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Indígenas acusam mineradora de danos ambientais no Vale do Jequitinhonha

25/08/2025

Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/



Indígenas acusam mineradora de danos ambientais no Vale do Jequitinhonha
Moradores relatam sofrer com explosões constantes, poluição atmosférica intensa e racionamento de água

25/08/2025

A comunidade indígena Pankararu/Pataxó, de Araçuaí (MG), no Vale do Jequitinhonha, entrou na Justiça contra a Sigma Mineração, responsável pela exploração de lítio na região. O grupo pede R$ 36 milhões de indenização por danos morais e materiais. A ação foi movida pelo cacique Ivanildo Cardoso da Silva, representante da coletividade.

No processo, os moradores relatam sofrer com explosões constantes e poluição atmosférica intensa. Eles também citam racionamento de água e adoecimento de crianças e idosos, além de rachaduras em casas e contaminação do solo. Os problemas são atribuídos à operação do projeto "Grota do Cirilo". O empreendimento é o maior complexo de mineração de lítio em funcionamento no Brasil. Procurada, a Sigma não quis se manifestar.

Segundo o documento, embora a empresa se autointitula "a mais verde do mundo" por adotar práticas como o uso de energia renovável, ela provoca graves impactos socioambientais na comunidade de Poço Dantas, situada a poucos metros da planta industrial.

"A própria empresa, em diversas ocasiões, aconselhou moradores a não consumirem a água do Rio Piauí, oferecendo caixas-d'água como medida paliativa - que, segundo relatos, são reabastecidas apenas uma vez por mês e, muitas vezes, não suprem sequer as necessidades básicas", afirma a ação.

Moradores também relatam que a água fornecida apresenta forte cheiro de cloro e aspecto turvo.

"Está sendo afetado nossos modos de vida. Há muitos problemas respiratórios por causa da poeira. As casas que ficam mais próximas na comunidade Poço Dantas estão rachando. Estão poluindo os rios. Além disso afetou a economia, com aluguéis, transportes, supermercado caros. Quem ganha com tudo isso são os empresários", afirma a moradora Uakyrê Araçuai.

A comunidade também alega enfrentar problemas como infestações de morcegos em suas residências devido ao desequilíbrio causado pela atividade minerária.

A ação também diz que a mineradora de degradar a área. Dados do projeto Global Forest Watch indicam que a região perdeu cerca de 2,66 km² de cobertura florestal desde a instalação da empresa, em 2021.
Procurada, a Sigma Mineração preferiu não se manifestar.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2025/08/indigenas-acusam-mineradora-de-danos-ambientais-no-vale-do-jequitinhonha.shtml
 

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