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Estudo inédito revela que número de territórios quilombolas na Amazônia Legal
31/10/2025
Fonte: CONAQ - https://conaq.org.br/estudo-inedito-revela-numero-de-territorios-quilombolas-na-amazonia-leg
Estudo inédito revela que número de territórios quilombolas na Amazônia Legal é 280% maior que os dados federais
Levantamento da CONAQ e ISA aponta que a região tem 632 territórios quilombolas. Pesquisa apresenta um mapeamento mais preciso e destaca o papel dos quilombos na proteção do bioma e no equilíbrio climático.
31 de outubro de 2025
Um estudo realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e Instituto Socioambiental (ISA) apresentou um retrato mais preciso sobre a presença quilombola na Amazônia Legal. O levantamento "Amazônia Quilombola: Ampliando a Cartografia sobre os Quilombos na Amazônia Legal" aponta a existência de 632 territórios delimitados, número 280% maior que o registrado na base de dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que contabiliza 166 territórios. Além disso, o mapeamento identificou 2.494 comunidades quilombolas, superando as 2.179 reconhecidas pelo Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O mapeamento participativo apresenta a sistematização das informações existentes sobre comunidades e territórios quilombolas na Amazônia Legal, avalia suas implicações e explora o papel dos territórios quilombolas como áreas cruciais para a conservação ambiental.Com o novo levantamento foram identificados territórios que eram invisibilizados em diversas bases de dados, ampliando o retrato da presença quilombola na região.
Selma Dealdina Mbaye afirma que "superar a invisibilidade cartográfica é um passo importante para que os quilombos possam exercer sua cidadania, ter autonomia, bem-viver e, nesse caso, dentro de um dos biomas mais importantes do planeta".
A pesquisa contou com a colaboração de representantes e lideranças quilombolas de todos os estados da Amazônia Legal - região que compreende nove estados da federação, sendo eles Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins.
"Os resultados demonstram que a invisibilidade de territórios quilombolas impacta de forma negativa o reconhecimento do papel desses territórios na conservação da biodiversidade e resiliência climática. A implementação de políticas públicas nos quilombos e territórios quilombolas não pode ser feita aos pedaços, com base em mapas incompletos, e por muitas vezes inexistentes, e não deve inviabilizar a plena fruição de direitos fundamentais com previsão constitucional", aponta o estudo.
Conforme o levantamento, sete dos nove estados da Amazônia Legal têm territórios quilombolas identificados no novo levantamento. As exceções são Acre e Roraima - embora a CONAQ já registre a presença de quilombos no Acre.
Os estados com maior concentração de territórios quilombolas são Maranhão, com 405, Pará, com 103, e Amapá, com 31. No Maranhão, essas áreas representam 16,4% da extensão do estado; no Pará, 39,8%; e no Amapá, 4,1%. Esses três estados também lideram em número de comunidades quilombolas identificadas: são 1.553 no Maranhão, 538 no Pará e 179 no Amapá.
Confira os dados completos clicando aqui
O estudo considerou diversas fontes e levantamentos, como dados do INCRA, da Fundação Cultural Palmares e órgãos estaduais de terra (ITERPA, ITERMA, entre outros.) que possuem metodologias distintas para a certificação e reconhecimento territorial, o que resulta em quantitativos e representações espaciais que nem sempre coincidem. A isto se soma a complexidade do processo de regularização fundiária, que cria diferentes estágios de reconhecimento, cada um gerando um tipo de registro. O levantamento contou com a colaboração de representantes e lideranças quilombolas de todos os estados da Amazônia Legal, os quais atuaram no apoio ao levantamento e revisão dos dados, em especial a Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Amapá (CONAQ-AP), Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Mato Grosso (CONAQ-MT), Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu), Coordenação Estadual da Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO), Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Maranhão (CONAQ-MA), Coordenação Estadual de Articulação de Quilombos do Amazonas (CONAQ-AM) e Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas de Rondônia (CONAQ-RO).
A base de dados consolidada pelo estudo não deve ser vista como um produto final, mas como uma plataforma dinâmica para ações futuras. As principais perspectivas são:
Investigar lacunas geográfica
Subsídio para políticas públicas
Alinhamento interinstitucional
Aprimoramento de censos futuros
Continuidade do mapeamento participativo
Monitoramento e defesa territorial
O estudo reafirma que o reconhecimento dos territórios quilombolas não é apenas uma questão de justiça social e reparação histórica, mas também uma estratégia indispensável para a conservação da biodiversidade e a resiliência climática na Amazônia.
Texto por Letícia Queiroz, publicado às 15:59:07
https://conaq.org.br/estudo-inedito-revela-numero-de-territorios-quilombolas-na-amazonia-legal/
Levantamento da CONAQ e ISA aponta que a região tem 632 territórios quilombolas. Pesquisa apresenta um mapeamento mais preciso e destaca o papel dos quilombos na proteção do bioma e no equilíbrio climático.
31 de outubro de 2025
Um estudo realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e Instituto Socioambiental (ISA) apresentou um retrato mais preciso sobre a presença quilombola na Amazônia Legal. O levantamento "Amazônia Quilombola: Ampliando a Cartografia sobre os Quilombos na Amazônia Legal" aponta a existência de 632 territórios delimitados, número 280% maior que o registrado na base de dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que contabiliza 166 territórios. Além disso, o mapeamento identificou 2.494 comunidades quilombolas, superando as 2.179 reconhecidas pelo Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O mapeamento participativo apresenta a sistematização das informações existentes sobre comunidades e territórios quilombolas na Amazônia Legal, avalia suas implicações e explora o papel dos territórios quilombolas como áreas cruciais para a conservação ambiental.Com o novo levantamento foram identificados territórios que eram invisibilizados em diversas bases de dados, ampliando o retrato da presença quilombola na região.
Selma Dealdina Mbaye afirma que "superar a invisibilidade cartográfica é um passo importante para que os quilombos possam exercer sua cidadania, ter autonomia, bem-viver e, nesse caso, dentro de um dos biomas mais importantes do planeta".
A pesquisa contou com a colaboração de representantes e lideranças quilombolas de todos os estados da Amazônia Legal - região que compreende nove estados da federação, sendo eles Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins.
"Os resultados demonstram que a invisibilidade de territórios quilombolas impacta de forma negativa o reconhecimento do papel desses territórios na conservação da biodiversidade e resiliência climática. A implementação de políticas públicas nos quilombos e territórios quilombolas não pode ser feita aos pedaços, com base em mapas incompletos, e por muitas vezes inexistentes, e não deve inviabilizar a plena fruição de direitos fundamentais com previsão constitucional", aponta o estudo.
Conforme o levantamento, sete dos nove estados da Amazônia Legal têm territórios quilombolas identificados no novo levantamento. As exceções são Acre e Roraima - embora a CONAQ já registre a presença de quilombos no Acre.
Os estados com maior concentração de territórios quilombolas são Maranhão, com 405, Pará, com 103, e Amapá, com 31. No Maranhão, essas áreas representam 16,4% da extensão do estado; no Pará, 39,8%; e no Amapá, 4,1%. Esses três estados também lideram em número de comunidades quilombolas identificadas: são 1.553 no Maranhão, 538 no Pará e 179 no Amapá.
Confira os dados completos clicando aqui
O estudo considerou diversas fontes e levantamentos, como dados do INCRA, da Fundação Cultural Palmares e órgãos estaduais de terra (ITERPA, ITERMA, entre outros.) que possuem metodologias distintas para a certificação e reconhecimento territorial, o que resulta em quantitativos e representações espaciais que nem sempre coincidem. A isto se soma a complexidade do processo de regularização fundiária, que cria diferentes estágios de reconhecimento, cada um gerando um tipo de registro. O levantamento contou com a colaboração de representantes e lideranças quilombolas de todos os estados da Amazônia Legal, os quais atuaram no apoio ao levantamento e revisão dos dados, em especial a Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Amapá (CONAQ-AP), Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Mato Grosso (CONAQ-MT), Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu), Coordenação Estadual da Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO), Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Maranhão (CONAQ-MA), Coordenação Estadual de Articulação de Quilombos do Amazonas (CONAQ-AM) e Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas de Rondônia (CONAQ-RO).
A base de dados consolidada pelo estudo não deve ser vista como um produto final, mas como uma plataforma dinâmica para ações futuras. As principais perspectivas são:
Investigar lacunas geográfica
Subsídio para políticas públicas
Alinhamento interinstitucional
Aprimoramento de censos futuros
Continuidade do mapeamento participativo
Monitoramento e defesa territorial
O estudo reafirma que o reconhecimento dos territórios quilombolas não é apenas uma questão de justiça social e reparação histórica, mas também uma estratégia indispensável para a conservação da biodiversidade e a resiliência climática na Amazônia.
Texto por Letícia Queiroz, publicado às 15:59:07
https://conaq.org.br/estudo-inedito-revela-numero-de-territorios-quilombolas-na-amazonia-legal/
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