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Rio Negro leva protagonismo jovem ao mundo com lançamento de Carta Climática
14/11/2025
Fonte: Foirn - https://foirn.blog
Em um marco histórico para o movimento indígena do Rio Negro, adolescentes e jovens da região lançaram oficialmente a Carta de Direitos Climáticos da Juventude Indígena do Rio Negro durante programação na Aldeia COP, na COP30, em Belém. O documento reúne reflexões, denúncias e propostas elaboradas coletivamente ao longo de dois anos de encontros, oficinas, estudos e assembleias conduzidas pelo Departamento de Adolescentes e Jovens Indígenas do Rio Negro (DAJIRN/FOIRN), em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA) e Rede Wayuri de comunicadores indígenas.
A carta nasce em meio a um cenário de intensificação da crise climática na Amazônia, com secas históricas e impactos diretos na vida das comunidades da região do Rio Negro, área de abrangência da FOIRN. O documento afirma que a juventude é protagonista na luta por Justiça Climática e apresenta 10 propostas prioritárias para fortalecer políticas públicas, adaptar territórios e garantir os direitos da nova geração indígena.
Protagonismo da juventude rionegrina
A coordenadora do DAJIRN, Jucimeiry Garcia, ressaltou a importância histórica do lançamento na COP30:
"É muito promissor que as políticas públicas possam engajar na luta pela Justiça Climática e pelos nossos direitos territoriais como juventude. Foi um momento de compartilhar conhecimentos com diversas lideranças do nosso território e de outros territórios indígenas do Brasil. Lançar nossa Carta de Direitos Climáticos na Aldeia COP, na COP30, é um marco histórico para nós. Queremos que todas as juventudes indígenas do planeta também sejam contempladas junto conosco."
Representando a FOIRN, o presidente Dário Casimiro Baniwa destacou o compromisso institucional com o processo de construção da Carta e reforçou a urgência de políticas públicas voltadas ao clima nos territórios indígenas:
"Em nome da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, apoiamos e incentivamos os adolescentes e jovens na realização de encontros, oficinas e seminários para elaborar esta Carta sobre Direitos Climáticos. A partir de hoje, esperamos que as políticas públicas possam reconhecer e implementar os projetos dos povos indígenas nos territórios. Os jovens são protagonistas e futuros no enfrentamento da mudança climática. Precisamos de plano adaptação e enfrentamento voltados à realidade local dos povos indígenas, trazendo benefícios coletivos para o território. Fazemos esse chamado com responsabilidade, e pedimos o compromisso das instituições públicas e não governamentais para somar pelo bem viver da Bacia do Rio Negro e do planeta."
ISA destaca o caráter histórico do lançamento
A articuladora de políticas socioambientais do ISA no Amazonas, Juliana Radler, reforçou a importância simbólica e política do ato:
"Foi um momento histórico muito importante e muito emocionante para a juventude indígena do Rio Negro marcar sua presença, deixar suas mensagens e trazer esse documento construído pelos adolescentes e jovens indígenas do Rio Negro, defendendo seus direitos climáticos e trazendo seus anseios para o território. A juventude trouxe essa necessidade de dialogar sobre políticas climáticas, adaptação, mitigação, Justiça Climática e racismo ambiental. Como instituição parceira, conseguimos apoiar esse processo e celebrar aqui esse momento histórico."
O que traz a Carta de Direitos Climáticos?
A Carta reúne reflexões profundas sobre:
O impacto direto das secas, queimadas, redução dos peixes e alterações nos ciclos da natureza;
A ameaça à continuidade das culturas, línguas e modos de vida;
A importância do conhecimento tradicional para entender e enfrentar a crise climática;
A necessidade de políticas públicas estruturadas para garantir o bem viver das novas gerações.
Entre as propostas prioritárias, destacam-se:
financiamento climático direto para os PGTAs;
criação do Instituto de Conhecimentos Indígenas e Pesquisas do Rio Negro (ICIPIRN);
implantação de um hospital intercultural modelo em São Gabriel da Cachoeira;
saneamento básico e gestão de resíduos nos três municípios;
reconhecimento do Rio Negro como sujeito de direitos;
fortalecimento e valorização dos AIMAs;
plano de mobilidade fluvial e transição energética nas comunidades.
Um chamado ao mundo
O lançamento da Carta na COP30 reforça a mensagem de que a crise climática já é vivida de forma intensa nos territórios indígenas da Amazônia, e que ignorar essa realidade é comprometer o futuro do planeta. Para a juventude, defender o clima significa defender a vida.
A FOIRN e o DAJIRN encerraram o ato convidando governos, instituições e a sociedade civil a assumirem compromissos concretos com o Rio Negro e com a juventude indígena, que se coloca como "ancestrais do futuro" na luta por uma Amazônia viva.
https://foirn.blog/2025/11/15/rio-negro-leva-protagonismo-jovem-ao-mundo-com-lancamento-de-carta-climatica/
A carta nasce em meio a um cenário de intensificação da crise climática na Amazônia, com secas históricas e impactos diretos na vida das comunidades da região do Rio Negro, área de abrangência da FOIRN. O documento afirma que a juventude é protagonista na luta por Justiça Climática e apresenta 10 propostas prioritárias para fortalecer políticas públicas, adaptar territórios e garantir os direitos da nova geração indígena.
Protagonismo da juventude rionegrina
A coordenadora do DAJIRN, Jucimeiry Garcia, ressaltou a importância histórica do lançamento na COP30:
"É muito promissor que as políticas públicas possam engajar na luta pela Justiça Climática e pelos nossos direitos territoriais como juventude. Foi um momento de compartilhar conhecimentos com diversas lideranças do nosso território e de outros territórios indígenas do Brasil. Lançar nossa Carta de Direitos Climáticos na Aldeia COP, na COP30, é um marco histórico para nós. Queremos que todas as juventudes indígenas do planeta também sejam contempladas junto conosco."
Representando a FOIRN, o presidente Dário Casimiro Baniwa destacou o compromisso institucional com o processo de construção da Carta e reforçou a urgência de políticas públicas voltadas ao clima nos territórios indígenas:
"Em nome da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, apoiamos e incentivamos os adolescentes e jovens na realização de encontros, oficinas e seminários para elaborar esta Carta sobre Direitos Climáticos. A partir de hoje, esperamos que as políticas públicas possam reconhecer e implementar os projetos dos povos indígenas nos territórios. Os jovens são protagonistas e futuros no enfrentamento da mudança climática. Precisamos de plano adaptação e enfrentamento voltados à realidade local dos povos indígenas, trazendo benefícios coletivos para o território. Fazemos esse chamado com responsabilidade, e pedimos o compromisso das instituições públicas e não governamentais para somar pelo bem viver da Bacia do Rio Negro e do planeta."
ISA destaca o caráter histórico do lançamento
A articuladora de políticas socioambientais do ISA no Amazonas, Juliana Radler, reforçou a importância simbólica e política do ato:
"Foi um momento histórico muito importante e muito emocionante para a juventude indígena do Rio Negro marcar sua presença, deixar suas mensagens e trazer esse documento construído pelos adolescentes e jovens indígenas do Rio Negro, defendendo seus direitos climáticos e trazendo seus anseios para o território. A juventude trouxe essa necessidade de dialogar sobre políticas climáticas, adaptação, mitigação, Justiça Climática e racismo ambiental. Como instituição parceira, conseguimos apoiar esse processo e celebrar aqui esse momento histórico."
O que traz a Carta de Direitos Climáticos?
A Carta reúne reflexões profundas sobre:
O impacto direto das secas, queimadas, redução dos peixes e alterações nos ciclos da natureza;
A ameaça à continuidade das culturas, línguas e modos de vida;
A importância do conhecimento tradicional para entender e enfrentar a crise climática;
A necessidade de políticas públicas estruturadas para garantir o bem viver das novas gerações.
Entre as propostas prioritárias, destacam-se:
financiamento climático direto para os PGTAs;
criação do Instituto de Conhecimentos Indígenas e Pesquisas do Rio Negro (ICIPIRN);
implantação de um hospital intercultural modelo em São Gabriel da Cachoeira;
saneamento básico e gestão de resíduos nos três municípios;
reconhecimento do Rio Negro como sujeito de direitos;
fortalecimento e valorização dos AIMAs;
plano de mobilidade fluvial e transição energética nas comunidades.
Um chamado ao mundo
O lançamento da Carta na COP30 reforça a mensagem de que a crise climática já é vivida de forma intensa nos territórios indígenas da Amazônia, e que ignorar essa realidade é comprometer o futuro do planeta. Para a juventude, defender o clima significa defender a vida.
A FOIRN e o DAJIRN encerraram o ato convidando governos, instituições e a sociedade civil a assumirem compromissos concretos com o Rio Negro e com a juventude indígena, que se coloca como "ancestrais do futuro" na luta por uma Amazônia viva.
https://foirn.blog/2025/11/15/rio-negro-leva-protagonismo-jovem-ao-mundo-com-lancamento-de-carta-climatica/
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