De Pueblos Indígenas en Brasil
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RETOMADA PATAXÓ HÃ-HÃ-HÃE - ITAJU DO COLÔNIA
26/01/2006
Fonte: Cimi-Brasília-DF
A situação continua bastante tensa no município de Itaju do Colônia, onde
os Pataxó Hã-Hã-Hãe retomaram 07 fazendas na última terça-feira, dia
24/01. A Polícia Militar já se encontra na cidade e na entrada da área em
questão (são 05 veículos com cerca de 30 policiais). Os fazendeiros
continuam se reunindo na sede do sindicato patronal para exigir
providências do governo do Estado e da polícia (há informações de que
estão solicitando a presença do Major Santana, que comanda as operações da
PM no interior). Existe um suspense na cidade; em toda esquina grupos
comentam a ação dos índios, a maioria contra eles.
A cidade fica distante cerca de 13 quilômetros do local onde os índios se
encontram. Foi uma ação bastante ousada e organizada dos índios, que se
encontram em número de 500, com representantes de todas as famílias. Estão
bastante animados, mas o físico demonstra o cansaço das noites mal
dormidas, devido às ameaças dos fazendeiros. Eles estão sentindo a falta
de transporte para manter a comunicação externa e a falta de alimentação
para todo o grupo. (a Funai está impedida de dar assistência, por ordem
judicial). Na maioria das áreas retomadas já existe o interdito
proibitório concedido pela Justiça Federal.
As lideranças elaboraram um documento para as autoridades e a sociedade,
justificando a ação e a necessidade do povo neste momento. No documento,
afirmam que não sairão da área "até o último índio em pé", culpam a
justiça, em especial o STF - Supremo Tribunal Federal, e a Seção
Judiciária de Ilhéus pela atual situação, exigindo providências.
A todo momento chegam mais índios ao local, vindos de Pau Brasil. Ontem
(25/01), às 17 horas, chegaram cerca de 30 índios em um caminhão da Funai,
que teve de entrar na cidade para abastecer de combustível. A cidade toda
se movimentou em direção à praça onde se encontrava o caminhão com os
índios. De imediato, a polícia se aproximou, com cerca de 15 homens
fortemente armados; cercaram o caminhão, exigiram a saída dos índios,
"para averiguação de armas e bebidas", segundo o Comandante. Foi um
momento muito tenso, em que a população incitava a polícia a prender os
índios, que foram liberados depois do constrangimento.
A atual situação é passível de acontecimentos trágicos a qualquer momento,
devido ao nível de tensão. A cidade de Itaju do Colônia é de difícil
acesso, com as estradas totalmente destruídas; os telefones públicos,
ontem, não estavam funcionando e os celulares também não, o que tornou a
situação mais crítica. Os índios querem compor uma comissão para ir a
Brasília, mas ainda não existe o consenso e o recurso por parte da Funai,
que se encontra no local com o Chefe de Posto, o Administrador Regional e
um Procurador.
os Pataxó Hã-Hã-Hãe retomaram 07 fazendas na última terça-feira, dia
24/01. A Polícia Militar já se encontra na cidade e na entrada da área em
questão (são 05 veículos com cerca de 30 policiais). Os fazendeiros
continuam se reunindo na sede do sindicato patronal para exigir
providências do governo do Estado e da polícia (há informações de que
estão solicitando a presença do Major Santana, que comanda as operações da
PM no interior). Existe um suspense na cidade; em toda esquina grupos
comentam a ação dos índios, a maioria contra eles.
A cidade fica distante cerca de 13 quilômetros do local onde os índios se
encontram. Foi uma ação bastante ousada e organizada dos índios, que se
encontram em número de 500, com representantes de todas as famílias. Estão
bastante animados, mas o físico demonstra o cansaço das noites mal
dormidas, devido às ameaças dos fazendeiros. Eles estão sentindo a falta
de transporte para manter a comunicação externa e a falta de alimentação
para todo o grupo. (a Funai está impedida de dar assistência, por ordem
judicial). Na maioria das áreas retomadas já existe o interdito
proibitório concedido pela Justiça Federal.
As lideranças elaboraram um documento para as autoridades e a sociedade,
justificando a ação e a necessidade do povo neste momento. No documento,
afirmam que não sairão da área "até o último índio em pé", culpam a
justiça, em especial o STF - Supremo Tribunal Federal, e a Seção
Judiciária de Ilhéus pela atual situação, exigindo providências.
A todo momento chegam mais índios ao local, vindos de Pau Brasil. Ontem
(25/01), às 17 horas, chegaram cerca de 30 índios em um caminhão da Funai,
que teve de entrar na cidade para abastecer de combustível. A cidade toda
se movimentou em direção à praça onde se encontrava o caminhão com os
índios. De imediato, a polícia se aproximou, com cerca de 15 homens
fortemente armados; cercaram o caminhão, exigiram a saída dos índios,
"para averiguação de armas e bebidas", segundo o Comandante. Foi um
momento muito tenso, em que a população incitava a polícia a prender os
índios, que foram liberados depois do constrangimento.
A atual situação é passível de acontecimentos trágicos a qualquer momento,
devido ao nível de tensão. A cidade de Itaju do Colônia é de difícil
acesso, com as estradas totalmente destruídas; os telefones públicos,
ontem, não estavam funcionando e os celulares também não, o que tornou a
situação mais crítica. Os índios querem compor uma comissão para ir a
Brasília, mas ainda não existe o consenso e o recurso por parte da Funai,
que se encontra no local com o Chefe de Posto, o Administrador Regional e
um Procurador.
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