De Pueblos Indígenas en Brasil
News
Denúncias contra Conselho Indigenista
27/01/2006
Autor: MARIA EDUARDA TORALLES
Fonte: A Tarde-Salvador-BA
O Conselho de Caciques da
comunidade Pataxó, do extremo sul da Bahia, encaminhou documento à
Procuradoria da República, em Ilhéus, pedindo uma investigação sobre a
atuação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), de Eunápolis, nas
aldeias da região.
"Faz mais de 15 anos estão trabalhando dentro da comunidade indígena e
nunca apresentaram um projeto sustentável. Recebem recursos em
nome das comunidades e não fazem nada, só jogam índio contra índio",
disse o índio Ailton Alves dos Santos, o Carajá, que é presidente do
Conselho de Caciques.
- O Cimi só incentiva invasões; quando tem problemas, corre. Tem
várias lideranças com problemas por causa deles. Eles não fazem nada de
concreto - disse Aruã, cacique da Terra Indígena de Coroa
Vermelha, a mesma declaração fez o chefe da Nau Monte Pascoal da
Fundação Nacional do Índio (Funai), Zezito Pataxó.
O chefe da Nau de Porto Seguro, Zeca Pataxó, apoiou a decisão e
declara que a Funai de Porto Seguro não irá mais dar permissão para que
eles freqüentem as terras indígenas. "De acordo com o decreto da Funai, a
entrada em terra indígena só é permitida com autorização. O Cimi de
Eunápolis não tem feito nenhum trabalho para ajudar as
comunidades", concluiu Zeca.
O documento enviado à Procuradoria da República pede a abertura de um
procedimento administrativo investigando a origem e a destinação da verba
recebida pelo Cimi de Eunápolis em nome dos
índios. "Estamos aqui há três anos e eles nunca estiveram aqui",
disse um índio da área retomada de Juerana, em Porto Seguro.
O OUTRO LADO - Adson Rodrigues, membro do Cimi de Eunápolis, afirmou que
as denúncias contra a organização estão sendo incentivadas por
fazendeiros e empresas da região. "Temos contribuído na luta de
povos indígenas.
Estamos incomodando tanto que os fazendeiros estão reagindo", disse
Rodrigues, revelando ainda que as ações do Cimi são desenvolvidas por
meio de organismos da Igreja Católica.
- A política indigenista atual não atende aos interesses da
comunidade indígena. Nossa atuação é de presença e de testemunho, para
mostrar e divulgar internacionalmente a situação dos índios.
Incentivamos para que se organizem, para que denunciem e cobrem,
para que o Estado cumpra seu papel - afirmou Rodrigues, dizendo
ainda que o conselho atua junto à Frente de Resistência Pataxó, que
representa 12 comunidades indígenas da região.
comunidade Pataxó, do extremo sul da Bahia, encaminhou documento à
Procuradoria da República, em Ilhéus, pedindo uma investigação sobre a
atuação do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), de Eunápolis, nas
aldeias da região.
"Faz mais de 15 anos estão trabalhando dentro da comunidade indígena e
nunca apresentaram um projeto sustentável. Recebem recursos em
nome das comunidades e não fazem nada, só jogam índio contra índio",
disse o índio Ailton Alves dos Santos, o Carajá, que é presidente do
Conselho de Caciques.
- O Cimi só incentiva invasões; quando tem problemas, corre. Tem
várias lideranças com problemas por causa deles. Eles não fazem nada de
concreto - disse Aruã, cacique da Terra Indígena de Coroa
Vermelha, a mesma declaração fez o chefe da Nau Monte Pascoal da
Fundação Nacional do Índio (Funai), Zezito Pataxó.
O chefe da Nau de Porto Seguro, Zeca Pataxó, apoiou a decisão e
declara que a Funai de Porto Seguro não irá mais dar permissão para que
eles freqüentem as terras indígenas. "De acordo com o decreto da Funai, a
entrada em terra indígena só é permitida com autorização. O Cimi de
Eunápolis não tem feito nenhum trabalho para ajudar as
comunidades", concluiu Zeca.
O documento enviado à Procuradoria da República pede a abertura de um
procedimento administrativo investigando a origem e a destinação da verba
recebida pelo Cimi de Eunápolis em nome dos
índios. "Estamos aqui há três anos e eles nunca estiveram aqui",
disse um índio da área retomada de Juerana, em Porto Seguro.
O OUTRO LADO - Adson Rodrigues, membro do Cimi de Eunápolis, afirmou que
as denúncias contra a organização estão sendo incentivadas por
fazendeiros e empresas da região. "Temos contribuído na luta de
povos indígenas.
Estamos incomodando tanto que os fazendeiros estão reagindo", disse
Rodrigues, revelando ainda que as ações do Cimi são desenvolvidas por
meio de organismos da Igreja Católica.
- A política indigenista atual não atende aos interesses da
comunidade indígena. Nossa atuação é de presença e de testemunho, para
mostrar e divulgar internacionalmente a situação dos índios.
Incentivamos para que se organizem, para que denunciem e cobrem,
para que o Estado cumpra seu papel - afirmou Rodrigues, dizendo
ainda que o conselho atua junto à Frente de Resistência Pataxó, que
representa 12 comunidades indígenas da região.
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