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Família prepara enterro de idosa indígena e recebe corpo de funerária em caixão repleto de lixo: 'Falta de respeito', diz genro
30/08/2025
Fonte: G1 - https://g1.globo.com/
Família prepara enterro de idosa indígena e recebe corpo de funerária em caixão repleto de lixo: 'Falta de respeito', diz genro
Idosa Xerente morreu no hospital após ficar nove dias internada. O velório aconteceu na aldeia Salto Kripre, que fica a 12 km de Tocantínia, na região central do estado.
O enterro da idosa Josefa Wakrodi Xerente, de 78 anos, foi marcado pela indignação da família, que recebeu o caixão com o corpo e resíduos como ataduras, papelão e plástico bolha. A situação ocorreu na aldeia Salto Kripre, a 12 km de Tocantínia, na região central do Tocantins.
O g1 entrou em contato com a funerária responsável pelo transporte do corpo, mas não teve resposta até a publicação da matéria.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), informou que acompanhou o caso e deu toda assistência aos familiares e amigos. "Repudiamos severamente o ato ocorrido, FUNAI tomou todas providência cabíveis".
O Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena Tocantins (DSEI-TO), informou que foram adotadas providências imediatas, incluindo a notificação da empresa responsável (veja nota na íntegra no fim da reportagem).
Josefa morreu na madrugada de quinta-feira (28), por volta das 3h, segundo a família. O caixão foi deixado na aldeia no mesmo dia, por volta das 14h. Conforme o genro da idosa, professor Valci Sinã, o lixo foi encontrado quando o clã responsável pelo enterro abriu o caixão.
"Porque pela cultura, assim que o corpo chega, a gente se organiza pelos clãs, e assim que chega o clã que cuida ele se responsabiliza de poder abrir o caixão, de colocar o caixão, enfim... E aí ao mesmo tempo o corpo é lavado, banhado e nessa situação que descobrimos o que havia dentro. Senão, ninguém tinha percebido, porque o caixão estava bem lacrado, por cima estava tudo perfeito, mas se descobriu quando abriu", contou.
Segundo a declaração de óbito, a idosa morreu em decorrência de uma pneumonia e insuficiência respiratória. Ela faleceu no Hospital Regional de Miracema, onde estava internada desde o dia 20 de agosto de 2025.
"Todos os corpos que chegam, quando a pessoa morre, são tratados com respeito e com dignidade. Um carrinho de mão encheu, era tanta coisa caixa de papelão, a gente nunca imaginou. O que a gente viu mais assim foi a negligência, falta de respeito por parte da empresa que presta o serviço para o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI)", disse o Valci Sinã.
Em imagens feitas pela família, é possível ver os familiares ao redor do caixão e o lixo no chão. Junto ao corpo foram encontradas ataduras, sacolas plásticas, caixa de sabonete, papelão e plástico bolha.
Íntegra da nota do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena Tocantins (DSEI-TO), informa que, diante da ocorrência envolvendo a prestação de serviços funerários à família da senhora Josefa Wakrodi Xerente, foram adotadas providências imediatas, incluindo a notificação da empresa responsável. Outras medidas administrativas e legais estão sendo tomadas.
A pasta reitera que não admite situações que desrespeitem a dignidade dos povos indígenas e manifesta solidariedade à família enlutada e à comunidade Xerente.
https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2025/08/30/familia-prepara-enterro-de-idosa-indigena-e-recebe-corpo-de-funeraria-em-caixao-repleto-de-lixo-falta-de-respeito-diz-genro.ghtml
Idosa Xerente morreu no hospital após ficar nove dias internada. O velório aconteceu na aldeia Salto Kripre, que fica a 12 km de Tocantínia, na região central do estado.
O enterro da idosa Josefa Wakrodi Xerente, de 78 anos, foi marcado pela indignação da família, que recebeu o caixão com o corpo e resíduos como ataduras, papelão e plástico bolha. A situação ocorreu na aldeia Salto Kripre, a 12 km de Tocantínia, na região central do Tocantins.
O g1 entrou em contato com a funerária responsável pelo transporte do corpo, mas não teve resposta até a publicação da matéria.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), informou que acompanhou o caso e deu toda assistência aos familiares e amigos. "Repudiamos severamente o ato ocorrido, FUNAI tomou todas providência cabíveis".
O Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena Tocantins (DSEI-TO), informou que foram adotadas providências imediatas, incluindo a notificação da empresa responsável (veja nota na íntegra no fim da reportagem).
Josefa morreu na madrugada de quinta-feira (28), por volta das 3h, segundo a família. O caixão foi deixado na aldeia no mesmo dia, por volta das 14h. Conforme o genro da idosa, professor Valci Sinã, o lixo foi encontrado quando o clã responsável pelo enterro abriu o caixão.
"Porque pela cultura, assim que o corpo chega, a gente se organiza pelos clãs, e assim que chega o clã que cuida ele se responsabiliza de poder abrir o caixão, de colocar o caixão, enfim... E aí ao mesmo tempo o corpo é lavado, banhado e nessa situação que descobrimos o que havia dentro. Senão, ninguém tinha percebido, porque o caixão estava bem lacrado, por cima estava tudo perfeito, mas se descobriu quando abriu", contou.
Segundo a declaração de óbito, a idosa morreu em decorrência de uma pneumonia e insuficiência respiratória. Ela faleceu no Hospital Regional de Miracema, onde estava internada desde o dia 20 de agosto de 2025.
"Todos os corpos que chegam, quando a pessoa morre, são tratados com respeito e com dignidade. Um carrinho de mão encheu, era tanta coisa caixa de papelão, a gente nunca imaginou. O que a gente viu mais assim foi a negligência, falta de respeito por parte da empresa que presta o serviço para o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI)", disse o Valci Sinã.
Em imagens feitas pela família, é possível ver os familiares ao redor do caixão e o lixo no chão. Junto ao corpo foram encontradas ataduras, sacolas plásticas, caixa de sabonete, papelão e plástico bolha.
Íntegra da nota do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena Tocantins (DSEI-TO), informa que, diante da ocorrência envolvendo a prestação de serviços funerários à família da senhora Josefa Wakrodi Xerente, foram adotadas providências imediatas, incluindo a notificação da empresa responsável. Outras medidas administrativas e legais estão sendo tomadas.
A pasta reitera que não admite situações que desrespeitem a dignidade dos povos indígenas e manifesta solidariedade à família enlutada e à comunidade Xerente.
https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2025/08/30/familia-prepara-enterro-de-idosa-indigena-e-recebe-corpo-de-funeraria-em-caixao-repleto-de-lixo-falta-de-respeito-diz-genro.ghtml
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