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Conheça 4 cantoras indígenas da Amazônia Internacional que cantam em suas línguas nativas
16/09/2025
Fonte: Portal Amazonia - https://portalamazonia.com
As línguas indígenas têm ganhado maior visibilidade nacional e internacional, por meio da música e de artistas que unem ancestralidade e inovação sonora. Na região da Amazônia Internacional, que abrange os países Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e a Guiana Francesa, algumas cantoras indígenas têm se destacado por compor e se apresentar em seus idiomas nativos.
A comunicadora e antropóloga Mari Sanefuji (Marisanefuji) fez uma curadoria com indicações de artistas indígenas que inserem línguas nativas de seus locais de origem nas suas músicas. O Portal Amazônia separou as indicações de Mari que fazem parte da Amazônia Internacional. Confira:
1. Renata Flores (Peru)
Natural de Ayacucho, no Peru, a cantora e compositora Renata Flores é uma das principais representantes da música indígena na América do Sul. Renata ficou conhecida em 2015 após viralizar com uma versão em língua quechua da música 'The Way You Make Me Feel', de Michael Jackson, e desde então sua trajetória tem sido marcada pela fusão de ritmos indígenas com gêneros urbanos como o trap e o hip-hop.
A língua quechua é falada por mais de 12 milhões de pessoas em países como Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Chile e Argentina, e é considerada o idioma indígena mais falado da América do Sul.
A língua quechua é predominantemente uma língua de tradição oral, ou seja, o idioma não tem forma escrita e é ensinado apenas em linguagem oral, exatamente como Renata aprendeu de sua avó, Adalberta.
Seu álbum de estreia, "Isqun" (2021), aborda temas como a resistência indígena, o empoderamento feminino e a conexão com os territórios ancestrais. Com forte presença visual, Renata mistura elementos tradicionais e contemporâneos em seus videoclipes, figurinos e apresentações.
2. Djuena Tikuna (Brasil)
Djuena Tikuna nasceu em Tabatinga, no Amazonas, e pertence ao povo Tikuna, uma das etnias mais numerosas da Amazônia. A artista iniciou sua trajetória no grupo musical Magüta, fundado com seus irmãos em Manaus, e desde então tem construído uma carreira dedicada à valorização da cultura tikuna.
Em 2017, Djuena lançou seu primeiro álbum solo, 'Tchautchiüãne', que significa o sentimento de pertencer a uma aldeia maior em que todos somos parentes. O trabalho foi indicado ao Indigenous Music Awards, principal premiação de música indígena do mundo, sediada no Canadá.
Ela canta exclusivamente na língua tikuna, falada por cerca de 40 mil pessoas na região do Alto Solimões.
Djuena foi a responsável por apresentar o hino nacional em língua Tikuna na abertura das Olimpíadas de 2016, reforçando o reconhecimento da diversidade cultural brasileira em um dos maiores eventos esportivos do mundo.
3. Alwa (Bolívia)
Alwa é uma artista boliviana, nascida em El Alto, cidade vizinha a La Paz e reconhecida como a primeira rapper aymara. A cantora ganhou repercussão por suas composições bilíngues em espanhol e aymara, língua falada por cerca de 2 milhões de pessoas na Bolívia, Peru, Chile e Argentina.
A cantora adota uma estética que valoriza a cultura aymara, com trajes tradicionais como saias rodadas e tranças longas, típicas das cholitas bolivianas. Além disso, suas letras tratam de temas como a desigualdade social, o racismo e o papel de mulheres indígenas na sociedade.
Seu videoclipe 'Principio sin fin' representa uma combinação entre a música urbana e os instrumentos andinos tradicionais, como a zampoña (flauta de pan) e o charango (instrumento de cordas).
4. Kaê Guajajara (Brasil)
A cantora, compositora, atriz, escritora e ativista Kaê Guajajara, nasceu no Maranhão e foi criada na favela da Maré, no Rio de Janeiro. A cantora que pertence ao povo Guajajara, é uma das principais representantes da Música Popular Originária no Brasil.
Embora suas músicas sejam em sua maioria cantadas em português, Kaê frequentemente incorpora palavras e expressões da língua Guajajara em suas composições.
Suas letras abordam o apagamento cultural, a violência contra os povos indígenas e a luta por direitos. Entre suas músicas de maior destaque estão 'Território Ancestral', 'Mãos Vermelhas' e 'Liberdade'.
Além disso, seus trabalhos também envolvem ativismo político e cultural, tornando-a uma referência para uma nova geração de artistas indígenas que atuam dentro e fora dos territórios originários.
https://portalamazonia.com/cultura/cantoras-indigenas-lingua-nativas/
A comunicadora e antropóloga Mari Sanefuji (Marisanefuji) fez uma curadoria com indicações de artistas indígenas que inserem línguas nativas de seus locais de origem nas suas músicas. O Portal Amazônia separou as indicações de Mari que fazem parte da Amazônia Internacional. Confira:
1. Renata Flores (Peru)
Natural de Ayacucho, no Peru, a cantora e compositora Renata Flores é uma das principais representantes da música indígena na América do Sul. Renata ficou conhecida em 2015 após viralizar com uma versão em língua quechua da música 'The Way You Make Me Feel', de Michael Jackson, e desde então sua trajetória tem sido marcada pela fusão de ritmos indígenas com gêneros urbanos como o trap e o hip-hop.
A língua quechua é falada por mais de 12 milhões de pessoas em países como Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Chile e Argentina, e é considerada o idioma indígena mais falado da América do Sul.
A língua quechua é predominantemente uma língua de tradição oral, ou seja, o idioma não tem forma escrita e é ensinado apenas em linguagem oral, exatamente como Renata aprendeu de sua avó, Adalberta.
Seu álbum de estreia, "Isqun" (2021), aborda temas como a resistência indígena, o empoderamento feminino e a conexão com os territórios ancestrais. Com forte presença visual, Renata mistura elementos tradicionais e contemporâneos em seus videoclipes, figurinos e apresentações.
2. Djuena Tikuna (Brasil)
Djuena Tikuna nasceu em Tabatinga, no Amazonas, e pertence ao povo Tikuna, uma das etnias mais numerosas da Amazônia. A artista iniciou sua trajetória no grupo musical Magüta, fundado com seus irmãos em Manaus, e desde então tem construído uma carreira dedicada à valorização da cultura tikuna.
Em 2017, Djuena lançou seu primeiro álbum solo, 'Tchautchiüãne', que significa o sentimento de pertencer a uma aldeia maior em que todos somos parentes. O trabalho foi indicado ao Indigenous Music Awards, principal premiação de música indígena do mundo, sediada no Canadá.
Ela canta exclusivamente na língua tikuna, falada por cerca de 40 mil pessoas na região do Alto Solimões.
Djuena foi a responsável por apresentar o hino nacional em língua Tikuna na abertura das Olimpíadas de 2016, reforçando o reconhecimento da diversidade cultural brasileira em um dos maiores eventos esportivos do mundo.
3. Alwa (Bolívia)
Alwa é uma artista boliviana, nascida em El Alto, cidade vizinha a La Paz e reconhecida como a primeira rapper aymara. A cantora ganhou repercussão por suas composições bilíngues em espanhol e aymara, língua falada por cerca de 2 milhões de pessoas na Bolívia, Peru, Chile e Argentina.
A cantora adota uma estética que valoriza a cultura aymara, com trajes tradicionais como saias rodadas e tranças longas, típicas das cholitas bolivianas. Além disso, suas letras tratam de temas como a desigualdade social, o racismo e o papel de mulheres indígenas na sociedade.
Seu videoclipe 'Principio sin fin' representa uma combinação entre a música urbana e os instrumentos andinos tradicionais, como a zampoña (flauta de pan) e o charango (instrumento de cordas).
4. Kaê Guajajara (Brasil)
A cantora, compositora, atriz, escritora e ativista Kaê Guajajara, nasceu no Maranhão e foi criada na favela da Maré, no Rio de Janeiro. A cantora que pertence ao povo Guajajara, é uma das principais representantes da Música Popular Originária no Brasil.
Embora suas músicas sejam em sua maioria cantadas em português, Kaê frequentemente incorpora palavras e expressões da língua Guajajara em suas composições.
Suas letras abordam o apagamento cultural, a violência contra os povos indígenas e a luta por direitos. Entre suas músicas de maior destaque estão 'Território Ancestral', 'Mãos Vermelhas' e 'Liberdade'.
Além disso, seus trabalhos também envolvem ativismo político e cultural, tornando-a uma referência para uma nova geração de artistas indígenas que atuam dentro e fora dos territórios originários.
https://portalamazonia.com/cultura/cantoras-indigenas-lingua-nativas/
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