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'Nossa luta contra a mineração em terra indígena só está começando'
04/06/2025
Autor: Ivânia Vieira
Fonte: A Critica - https://www.acritica.com
A resposta somos nós! Disseram os Mura somados a 353 participantes indígenas e não indígenas no VIII Encontro desse povo, realizado nos dias 29 a 31 de maio, na comunidade indígena Lago do Soares, município de Autazes, a 112 Km de Manaus. A Organização de Lideranças Indígenas Mura de Careiro da Várzea (OLIMCV) e a Organização Indígena da Resistência Mura de Autazes (OIRMA) foram as responsáveis pela realização da assembleia demarcadora de outro momento do resistir no jeito mura.
Um dos participantes, o escritor, pesquisador e professor Gersem Baniwa, da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista a mim concedida, no dia 1o de junho, pelo WhatsApp, fez uma síntese sobre o encontro. Eis fragmentos da percepção de Gersem Baniwa, militante histórico e fundador de algumas organizações do movimento indígena no Estado do Amazonas:
"Foi um acontecimento muito marcante. Como encontro sinalizou e mostrou a força da resistência do povo Mura, ali estavam presentes, não apenas indígenas de algumas aldeias Mura dos municípios de Autazes e de Careiro da Várzea. Mais de 10 municípios do Amazonas se fizeram representar por meio de associações e de comunidades Mura.
"O que aconteceu nessa grande reunião não se tratou apenas de um encontro dos Mura de Autazes e do Careiro da Várzea mais diretamente afetados pelo projeto da Potássio Brasil, e sim o grande lance desse evento é que essa luta se transformou, em primeiro lugar, na luta do povo Mura desses dois municípios e de todos os indígenas.
"O encontro possibilitou que a luta local da resistência Mura se estendesse ao nível regional e ao nacional porque todas as organizações indígenas mais importantes do Brasil estavam presentes. A Articulação das Organizações es Povos Indígenas do Amazonas (APIAM), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) para citar algumas delas. Simbolicamente houve votação, eu diria aclamação, para que a partir de agora a APIB passe a tratar a luta contra a mineração e a favor da demarcação das terras indígenas de Autazes e Careiro da Várzea como prioridade. E é isso que da APIB irá fazer com sua equipe de assessoria jurídica.
"Então, saímos de um encontro que torna a luta dos Mura mais potente, mais forte e muitas estratégias políticas, jurídicas e sobretudo sociais do movimento indígena foram discutidas e estão sendo encaminhadas.
"A grande lição é que essa luta já não é mais do povo mura, dos povos indígenas do Careiro da Várzea, é sim dos povos indígenas do Brasil e do Movimento Indígena Brasileiro. Em todos os lugares, o movimento irá pautar a questão da mineração em terras indígenas.
"Saímos de Autazes com a certeza de que a expressão da força da luta dos povos indígenas contra a mineração em terras indígenas será demonstrada. Também foram reafirmados os elos com as organizações e demais parceiros históricos. Estamos formando uma grande frente. Ao que tudo indica, os próximos encontros do povo Mura serão cada vez mais potentes e mais decisivos no enfrentamento à mineração em terras indígenas, especialmente no enfrentar a Potássio do Brasil. Nossa luta só está começando."
https://www.acritica.com/opiniao/escritasdocorpo/nossa-luta-contra-a-minerac-o-em-terra-indigena-so-esta-comecando-1.374377
Um dos participantes, o escritor, pesquisador e professor Gersem Baniwa, da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista a mim concedida, no dia 1o de junho, pelo WhatsApp, fez uma síntese sobre o encontro. Eis fragmentos da percepção de Gersem Baniwa, militante histórico e fundador de algumas organizações do movimento indígena no Estado do Amazonas:
"Foi um acontecimento muito marcante. Como encontro sinalizou e mostrou a força da resistência do povo Mura, ali estavam presentes, não apenas indígenas de algumas aldeias Mura dos municípios de Autazes e de Careiro da Várzea. Mais de 10 municípios do Amazonas se fizeram representar por meio de associações e de comunidades Mura.
"O que aconteceu nessa grande reunião não se tratou apenas de um encontro dos Mura de Autazes e do Careiro da Várzea mais diretamente afetados pelo projeto da Potássio Brasil, e sim o grande lance desse evento é que essa luta se transformou, em primeiro lugar, na luta do povo Mura desses dois municípios e de todos os indígenas.
"O encontro possibilitou que a luta local da resistência Mura se estendesse ao nível regional e ao nacional porque todas as organizações indígenas mais importantes do Brasil estavam presentes. A Articulação das Organizações es Povos Indígenas do Amazonas (APIAM), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) para citar algumas delas. Simbolicamente houve votação, eu diria aclamação, para que a partir de agora a APIB passe a tratar a luta contra a mineração e a favor da demarcação das terras indígenas de Autazes e Careiro da Várzea como prioridade. E é isso que da APIB irá fazer com sua equipe de assessoria jurídica.
"Então, saímos de um encontro que torna a luta dos Mura mais potente, mais forte e muitas estratégias políticas, jurídicas e sobretudo sociais do movimento indígena foram discutidas e estão sendo encaminhadas.
"A grande lição é que essa luta já não é mais do povo mura, dos povos indígenas do Careiro da Várzea, é sim dos povos indígenas do Brasil e do Movimento Indígena Brasileiro. Em todos os lugares, o movimento irá pautar a questão da mineração em terras indígenas.
"Saímos de Autazes com a certeza de que a expressão da força da luta dos povos indígenas contra a mineração em terras indígenas será demonstrada. Também foram reafirmados os elos com as organizações e demais parceiros históricos. Estamos formando uma grande frente. Ao que tudo indica, os próximos encontros do povo Mura serão cada vez mais potentes e mais decisivos no enfrentamento à mineração em terras indígenas, especialmente no enfrentar a Potássio do Brasil. Nossa luta só está começando."
https://www.acritica.com/opiniao/escritasdocorpo/nossa-luta-contra-a-minerac-o-em-terra-indigena-so-esta-comecando-1.374377
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