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Menos de três meses após retirada de garimpeiros, desmatamento volta a ameaçar TI Munduruku
09/10/2025
Autor: Carolina Bataier
Fonte: Brasil de Fato - https://www.brasildefato.com.br/
Menos de três meses após retirada de garimpeiros, desmatamento volta a ameaçar TI Munduruku
Entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, governo federal comandou trabalho de expulsão de garimpeiros na área
Após ter passado o primeiro trimestre de 2025 fora do ranking das terras indígenas (TIs) mais pressionadas pelo desmatamento na Amazônia, o território Munduruku, no Pará, voltou a ser alvo da devastação.
A terra indígena foi a que mais registrou ocorrências de desmatamento entre abril e junho de 2025, de acordo com dados do relatório Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas, produzido trimestralmente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Pesquisadores do instituto atribuem a queda no desmatamento, registrada no início do ano, à operação de desintrusão - que consiste na retirada dos invasores - realizada na área. Iniciada em novembro de 2024 e finalizada em janeiro deste ano, a ação conjunta de mais de 20 instituições públicas federais combateu o garimpo ilegal da TI, destruindo 91 motores, 27 retroescavadeiras, 53 acampamentos e veículos utilizados nas atividades ilegais.
"A volta da pressão sobre a TI reforça que a fiscalização precisa ser constante, indo além das operações pontuais. Para gerar um efeito duradouro, é importante fortalecer a presença do Estado e envolver as próprias comunidades indígenas nas estratégias de preservação", afirma a pesquisadora do Imazon Bianca Santos. "Além disso, é essencial assegurar que os responsáveis por esses crimes sejam responsabilizados", alerta a pesquisadora.
O garimpo é a principal causa de desmatamento dentro do território Munduruku no Pará. De acordo com dados da plataforma MapBiomas, que permitem a realização de análises por imagens de satélites, a TI está entre as que mais têm pistas de pouso irregulares, sendo que 80% delas estão localizadas a cinco quilômetros ou menos das áreas de garimpo. Essas estruturas são vinculadas à prática ilegal.
A TI Munduruku fica entre Jacareacanga e Itaituba, município brasileiro com a maior área minerada do Brasil.
Outros dados do estudo
A metodologia do relatório de ameaça e pressão divide a Amazônia Legal em quadrados de 10 por 10 quilômetros, chamados de células, e identifica quantas delas tiveram desmatamento. Segundo o instituto, isso possibilita identificar as áreas protegidas mais pressionadas (quando a derrubada ocorre dentro de seus limites) e ameaçadas (quando a devastação ocorre em um raio de até 10 quilômetros).
A TI Munduruku está entre os territórios pressionados . No caso das áreas ameaçadas, a TI Jacareúba/Katawixi, no Amazonas, lidera o ranking.
Considerando todas as categorias de zonas protegidas na Amazônia, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, entre os municípios paraenses de Altamira e São Félix do Xingu, foi a área mais pressionada pelo desmatamento entre abril e junho deste ano. No ranking geral, a TI Munduruku aparece em sexto lugar.
Editado por: Luís Indriunas
https://www.brasildefato.com.br/2025/10/09/menos-de-tres-meses-apos-retirada-de-garimpeiros-desmatamento-volta-a-ameacar-ti-munduruku/
Entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, governo federal comandou trabalho de expulsão de garimpeiros na área
Após ter passado o primeiro trimestre de 2025 fora do ranking das terras indígenas (TIs) mais pressionadas pelo desmatamento na Amazônia, o território Munduruku, no Pará, voltou a ser alvo da devastação.
A terra indígena foi a que mais registrou ocorrências de desmatamento entre abril e junho de 2025, de acordo com dados do relatório Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas, produzido trimestralmente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Pesquisadores do instituto atribuem a queda no desmatamento, registrada no início do ano, à operação de desintrusão - que consiste na retirada dos invasores - realizada na área. Iniciada em novembro de 2024 e finalizada em janeiro deste ano, a ação conjunta de mais de 20 instituições públicas federais combateu o garimpo ilegal da TI, destruindo 91 motores, 27 retroescavadeiras, 53 acampamentos e veículos utilizados nas atividades ilegais.
"A volta da pressão sobre a TI reforça que a fiscalização precisa ser constante, indo além das operações pontuais. Para gerar um efeito duradouro, é importante fortalecer a presença do Estado e envolver as próprias comunidades indígenas nas estratégias de preservação", afirma a pesquisadora do Imazon Bianca Santos. "Além disso, é essencial assegurar que os responsáveis por esses crimes sejam responsabilizados", alerta a pesquisadora.
O garimpo é a principal causa de desmatamento dentro do território Munduruku no Pará. De acordo com dados da plataforma MapBiomas, que permitem a realização de análises por imagens de satélites, a TI está entre as que mais têm pistas de pouso irregulares, sendo que 80% delas estão localizadas a cinco quilômetros ou menos das áreas de garimpo. Essas estruturas são vinculadas à prática ilegal.
A TI Munduruku fica entre Jacareacanga e Itaituba, município brasileiro com a maior área minerada do Brasil.
Outros dados do estudo
A metodologia do relatório de ameaça e pressão divide a Amazônia Legal em quadrados de 10 por 10 quilômetros, chamados de células, e identifica quantas delas tiveram desmatamento. Segundo o instituto, isso possibilita identificar as áreas protegidas mais pressionadas (quando a derrubada ocorre dentro de seus limites) e ameaçadas (quando a devastação ocorre em um raio de até 10 quilômetros).
A TI Munduruku está entre os territórios pressionados . No caso das áreas ameaçadas, a TI Jacareúba/Katawixi, no Amazonas, lidera o ranking.
Considerando todas as categorias de zonas protegidas na Amazônia, a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, entre os municípios paraenses de Altamira e São Félix do Xingu, foi a área mais pressionada pelo desmatamento entre abril e junho deste ano. No ranking geral, a TI Munduruku aparece em sexto lugar.
Editado por: Luís Indriunas
https://www.brasildefato.com.br/2025/10/09/menos-de-tres-meses-apos-retirada-de-garimpeiros-desmatamento-volta-a-ameacar-ti-munduruku/
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