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Índios prometem resistir a ordem de despejo, marcada para amanhã
08/04/2018
Fonte: Correio do Estado https://www.correiodoestado.com.br/
Índios Guarani e Kaiowá, que vivem em dois acampamentos em Mato Grosso do Sul, prometem resitir a ordem de despejo, que deve ser cumprida pela Polícia Federal nesta segunda-feira(9), em Caarapó. A informação de que a polícia cumprirá a ordem chegou aos índios ontem e a comunidade já anunciou que não irá recurar.
"Nós estamos preparados para qualquer coisa. O segundo massacre tem data marcada, porque a comunidade não aceitou recuar. Vamos esperar a polícia", disse o líder Kunumi Apyka'i Rory ao site do Conselho Missionário Indigenista (CIMI).
Em meio à iminência do despejo, os indígenas aguardam que o Supremo Tribunal Federal (STF) acate os recursos da Fundação Nacional do Índio (Funai), pedindo a suspensão da reintegração de posse das áreas. Cabe à presidenta do STF, Cármen Lúcia, analisar os pedidos.
HISTÓRICO
"O despejo em Caarapó pode atingir níveis de violência nunca antes visto nestas operações", avalia o missionario do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Mato Grosso do Sul, Flávio Vicente Machado.
"Mais de cinco mil pessoas moram na reserva. Poderá ser um massacre ainda maior que o que matou Clodiodi", analisa Flávio, relembrando o episódio de junho de 2016, conhecido como o massacre de Caarapó.
Na ocasião, dezenas de fazendeiros e homens armados invadiram um acampamento em caminhonetes e tratores, matando o agente de saúde indígena e deixando mais 20 pessoas feridas, entre crianças, professores e idosos.
Na última semana, a PF enviou de Brasília o delegado Luiz Carlos Porto para tentar convencer os Kaiowá e Guarani a saírem de maneira pacífica das áreas ocupadas. "Tentamos de todas as formas convencer a comunidade a (...) evitar a reintegração com força policial, que é sempre muito traumática", afirmou o delegado federal, em entrevista coletiva.
Segundo o policial - especializado em negociações com indígenas -, "os índios têm um orgulho pela terra e isso dificulta a saída. Eles entendem que a ordem judicial não tem de ser cumprida por estarem nas terras que sempre lhes pertenceram".
Em outro processo de reintegração de posse em Caarapó em 2017, a PF alertou a Justiça sobre a "probabilidade concreta de mortes" durante a execução do pedido. O ofício da polícia, na época, acabou embasando uma decisão da Justiça Federal de adiar, até então, um dos despejos contra a comunidade.
https://www.correiodoestado.com.br/cidades/indios-prometem-resistir-a-ordem-de-despejo-marcada-para-amanha/325341/
"Nós estamos preparados para qualquer coisa. O segundo massacre tem data marcada, porque a comunidade não aceitou recuar. Vamos esperar a polícia", disse o líder Kunumi Apyka'i Rory ao site do Conselho Missionário Indigenista (CIMI).
Em meio à iminência do despejo, os indígenas aguardam que o Supremo Tribunal Federal (STF) acate os recursos da Fundação Nacional do Índio (Funai), pedindo a suspensão da reintegração de posse das áreas. Cabe à presidenta do STF, Cármen Lúcia, analisar os pedidos.
HISTÓRICO
"O despejo em Caarapó pode atingir níveis de violência nunca antes visto nestas operações", avalia o missionario do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Mato Grosso do Sul, Flávio Vicente Machado.
"Mais de cinco mil pessoas moram na reserva. Poderá ser um massacre ainda maior que o que matou Clodiodi", analisa Flávio, relembrando o episódio de junho de 2016, conhecido como o massacre de Caarapó.
Na ocasião, dezenas de fazendeiros e homens armados invadiram um acampamento em caminhonetes e tratores, matando o agente de saúde indígena e deixando mais 20 pessoas feridas, entre crianças, professores e idosos.
Na última semana, a PF enviou de Brasília o delegado Luiz Carlos Porto para tentar convencer os Kaiowá e Guarani a saírem de maneira pacífica das áreas ocupadas. "Tentamos de todas as formas convencer a comunidade a (...) evitar a reintegração com força policial, que é sempre muito traumática", afirmou o delegado federal, em entrevista coletiva.
Segundo o policial - especializado em negociações com indígenas -, "os índios têm um orgulho pela terra e isso dificulta a saída. Eles entendem que a ordem judicial não tem de ser cumprida por estarem nas terras que sempre lhes pertenceram".
Em outro processo de reintegração de posse em Caarapó em 2017, a PF alertou a Justiça sobre a "probabilidade concreta de mortes" durante a execução do pedido. O ofício da polícia, na época, acabou embasando uma decisão da Justiça Federal de adiar, até então, um dos despejos contra a comunidade.
https://www.correiodoestado.com.br/cidades/indios-prometem-resistir-a-ordem-de-despejo-marcada-para-amanha/325341/
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