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'Desafio é virar o discurso da sustentabilidade ao avesso', diz Ailton Krenak, sobre papel disruptivo da arte
07/11/2025
Fonte: O Globo - https://oglobo.globo.com/
'Desafio é virar o discurso da sustentabilidade ao avesso', diz Ailton Krenak, sobre papel disruptivo da arte
Ele é um dos curadores da exposição "Adiar o fim do mundo" ao lado de Paulo HerkenhoffMostra está na FGV Arte, em Botafogo, na Zona Sul do Rio
07/11/2025
Thayná Rodrigues
Ailton Krenak, que neste ano criticou, durante fala numa universidade da França, a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, esteve presente na abertura da exposição "Adiar o fim do mundo", curada por ele e por Paulo Herkenhoff para a FGV Arte, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Numa conversa com o colega, com aspas exclusivas enviadas à coluna, ele opina que trabalhos artísticos possibilitam subverter conceitos contraditórios que têm sido explorados com a palavra "sustentabilidade":
"A arte nos desafia a fazer aquilo que o pensamento lógico, organizado, racional do Ocidente não é capaz de fazer. Se a arte ficar subalterna e não for capaz de fazer esse furo no muro, ela é uma bobagem também - assim como a ideia de sustentabilidade. O desafio é virar o discurso da sustentabilidade ao avesso", diz, Krenak, que é o primeiro integrante indígena da Academia Brasileira de Letras.
O escritor e ambientalista crê ainda que, para que erros no cuidado com o meio ambiente não sejam cometidos, é importante questionar se, de fato, as intenções dos seres humanos no trato da natureza e de seus pares são genuínas:
"Nós ficamos muito convencidos da nossa humanidade, e é essa unanimidade que eu denuncio. A ideia de que somos uma humanidade homogênea é um grave erro - e ela nos precipita numa série de outros erros. Devemos invocar signos, linguagens e expressões das sub-humanidades, para que elas possam sair à flor da água, feito um peixe vivo, surpreendendo a nossa falta de horizonte", diz Krenak.
A mostra reúne mais de 150 obras que abordam temas como a devastação ambiental e os saberes indígenas. Compõem a exposição obras de Adriana Varejão, Alberto da Veiga Guignard, Anna Maiolino, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Denilson Baniwa, Ernesto Neto, Hélio Oiticica, Jaider Esbell e Sebastião Salgado.
https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo-gois/post/2025/11/desafio-e-virar-o-discurso-da-sustentabilidade-ao-avesso-diz-ailton-krenak-sobre-papel-disruptivo-da-arte.ghtml
Ele é um dos curadores da exposição "Adiar o fim do mundo" ao lado de Paulo HerkenhoffMostra está na FGV Arte, em Botafogo, na Zona Sul do Rio
07/11/2025
Thayná Rodrigues
Ailton Krenak, que neste ano criticou, durante fala numa universidade da França, a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, esteve presente na abertura da exposição "Adiar o fim do mundo", curada por ele e por Paulo Herkenhoff para a FGV Arte, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Numa conversa com o colega, com aspas exclusivas enviadas à coluna, ele opina que trabalhos artísticos possibilitam subverter conceitos contraditórios que têm sido explorados com a palavra "sustentabilidade":
"A arte nos desafia a fazer aquilo que o pensamento lógico, organizado, racional do Ocidente não é capaz de fazer. Se a arte ficar subalterna e não for capaz de fazer esse furo no muro, ela é uma bobagem também - assim como a ideia de sustentabilidade. O desafio é virar o discurso da sustentabilidade ao avesso", diz, Krenak, que é o primeiro integrante indígena da Academia Brasileira de Letras.
O escritor e ambientalista crê ainda que, para que erros no cuidado com o meio ambiente não sejam cometidos, é importante questionar se, de fato, as intenções dos seres humanos no trato da natureza e de seus pares são genuínas:
"Nós ficamos muito convencidos da nossa humanidade, e é essa unanimidade que eu denuncio. A ideia de que somos uma humanidade homogênea é um grave erro - e ela nos precipita numa série de outros erros. Devemos invocar signos, linguagens e expressões das sub-humanidades, para que elas possam sair à flor da água, feito um peixe vivo, surpreendendo a nossa falta de horizonte", diz Krenak.
A mostra reúne mais de 150 obras que abordam temas como a devastação ambiental e os saberes indígenas. Compõem a exposição obras de Adriana Varejão, Alberto da Veiga Guignard, Anna Maiolino, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Denilson Baniwa, Ernesto Neto, Hélio Oiticica, Jaider Esbell e Sebastião Salgado.
https://oglobo.globo.com/blogs/ancelmo-gois/post/2025/11/desafio-e-virar-o-discurso-da-sustentabilidade-ao-avesso-diz-ailton-krenak-sobre-papel-disruptivo-da-arte.ghtml
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