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Mulheres indígenas se reúnem em 1ª Conferência Nacional e defendem protagonismo na elaboração de políticas públicas
05/08/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
Cerca de 5 mil mulheres indígenas de diferentes biomas do Brasil estão reunidas na capital federal para participar da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas. O evento é um espaço dedicado à escuta, ao protagonismo e à elaboração de políticas que respeitem suas especificidades culturais, sociais e territoriais. Na segunda-feira (4), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou da abertura da conferência e reforçou a importância do evento para a consolidação de uma política indigenista efetiva, feita com a presença das mulheres indígenas.
Joenia Wapichana, primeira mulher indígena a presidir a Funai, destaca que a presença feminina em espaços de poder faz a diferença. Por isso, defendeu o fortalecimento do coletivo das mulheres indígenas para o enfrentamento à violência de gênero, bem como para a gestão ambiental e territorial de suas terras. "Essa conferência já está na história do Brasil porque ela marca que as mulheres indígenas são fundamentais não apenas para os povos indígenas, mas para o Brasil, para o planeta, porque as mulheres sabem sua origem, sabem seu papel e tem uma força histórica da sua ancestralidade", enfatiza Joenia.
A conferência é considerada histórica por representar um espaço inédito de escuta, formulação de políticas públicas e fortalecimento da participação política das mulheres indígenas. O encontro tem como principais objetivos avaliar as ações do Estado brasileiro destinadas às mulheres indígenas; propor diretrizes para a "Política Nacional das Mulheres Indígenas"; e construir, de forma interministerial e interinstitucional, um "Plano Nacional de Políticas para Mulheres Indígenas sob a perspectiva de Enfrentamento às Violências".
O evento é coordenado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e pelo Ministério das Mulheres (MMulheres) e tem o apoio da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). As discussões estão divididas em cinco eixos temáticos - Direito e Gestão Territorial; Emergência Climática; Políticas Públicas e Violência de Gênero; Saúde; e Educação e Transmissão de Saberes Ancestrais.
A diretora da Anmiga, Josiléia Kaingang, ressalta que a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas é resultado de "um processo político construído com muito compromisso, com muita coragem e com articulação coletiva". Ela afirma que a conferência é "fruto de uma jornada iniciada na 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, quando reunimos as nossas vozes, aqui em Brasília, em um grito de resistência que chamou 'Território: nosso corpo, nosso espírito', em 2019".
Funai exalta papel das lideranças femininas durante IV Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília
Momento decisivo
De acordo com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esse é um momento decisivo para os povos. Ela lembra que, pela primeira vez, há um Ministério dos Povos Indígenas - comandado por uma mulher indígena, assim como a Funai. A ministra reforça que a realização da conferência é fruto da luta das mulheres indígenas e do compromisso de um presidente da República que preza pela soberania do país e respeita a diversidade.
"Estar aqui hoje é renovar a força da luta coletiva, é honrar o caminho aberto por nossas anciãs, reconhecer a ousadia das mais jovens e fortalecer o presente com a ancoragem de quem nunca se calou. Reafirmamos a importância dessa aliança entre mulheres indígenas e o Estado brasileiro para transformar em política pública aquilo que nasce da base e da ancestralidade", destaca Sonia Guajajara.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforça a importância da conferência para a troca de saberes tradicionais e para fortalecer a luta das mulheres por igualdade de gênero. Ela ressalta que as mulheres indígenas contribuem de forma significativa para que "a terra, o clima, as águas, as florestas, o campo de fato sejam respeitados e honrados por todo o povo brasileiro".
Também participaram da abertura da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ministra da Cultura, Margareth Menezes; a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo; as deputadas federais Célia Xakriabá (MG) e Maria do Rosário (RS); e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/mulheres-indigenas-se-reunem-em-1a-conferencia-nacional-e-defendem-protagonismo-na-elaboracao-de-politicas-publicas
Joenia Wapichana, primeira mulher indígena a presidir a Funai, destaca que a presença feminina em espaços de poder faz a diferença. Por isso, defendeu o fortalecimento do coletivo das mulheres indígenas para o enfrentamento à violência de gênero, bem como para a gestão ambiental e territorial de suas terras. "Essa conferência já está na história do Brasil porque ela marca que as mulheres indígenas são fundamentais não apenas para os povos indígenas, mas para o Brasil, para o planeta, porque as mulheres sabem sua origem, sabem seu papel e tem uma força histórica da sua ancestralidade", enfatiza Joenia.
A conferência é considerada histórica por representar um espaço inédito de escuta, formulação de políticas públicas e fortalecimento da participação política das mulheres indígenas. O encontro tem como principais objetivos avaliar as ações do Estado brasileiro destinadas às mulheres indígenas; propor diretrizes para a "Política Nacional das Mulheres Indígenas"; e construir, de forma interministerial e interinstitucional, um "Plano Nacional de Políticas para Mulheres Indígenas sob a perspectiva de Enfrentamento às Violências".
O evento é coordenado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e pelo Ministério das Mulheres (MMulheres) e tem o apoio da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). As discussões estão divididas em cinco eixos temáticos - Direito e Gestão Territorial; Emergência Climática; Políticas Públicas e Violência de Gênero; Saúde; e Educação e Transmissão de Saberes Ancestrais.
A diretora da Anmiga, Josiléia Kaingang, ressalta que a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas é resultado de "um processo político construído com muito compromisso, com muita coragem e com articulação coletiva". Ela afirma que a conferência é "fruto de uma jornada iniciada na 1ª Marcha das Mulheres Indígenas, quando reunimos as nossas vozes, aqui em Brasília, em um grito de resistência que chamou 'Território: nosso corpo, nosso espírito', em 2019".
Funai exalta papel das lideranças femininas durante IV Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília
Momento decisivo
De acordo com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, esse é um momento decisivo para os povos. Ela lembra que, pela primeira vez, há um Ministério dos Povos Indígenas - comandado por uma mulher indígena, assim como a Funai. A ministra reforça que a realização da conferência é fruto da luta das mulheres indígenas e do compromisso de um presidente da República que preza pela soberania do país e respeita a diversidade.
"Estar aqui hoje é renovar a força da luta coletiva, é honrar o caminho aberto por nossas anciãs, reconhecer a ousadia das mais jovens e fortalecer o presente com a ancoragem de quem nunca se calou. Reafirmamos a importância dessa aliança entre mulheres indígenas e o Estado brasileiro para transformar em política pública aquilo que nasce da base e da ancestralidade", destaca Sonia Guajajara.
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforça a importância da conferência para a troca de saberes tradicionais e para fortalecer a luta das mulheres por igualdade de gênero. Ela ressalta que as mulheres indígenas contribuem de forma significativa para que "a terra, o clima, as águas, as florestas, o campo de fato sejam respeitados e honrados por todo o povo brasileiro".
Também participaram da abertura da 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ministra da Cultura, Margareth Menezes; a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo; as deputadas federais Célia Xakriabá (MG) e Maria do Rosário (RS); e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/mulheres-indigenas-se-reunem-em-1a-conferencia-nacional-e-defendem-protagonismo-na-elaboracao-de-politicas-publicas
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