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Desmatamento na Amazônia cresce 4% após incêndios, enquanto Cerrado registra queda de 20%
07/08/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
Desmatamento na Amazônia cresce 4% após incêndios, enquanto Cerrado registra queda de 20%
Monitoramento apontou também que pela primeira vez em quatro anos o Cerrado teve redução 20,8% do desmatamento
07/08/2025
Jeniffer Gularte
Os alertas de desmatamento na Amazônia cresceram 4% no último ano em relação ao anterior, impulsionados pelos incêndios florestais que atingiram o bioma. Divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira, os dados são do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e levam em consideração o período acumulado de agosto até 31 de julho do ano seguinte. O monitoramento apontou também que pela primeira vez em quatro anos o Cerrado teve redução 20,8% do desmatamento.
Dos nove estados que compõem o bioma amazônico, o Pará concentra 29% das áreas de desmatamento de toda Amazônia no período. Mato Grosso, no entanto, teve a alta mais significativa dos estados amazônicos, com crescimento de 74% da supressão da vegetação em um ano.
O sistema Deter apontou que este foi o estado com maior ocorrência de degradação e colapso da floresta.
O secretário-executivo do Ministério de Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou que não fossem as queimadas, a Amazônia teria registrado queda de 8%. O Deter emite avisos de supressão da floresta com base em imagens de satélite e permite que equipes cheguem rapidamente na área em afetada.
- Os incêndios se tornaram um desafio novo. Vamos intensificar ações para combater essa novidade que é o fato de os grileiros e degradadores passarem a contar com aliado novo que é a mudança do clima, passam a usar o incêndio como ferramenta de desamamento, já que sabem que o corte raso vai gerar uma punição porque conseguimos identificar quase em tempo real - afirma Capobianco.
Já a redução do desmatamento no Cerrado contou com quedas significativas nos estados do Maranhão (34%), Minas Gerais (34%) e Tocantins (29%), registrando acréscimo de 33% apenas no Piauí. Desde o acumulado de 2018/2019 que o Cerrado não apresentava redução da sua degradação.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou o compromisso do Brasil com desmatamento zero até 2030. Além disso, destacou a nova infraestrutura da pasta para enfrentamento do fogo:
- Temos cerca de 11 aeronaves à disposição dos nossos brigadistas, isso aumentou em mais de 70% a nossa capacidade de transporte de brigadistas e aumentou em mais de 100% a nossa capacidade de lançamento de água. E contamos agora com mais de 800 viatura para operação.
O levantamento feito com base nos alertas de desmatamento do Deter não representa a taxa anual do desmatamento, índice que é medido por outro sistema do Inpe, o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que possui satélite de maior resolução. A divulgação anual deste dado ocorre normalmente em novembro.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/08/07/desmatamento-na-amazonia-cresce-4percent-apos-incendios-enquanto-cerrado-registra-queda-de-20percent.ghtml
Monitoramento apontou também que pela primeira vez em quatro anos o Cerrado teve redução 20,8% do desmatamento
07/08/2025
Jeniffer Gularte
Os alertas de desmatamento na Amazônia cresceram 4% no último ano em relação ao anterior, impulsionados pelos incêndios florestais que atingiram o bioma. Divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira, os dados são do sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e levam em consideração o período acumulado de agosto até 31 de julho do ano seguinte. O monitoramento apontou também que pela primeira vez em quatro anos o Cerrado teve redução 20,8% do desmatamento.
Dos nove estados que compõem o bioma amazônico, o Pará concentra 29% das áreas de desmatamento de toda Amazônia no período. Mato Grosso, no entanto, teve a alta mais significativa dos estados amazônicos, com crescimento de 74% da supressão da vegetação em um ano.
O sistema Deter apontou que este foi o estado com maior ocorrência de degradação e colapso da floresta.
O secretário-executivo do Ministério de Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, destacou que não fossem as queimadas, a Amazônia teria registrado queda de 8%. O Deter emite avisos de supressão da floresta com base em imagens de satélite e permite que equipes cheguem rapidamente na área em afetada.
- Os incêndios se tornaram um desafio novo. Vamos intensificar ações para combater essa novidade que é o fato de os grileiros e degradadores passarem a contar com aliado novo que é a mudança do clima, passam a usar o incêndio como ferramenta de desamamento, já que sabem que o corte raso vai gerar uma punição porque conseguimos identificar quase em tempo real - afirma Capobianco.
Já a redução do desmatamento no Cerrado contou com quedas significativas nos estados do Maranhão (34%), Minas Gerais (34%) e Tocantins (29%), registrando acréscimo de 33% apenas no Piauí. Desde o acumulado de 2018/2019 que o Cerrado não apresentava redução da sua degradação.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou o compromisso do Brasil com desmatamento zero até 2030. Além disso, destacou a nova infraestrutura da pasta para enfrentamento do fogo:
- Temos cerca de 11 aeronaves à disposição dos nossos brigadistas, isso aumentou em mais de 70% a nossa capacidade de transporte de brigadistas e aumentou em mais de 100% a nossa capacidade de lançamento de água. E contamos agora com mais de 800 viatura para operação.
O levantamento feito com base nos alertas de desmatamento do Deter não representa a taxa anual do desmatamento, índice que é medido por outro sistema do Inpe, o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que possui satélite de maior resolução. A divulgação anual deste dado ocorre normalmente em novembro.
https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/08/07/desmatamento-na-amazonia-cresce-4percent-apos-incendios-enquanto-cerrado-registra-queda-de-20percent.ghtml
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