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Novo relatório aponta crescimento da violência contra povos indígenas

05/10/2025

Fonte: A Nova Democracia - https://anovademocracia.com.br



Na última terça-feira (30/9) foi divulgado o novo relatório "Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil - Dados de 2024", produzido pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA). O relatório aponta o crescimento da violência contra as populações indígenas no Brasil, com dados que destacam "857 casos de omissão e morosidade, 230 casos de invasão à TIs, 154 conflitos registrados" no ano de 2024. Destes casos de violência, 61% sendo em TIs homologadas.

O Instituto, denuncia como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo de Luiz Inácio (PT), ao conciliar-se com tese genocida do Marco Temporal, omitiu-se e "deu asas" aos latifundiários e paramilitares em sua investida criminosa. Também, atrela à tese, que entrou em vigor em 2024, ao aumento da violência contra os povos indígenas, conforme o que foi amplamente divulgado no relatório divulgado pelo CIMI.

O documento destaca os ataques aos povos Pataxó, no Extremo Sul da Bahia, vistos nesta semana quando 40 paramilitares invadiram uma retomada na Aldeia Pataxó Kai no Município de Prado. No caso em específico, o capitão da força nacional tentou liberar os agressores flagrados e pediu para que os indígenas "devolvessem a aldeia aos fazendeiros" mostrando a enorme conivência do poder público, seja estadual ou federal, com os bandos paramilitares que estão em atuação.

Cita também os números de assassinatos aos povos originários, que totalizaram 211, Roraima (57), Amazonas (45) Mato Grosso do Sul (33), e Bahia (23). O Mato Grosso do Sul, marcados pela luta do povo Guarani-Kaiowá, foi marcado por sangrentos ataques no mês passado, quando o DOF e a Tropa de Choque da PM cercaram os acessos à retomada, passando a atirar contra indígenas, incluindo crianças, na TI Dourados-Amambaipeguá III.

Ouro Sangrento em Roraima
Em Roraima, mesmo com atenção internacional ao Povo Yanomami, o Conselho Indígena de Roraima (CIR) denunciou que, em 2024, houve um aumento do garimpo na TI Raposa Serra do Sol, que acabou virando o destino de muitos garimpeiros que se deslocaram, assim não encerrando suas operações ilegais, apenas as espalhando pelo estado, que segue sendo o principal centro das mortes dos povos originários.

Mesmo com a forte propaganda dos monopólios de imprensa e pelo próprio Velho Estado, que insistiam em convencer que o "problema estava solucionado", o que é descrito no relatório sobre as comunidades, povos e municípios, mostra que isto não poderia estar mais longe da realidade.

Oito vítimas, nos municípios de Normandia, Redentora, Pacaraima, Alto Alegre, Mucajaí, Caracaraí, de diferentes povos como os Makuxi, Yanomami, são casos registrados dos mais bárbaros crimes, vítimas de várias outras formas de violência generalizada.

Na TI Raposa Serra do Sol, em Roraima, após o aumento dos garimpeiros no território, que usam a comunidade de passagem para o garimpo no rio Mau e concentra a maioria dos assassinatos, "foi implantado um posto de vigilância para controle de tráfico de álcool, drogas, material de garimpo e outros ilícitos". Os indígenas passaram a receber ameaças por parte dos invasores, e em maio, o posto mantido pelo Grupo de Vigilância Territorial e Ambiental (GPVIT) da TI foi destruído por um ataque.

O CIR (Conselho Indigenista de Roraima) relatou em setembro do ano passado:

"Há ausência de um plano efetivo de proteção aos indígenas, mesmo após diversas denúncias encaminhadas aos órgãos de segurança pública da União sobre a invasão de garimpeiros que estão se deslocando da TI Yanomami. Os indígenas pedem a elaboração de um plano de combate e fiscalização das TIs, com diretrizes claras para as operações de combate às invasões. A TI Raposa Serra do Sol continua sofrendo com essa invasão massiva de garimpeiros, que abrem novos pontos de exploração e ameaçam as comunidades. O plano de proteção demandado pelas lideranças indígenas deveria abranger também outras TIs do estado, como as terras Waiwai e a região da Serra da Lua."

https://anovademocracia.com.br/novo-relatorio-aponta-crescimento-da-violencia-contra-povos-indigenas/
 

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