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ONU nomeia indígena brasileira para grupo de combate às mudanças climáticas
14/08/2025
Fonte: CNN Brasil - https://www.cnnbrasil.com.br/
ONU nomeia indígena brasileira para grupo de combate às mudanças climáticas
Txai Suruí, a única brasileira do grupo, foi escolhida para integrar o grupo consultivo de jovens no Dia Internacional da Juventude
Nesta semana, na jornada rumo à COP30, tive a oportunidade de conversar no CNN Prime Time com a líder indígena Txai Suruí, que acabou de ser nomeada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para o Grupo Consultivo de Jovens sobre Mudança Climática.
A nomeação da única brasileira do grupo, uma voz tão poderosa do povo Paiter Suruí, é um reconhecimento merecido do trabalho incansável que ela e tantos outros jovens vêm fazendo. Mas, como ela mesma me disse, é também uma "grande responsabilidade".
Segundo a líder indígena, ela está lá para levar a vivência e a perspectiva da juventude, das mulheres e dos povos indígenas diretamente para as mesas de decisão global. É uma convocação para que o mundo ouça quem está na linha de frente dos impactos e também das soluções.
Ela reforçou a urgência do tema: "É o futuro que está em risco. E o presente, né? Porque as emergências climáticas já estão acontecendo." Txai também explicou que, se queremos que as soluções climáticas funcionem, "elas também precisam vir da base".
Durante nossa conversa, Márcio Gomes questionou como conscientizar as autoridades e as pessoas que ainda não perceberam a oportunidade que temos com a COP30, a resposta da Txai foi direta, ecoando a necessidade de aproximar as decisões da realidade das pessoas.
Ela enfatizou que a desconexão entre as agendas políticas e as preocupações climáticas é perigosa:"Apesar de ser lá onde os representantes decidem o que vai acontecer sobre a nossa vida, é na base, nos territórios, onde a gente vê o reflexo dessas decisões."
Para ela, a solução está em mostrar que a crise climática não é uma questão abstrata ou distante. É sobre a vida de todos, do Rio Grande do Sul aos rios da Amazônia que estão secando.
A única forma de garantir que as decisões sejam eficazes é se elas surgirem também do conhecimento e da experiência de quem vive na prática as consequências da crise.
Presidente da COP30 divulga 5ª carta oficial
A notícia da Txai chegou no momento em que a presidência da COP30, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, publicou sua quinta carta à comunidade internacional. Na minha interpretação, o documento tenta transcender a geopolítica e foca em uma mensagem profundamente humana.
A carta é um chamado para que a ação climática deixe de ser apenas sobre métricas, tecnologias e cronogramas. Ela nos lembra que, em sua essência, a luta contra a crise climática é sobre pessoas. É sobre quem somos, o que queremos preservar e o que estamos dispostos a fazer para cuidar uns dos outros e do nosso planeta.
A mensagem principal é clara: a COP30 em Belém deve ser um momento de virada para que grupos historicamente marginalizados - como mulheres, jovens, povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes - sejam reconhecidos como líderes e protagonistas na resposta global ao clima.
Para isso, a carta propõe que a conferência seja um "ritual de passagem" para um novo modelo de desenvolvimento. Segundo o embaixador, a reunião deve ser um momento de reflexão e união, dividido em três etapas:
Luto: Homenagear as vítimas de desastres climáticos;
Memória: Preservar valores humanos essenciais como empatia e solidariedade;
Criação: Construir, em conjunto, um futuro próspero e seguro.
https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/patricia-ellen/nacional/brasil/onu-nomeia-indigena-brasileira-para-grupo-de-combate-as-mudancas-climaticas/
Txai Suruí, a única brasileira do grupo, foi escolhida para integrar o grupo consultivo de jovens no Dia Internacional da Juventude
Nesta semana, na jornada rumo à COP30, tive a oportunidade de conversar no CNN Prime Time com a líder indígena Txai Suruí, que acabou de ser nomeada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para o Grupo Consultivo de Jovens sobre Mudança Climática.
A nomeação da única brasileira do grupo, uma voz tão poderosa do povo Paiter Suruí, é um reconhecimento merecido do trabalho incansável que ela e tantos outros jovens vêm fazendo. Mas, como ela mesma me disse, é também uma "grande responsabilidade".
Segundo a líder indígena, ela está lá para levar a vivência e a perspectiva da juventude, das mulheres e dos povos indígenas diretamente para as mesas de decisão global. É uma convocação para que o mundo ouça quem está na linha de frente dos impactos e também das soluções.
Ela reforçou a urgência do tema: "É o futuro que está em risco. E o presente, né? Porque as emergências climáticas já estão acontecendo." Txai também explicou que, se queremos que as soluções climáticas funcionem, "elas também precisam vir da base".
Durante nossa conversa, Márcio Gomes questionou como conscientizar as autoridades e as pessoas que ainda não perceberam a oportunidade que temos com a COP30, a resposta da Txai foi direta, ecoando a necessidade de aproximar as decisões da realidade das pessoas.
Ela enfatizou que a desconexão entre as agendas políticas e as preocupações climáticas é perigosa:"Apesar de ser lá onde os representantes decidem o que vai acontecer sobre a nossa vida, é na base, nos territórios, onde a gente vê o reflexo dessas decisões."
Para ela, a solução está em mostrar que a crise climática não é uma questão abstrata ou distante. É sobre a vida de todos, do Rio Grande do Sul aos rios da Amazônia que estão secando.
A única forma de garantir que as decisões sejam eficazes é se elas surgirem também do conhecimento e da experiência de quem vive na prática as consequências da crise.
Presidente da COP30 divulga 5ª carta oficial
A notícia da Txai chegou no momento em que a presidência da COP30, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, publicou sua quinta carta à comunidade internacional. Na minha interpretação, o documento tenta transcender a geopolítica e foca em uma mensagem profundamente humana.
A carta é um chamado para que a ação climática deixe de ser apenas sobre métricas, tecnologias e cronogramas. Ela nos lembra que, em sua essência, a luta contra a crise climática é sobre pessoas. É sobre quem somos, o que queremos preservar e o que estamos dispostos a fazer para cuidar uns dos outros e do nosso planeta.
A mensagem principal é clara: a COP30 em Belém deve ser um momento de virada para que grupos historicamente marginalizados - como mulheres, jovens, povos indígenas, comunidades tradicionais e afrodescendentes - sejam reconhecidos como líderes e protagonistas na resposta global ao clima.
Para isso, a carta propõe que a conferência seja um "ritual de passagem" para um novo modelo de desenvolvimento. Segundo o embaixador, a reunião deve ser um momento de reflexão e união, dividido em três etapas:
Luto: Homenagear as vítimas de desastres climáticos;
Memória: Preservar valores humanos essenciais como empatia e solidariedade;
Criação: Construir, em conjunto, um futuro próspero e seguro.
https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/patricia-ellen/nacional/brasil/onu-nomeia-indigena-brasileira-para-grupo-de-combate-as-mudancas-climaticas/
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