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Funai participa do I Seminário Nacional de Saúde Indígena e Mudanças Climáticas no Acre
03/10/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou, entre os dias 24 e 26 de setembro, do I Seminário Nacional de Saúde Indígena e Mudanças Climáticas, realizado na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. O encontro discutiu estratégias de fortalecimento da saúde indígena diante dos impactos das mudanças climáticas.
O evento foi promovido pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde (MS), com o objetivo de produzir subsídios para o Programa Nacional de Resiliência Climática em Saúde Indígena. A iniciativa reuniu profissionais de saúde indígena bem como lideranças indígenas, usuários do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) e representantes de instituições parceiras como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
A Funai desempenha papel fundamental no acompanhamento e monitoramento de políticas públicas voltadas aos povos indígenas. A presença da instituição no seminário reforçou a necessidade de integração entre órgãos para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas nos territórios indígenas.
A escolha do Acre para sediar o evento foi simbólica, considerando os constantes desafios enfrentados pela região com secas severas e enchentes nas Terras Indígenas da região. Segundo o coordenador regional da Coordenação Regional (CR) Alto Purus, Junior Manchineri, essas situações exigem respostas conjuntas e planejadas. "A região enfrenta secas severas e enchentes extremas, como ocorreu no ano passado. É necessário que as instituições trabalhem de forma integrada, com planos de contingência e estratégias de adaptação para garantir o atendimento adequado às comunidades indígenas", destacou.
Manchineri também ressaltou a importância da gestão indígena integrada às ações do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Purus, ampliando benefícios para as populações atendidas. Segundo ele, compreender a dinâmica das comunidades e os impactos das mudanças climáticas é essencial para que as instituições adaptem suas estratégias às especificidades das terras indígenas, sobretudo no contexto amazônico.
A diretora de Direitos Humanos e Políticas Sociais da Funai, Pagu Rodrigues, destacou a necessidade de um protocolo unificado entre as instituições que atuam em emergências nos territórios indígenas. Ela também chamou atenção para o protagonismo feminino no enfrentamento às crises climáticas e na gestão da saúde indígena. "Grande parte das respostas às emergências está sendo elaborada e conduzida por mulheres indígenas. As principais lideranças nesses processos têm sido femininas, e isso deve ser considerado na formulação das políticas públicas", afirmou.
Rodrigues acrescentou que as ações estratégicas da diretoria têm buscado fortalecer redes interinstitucionais de monitoramento e proteção, priorizando políticas que integrem saúde, segurança alimentar, educação e enfrentamento à violência contra a mulher. "Nosso objetivo é avançar para além da institucionalidade da Funai, construindo uma rede cada vez mais forte e capaz de responder aos desafios impostos pelas mudanças climáticas", completou.
Durante o seminário, a Funai apresentou a nova Coordenação-Geral de Resposta a Desastres e Emergências (CGRed), criada a partir da recente reestruturação da instituição. O coordenador-geral, Victor Costa, ressaltou a importância de alinhar as ações da Funai a marcos internacionais, como o Marco de Sendai e protocolos de resposta a desastres, incorporando essas metodologias aos Instrumentos de Gestão Territorial e Ambiental Indígenas (IGATIs). "A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil já prevê núcleos comunitários de proteção e defesa civil, e trazer esse debate para os territórios indígenas é fundamental", pontuou.
Costa lembrou da operação emergencial realizada na Terra Indígena Yanomami, considerada a maior ação humanitária já desenvolvida pelo Estado brasileiro para um povo indígena. Segundo ele, experiências acumuladas em diferentes crises demonstram a necessidade de consolidar uma estrutura de governança própria, com enfoque indigenista. Nesse sentido, Victor destacou os avanços que vêm sendo conquistados para a criação do Comitê Indigenista Integrado para a Gestão de Incidentes, iniciativa conjunta da Funai e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), voltada à articulação interinstitucional e ao fortalecimento da resposta às vulnerabilidades específicas dos povos indígenas.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-participa-do-i-seminario-nacional-de-saude-indigena-e-mudancas-climaticas-no-acre
O evento foi promovido pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde (MS), com o objetivo de produzir subsídios para o Programa Nacional de Resiliência Climática em Saúde Indígena. A iniciativa reuniu profissionais de saúde indígena bem como lideranças indígenas, usuários do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) e representantes de instituições parceiras como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
A Funai desempenha papel fundamental no acompanhamento e monitoramento de políticas públicas voltadas aos povos indígenas. A presença da instituição no seminário reforçou a necessidade de integração entre órgãos para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas nos territórios indígenas.
A escolha do Acre para sediar o evento foi simbólica, considerando os constantes desafios enfrentados pela região com secas severas e enchentes nas Terras Indígenas da região. Segundo o coordenador regional da Coordenação Regional (CR) Alto Purus, Junior Manchineri, essas situações exigem respostas conjuntas e planejadas. "A região enfrenta secas severas e enchentes extremas, como ocorreu no ano passado. É necessário que as instituições trabalhem de forma integrada, com planos de contingência e estratégias de adaptação para garantir o atendimento adequado às comunidades indígenas", destacou.
Manchineri também ressaltou a importância da gestão indígena integrada às ações do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Alto Rio Purus, ampliando benefícios para as populações atendidas. Segundo ele, compreender a dinâmica das comunidades e os impactos das mudanças climáticas é essencial para que as instituições adaptem suas estratégias às especificidades das terras indígenas, sobretudo no contexto amazônico.
A diretora de Direitos Humanos e Políticas Sociais da Funai, Pagu Rodrigues, destacou a necessidade de um protocolo unificado entre as instituições que atuam em emergências nos territórios indígenas. Ela também chamou atenção para o protagonismo feminino no enfrentamento às crises climáticas e na gestão da saúde indígena. "Grande parte das respostas às emergências está sendo elaborada e conduzida por mulheres indígenas. As principais lideranças nesses processos têm sido femininas, e isso deve ser considerado na formulação das políticas públicas", afirmou.
Rodrigues acrescentou que as ações estratégicas da diretoria têm buscado fortalecer redes interinstitucionais de monitoramento e proteção, priorizando políticas que integrem saúde, segurança alimentar, educação e enfrentamento à violência contra a mulher. "Nosso objetivo é avançar para além da institucionalidade da Funai, construindo uma rede cada vez mais forte e capaz de responder aos desafios impostos pelas mudanças climáticas", completou.
Durante o seminário, a Funai apresentou a nova Coordenação-Geral de Resposta a Desastres e Emergências (CGRed), criada a partir da recente reestruturação da instituição. O coordenador-geral, Victor Costa, ressaltou a importância de alinhar as ações da Funai a marcos internacionais, como o Marco de Sendai e protocolos de resposta a desastres, incorporando essas metodologias aos Instrumentos de Gestão Territorial e Ambiental Indígenas (IGATIs). "A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil já prevê núcleos comunitários de proteção e defesa civil, e trazer esse debate para os territórios indígenas é fundamental", pontuou.
Costa lembrou da operação emergencial realizada na Terra Indígena Yanomami, considerada a maior ação humanitária já desenvolvida pelo Estado brasileiro para um povo indígena. Segundo ele, experiências acumuladas em diferentes crises demonstram a necessidade de consolidar uma estrutura de governança própria, com enfoque indigenista. Nesse sentido, Victor destacou os avanços que vêm sendo conquistados para a criação do Comitê Indigenista Integrado para a Gestão de Incidentes, iniciativa conjunta da Funai e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), voltada à articulação interinstitucional e ao fortalecimento da resposta às vulnerabilidades específicas dos povos indígenas.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-participa-do-i-seminario-nacional-de-saude-indigena-e-mudancas-climaticas-no-acre
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