De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Um em cada cinco quilombolas vive em unidades de conservação ambiental, diz Censo
11/07/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Um em cada cinco quilombolas vive em unidades de conservação ambiental, diz Censo
Grupo é o mais exposto a precariedade no saneamento, com 88% convivendo com ao menos uma inadequação quanto a água, esgoto ou lixo
11/07/2025
Clayton Castelani, Marina Pinhoni e Tiago Cardoso
Um em cada cinco integrantes da população quilombola reside em unidades de conservação no país, de acordo com informações do Censo 2022 divulgadas nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ao produzir pela primeira vez dados estatísticos sobre a população e suas habitações em territórios cujos recursos naturais são protegidos pela Constituição, o órgão apontou que 282 mil pessoas quilombolas habitam áreas protegidas. Isso equivale a 21,2% desse grupo populacional.
Ainda dentro do grupo de povos tradicionais, há 132,8 mil indígenas vivendo nessas áreas. Esse número representa quase 8% da população indígena do país e 1% do total de residentes em territórios de conservação.
Se considerados todos os moradores em unidades de conservação, o recorte de identificação étnico-racial do IBGE indica que 51% se declaram pardos. Brancos representam 35,8%, enquanto pretos são 11,9%. Menor grupo habitante dessas áreas, aqueles que declaram cor amarela são 0,3%.
Para este levantamento, o IBGE considera o total de residentes, incluindo aqueles que não estão em domicílios permanentemente ocupados, o que resulta em 11,8 milhões de pessoas vivendo nas unidades de conservação.
Povos tradicionais residentes em áreas de preservação ambiental têm acesso significativamente reduzido ao abastecimento adequado de água, destinação correta do esgoto e serviço de coleta de lixo.
Entre os domicílios com pelo menos um morador quilombola, 88% possuem alguma forma de precariedade quanto ao saneamento -o indicador equivale a 248 mil pessoas quilombolas.
Em relação aos domicílios com pelo menos um morador indígena, 71% possuíam alguma precariedade, o que corresponde a 94 mil pessoas.
Os dados de precariedade relativos a povos tradicionais são significativamente superiores aos observados no total de residentes em unidades de conservação, cujo percentual é de 40%.
Para fazer este cálculo, o IBGE avalia apenas domicílios permanentemente ocupados, o que reduz o universo analisado para 11,7 milhões de habitantes.
O índice de precariedade geral do saneamento em todo o território brasileiro é de 27,28%.
Ainda sobre a relativamente elevada presença de quilombolas em unidades de conservação, técnicos do IBGE afirmaram que estudos futuros sobre os novos dados estatísticos podem confirmar que o panorama constatado resulta tanto dos conflitos que envolvem a titulação de quilombos quanto da contribuição de povos tradicionais para a conservação ambiental.
Em outras palavras, se por um lado um processo mais célere de titulação poderia excluir pessoas quilombolas do cômputo de residentes em unidades de conservação, por outro, pode ter sido justamente a presença desse grupo a responsável por manter algumas áreas preservadas para que pudessem ser reconhecidas como reservas ambientais.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/07/um-em-cada-cinco-quilombolas-vive-em-unidades-de-conservacao-ambiental-diz-censo.shtml
Grupo é o mais exposto a precariedade no saneamento, com 88% convivendo com ao menos uma inadequação quanto a água, esgoto ou lixo
11/07/2025
Clayton Castelani, Marina Pinhoni e Tiago Cardoso
Um em cada cinco integrantes da população quilombola reside em unidades de conservação no país, de acordo com informações do Censo 2022 divulgadas nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ao produzir pela primeira vez dados estatísticos sobre a população e suas habitações em territórios cujos recursos naturais são protegidos pela Constituição, o órgão apontou que 282 mil pessoas quilombolas habitam áreas protegidas. Isso equivale a 21,2% desse grupo populacional.
Ainda dentro do grupo de povos tradicionais, há 132,8 mil indígenas vivendo nessas áreas. Esse número representa quase 8% da população indígena do país e 1% do total de residentes em territórios de conservação.
Se considerados todos os moradores em unidades de conservação, o recorte de identificação étnico-racial do IBGE indica que 51% se declaram pardos. Brancos representam 35,8%, enquanto pretos são 11,9%. Menor grupo habitante dessas áreas, aqueles que declaram cor amarela são 0,3%.
Para este levantamento, o IBGE considera o total de residentes, incluindo aqueles que não estão em domicílios permanentemente ocupados, o que resulta em 11,8 milhões de pessoas vivendo nas unidades de conservação.
Povos tradicionais residentes em áreas de preservação ambiental têm acesso significativamente reduzido ao abastecimento adequado de água, destinação correta do esgoto e serviço de coleta de lixo.
Entre os domicílios com pelo menos um morador quilombola, 88% possuem alguma forma de precariedade quanto ao saneamento -o indicador equivale a 248 mil pessoas quilombolas.
Em relação aos domicílios com pelo menos um morador indígena, 71% possuíam alguma precariedade, o que corresponde a 94 mil pessoas.
Os dados de precariedade relativos a povos tradicionais são significativamente superiores aos observados no total de residentes em unidades de conservação, cujo percentual é de 40%.
Para fazer este cálculo, o IBGE avalia apenas domicílios permanentemente ocupados, o que reduz o universo analisado para 11,7 milhões de habitantes.
O índice de precariedade geral do saneamento em todo o território brasileiro é de 27,28%.
Ainda sobre a relativamente elevada presença de quilombolas em unidades de conservação, técnicos do IBGE afirmaram que estudos futuros sobre os novos dados estatísticos podem confirmar que o panorama constatado resulta tanto dos conflitos que envolvem a titulação de quilombos quanto da contribuição de povos tradicionais para a conservação ambiental.
Em outras palavras, se por um lado um processo mais célere de titulação poderia excluir pessoas quilombolas do cômputo de residentes em unidades de conservação, por outro, pode ter sido justamente a presença desse grupo a responsável por manter algumas áreas preservadas para que pudessem ser reconhecidas como reservas ambientais.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/07/um-em-cada-cinco-quilombolas-vive-em-unidades-de-conservacao-ambiental-diz-censo.shtml
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.