidade, depois do homicídio e do baleamento do índio Tapiti. Moura informou que há pouco mais de um ano a família de Lourival Carneiro era integrada ao resto da comundiade de Jaritecuara, onde todos eram unidos, mas que, por razões desconhecidas, Carneiro tirou os filhos da escola e começou a comprar armas e a armar toda a família. Há suspeitas na comunidade de que Lourival teria se envolvido com negócios ilícitos ligados a roubo de gado na região.
Os três acusados estão foragidos e o desaparecimento deles é outra razão de protestos na comunidade, segundo Benedito Moura. No dia do crime, ocorrido após uma emboscada, Lourival Carneiro teria ido até a delegacia de Capitão Poço para pedir proteção aos filhos e ficou detido por medidas de segurança, mas depois desapareceu da delegacia, assim como os acusados do crime, apontados pelo índio Tapiti, que sobreviveu ao baleamento. Após o crime, o delegado de Capitão Poço foi sibstituído.
Ontem, estavam em Belém uma tia e uma prima dos acusados. Segundo elas, Carneiro incentivava o uso de armas inclusive aos filhos menores de idade, entre 14 e 17 anos. Elas cinsideraram o crime um abalo para o resto da família, que é muito unida a família da vítima. "O rapaz assassinado era como se fosse também um sobrinho nosso, estamos muito tristes e torcendo para que seja feita justiça. Espero que não só naquela região, mas em outros lugares, que os pais de família não armem os seus filhos e nem desestruturem suas famílias dessa forma", disse a senhora, ao falar do irmão e dos sobrinhos foragidos
Uma briga entre famílias resultou em conflito na comunidade de Jaritecuara, situada próxima à reserva indígena Alto Rio Guamá, localizada a 14 quilômetros do município de Capitão Poço,no nordeste paraense. Por causa da morte de Antônio Leilandes, de 23 anos, e do baleamento do índio Tapiti Tembé, de 13 anos, que ainda está internado em Capitão Poço, a comunidade indígena cercou a propriedade de Lourival Pontes Carneiro, pai dos acusados do crime, conhecidos por Washington e Juscelino. Os dois, segundo acusam membros da família de Lourival em Belém, costumam andar armados na comunidade com incentivo do pai.
De acordo com Benedito Moura, tio do rapaz assassinado, ao contrário do que foi divulgado, os índios não roubaram gado da propriedade de Lourival Carneiro, mas retiveram os animais em sinal de protesto contra a violência, que segundo ele foi denunciada diversas vezes para as autoridadades policiais de Capitão Poço e ainda para o poder judiciário do município, sem que nehuma providência foi tomada. "Registramos várias vezes ocorrência na delegacia de Capitão Poço, mas o delegado que ficou lá, pelo menos há duas semanas, não tomou providências. Também encaminhamos um documento assinado por todos os moradores da comunidade ao Fórum de Capitão Poço denunciando as ameaças feitas pela família de Lourival a pessoas da comunidade, mas nenhuma providência foi tomada", disse Moura.
Segundo ele, o clima continua tenso na comunidade, depois do homicídio e do baleamento do índio Tapiti. Moura informou que há pouco mais de um ano a família de Lourival Carneiro era integrada ao resto da comundiade de Jaritecuara, onde todos eram unidos, mas que, por razões desconhecidas, Carneiro tirou os filhos da escola e começou a comprar armas e a armar toda a família. Há suspeitas na comunidade de que Lourival teria se envolvido com negócios ilícitos ligados a roubo de gado na região.
Os três acusados estão foragidos e o desaparecimento deles é outra razão de protestos na comunidade, segundo Benedito Moura. No dia do crime, ocorrido após uma emboscada, Lourival Carneiro teria ido até a delegacia de Capitão Poço para pedir proteção aos filhos e ficou detido por medidas de segurança, mas depois desapareceu da delegacia, assim como os acusados do crime, apontados pelo índio Tapiti, que sobreviveu ao baleamento. Após o crime, o delegado de Capitão Poço foi sibstituído.
Ontem, estavam em Belém uma tia e uma prima dos acusados. Segundo elas, Carneiro incentivava o uso de armas inclusive aos filhos menores de idade, entre 14 e 17 anos. Elas cinsideraram o crime um abalo para o resto da família, que é muito unida a família da vítima. "O rapaz assassinado era como se fosse também um sobrinho nosso, estamos muito tristes e torcendo para que seja feita justiça. Espero que não só naquela região, mas em outros lugares, que os pais de família não armem os seus filhos e nem desestruturem suas famílias dessa forma", disse a senhora, ao falar do irmão e dos sobrinhos foragidos
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