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Funai entrega 5 mil Abanos do Clima na COP 30 para fortalecer cultura indígena e práticas sustentáveis nos territórios
26/11/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
Com esses abanos, nós indígenas deixamos uma mensagem de que é preciso cuidar da natureza, porque o ar que respiramos vem das florestas, assim como esses artesanatos. Se as matas forem destruídas, não teremos o ar que respiramos, nem os abanos e nem a vida". As palavras são da Me'tana Magüta-Ticuna, do povo Magüta-Ticuna, do estado do Amazonas, e uma das artesãs indígenas participantes da ação interativa "Abanos do Clima". A ação foi realizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), no Espaço da Biodiversidade, na Zona Verde da COP 30, entre os dias 10 a 21 de novembro. No total, 5 mil abanos de diferentes biomas e povos, foram entregues aos visitantes.
"Em cerca de trinta dias, produzimos mais de 700 abanos. Foram feitos de manhã, de tarde, à noite e até nas madrugadas. Isso é algo que já fazemos há muitos anos, é o nosso artesanato, e nós queríamos estar aqui na COP30. Viemos de longe para que as pessoas vissem e soubessem da importância do nosso trabalho, como fortalecemos nossa cultura e preservamos nossas florestas para que nunca acabe", relatou Me'tana Magüta-Ticuna, que, além de artesã, é presidente do Instituto Magüta Umatüna (Imu).
Segundo a artesã, a produção dos abanos ajudou ainda na transmissão de conhecimentos, dos mais velhos para os mais novos. "Toda a nossa comunidade participou, assim como muitas crianças que passaram a aprender com as anciãs e anciões. Foi uma espécie de oficina no território. E essas crianças vão levar para o futuro", explicou Me'tana Magüta-Ticuna.
Ela contou ainda que os artesanatos são produzidos com muito cuidado pela proteção e preservação ambiental da terra indígena. "O material que usamos nos abanos não precisamos derrubar as árvores para fazer; nós tiramos parte das folhas e depois fazemos ainda o plantio de mais palmeiras, cuidando nosso território. É uma preocupação do povo Magüta-Ticuna, e de todos os indígenas", enfatizou a artesã indígena.
De diferentes formatos e tamanhos, as artes foram feitas de diversas palhas como de tucum, arumã, buriti, babaçu e outras palmeiras. Algumas foram tingidas por jenipapo, casca de manga, pupunha, casca de Pau-Brasil e diversas outras plantas. Os abanos demonstraram a diversidade cultural dos povos indígenas, representando os biomas brasileiros.
Abanos do Clima
Com a participação de centenas de pessoas, a ação "Abanos do Clima" aconteceu diariamente, durante a COP30, no Espaço da Biodiversidade, na Zona Verde. Para receber um abano, os participantes tinham que assistir a um vídeo sobre povos indígenas e sobre a atuação da Funai e preencher um questionário.
A ação foi uma iniciativa da Funai, por meio da Diretoria de Gestão Ambiental e Territorial (Digat). E os 5 mil abanos foram produzidos por indígenas ou suas organizações de todos os biomas brasileiros, através de chamamento público que contou com a participação dos povos Kaingang, Ticuna, Karajá, Warao, Guarani, Yanomami, Kuikuro, Boe-Bororo, Kokama, entre outros.
Além de contribuir para dar visibilidade à importância das terras indígenas, a iniciativa é também um incentivo à geração de renda das comunidades indígenas. A cada abano entregue, o artesão indígena recebeu um valor unitário de R$ 99,00. Os abanos foram produzidos em fibras vegetais, sem partes de origem animal, com cor natural ou com pinturas elaboradas a partir de tinturas naturais, respeitando os modos de fazer dos diferentes povos indígenas do Brasil.
"Cada abano foi confeccionado por um povo indígena diferente, com matérias-primas sustentáveis coletadas em biomas distintos e carrega histórias e conhecimentos transmitidos de geração a geração, símbolos da gestão territorial e ambiental realizada pelos povos conforme seus usos, costumes e tradições", destacou a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, durante a abertura oficial da ação "Abanos do Clima".
Espaço da Biodiversidade
Com 100m², o "Espaço da Biodiversidade - Produtos Sustentáveis do Brasil" representou também uma proposta da Funai para a COP30 com foco na inovação, transversalidade e valorização dos conhecimentos territoriais e culturais dos povos indígenas de diferentes biomas do país.
Além da ação interativa dos abanos, foram expostos e vendidos os produtos indígenas e pinturas corporais. Participam da venda, as iniciativas produtivas da Ba-Y Cooperativa Kayapó de Produtos da Floresta (COOBAY); Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Casa Wariró); Instituto MAGÜTA Ümatüna (IMÜ); Instituto Kabu; Instituto Raoni; Associação das Mulheres Artistas Kadiweu (AMAK); e o Ateliê Derequine, totalizando 20 indígenas de diferentes localidades do Brasil.
A seleção das organizações indígenas para venda se deu por meio da consulta às principais organizações indígenas do país, que apontaram as iniciativas que melhor atendiam aos critérios de comercialização e exposição para o Espaço da Biodiversidade na COP30.
O ambiente objetivou projetar a biodiversidade brasileira como patrimônio global, dar visibilidade às vivências culturais dos biomas nacionais, à rede de experiências e saberes territoriais que fortalecem cadeias produtivas sustentáveis e a inovação social e ambiental nas economias sustentáveis.
COP30
A COP30, que aconteceu entre os dias 10 a 22 de novembro, e é um evento global que ocorreu em Belém (PA), para discutir a ação climática, reunindo líderes mundiais e representantes da sociedade civil para debater a redução de emissões, adaptação às mudanças climáticas e financiamento para países em desenvolvimento.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-entrega-5-mil-abanos-do-clima-na-cop-30-para-fortalecer-cultura-indigena-e-praticas-sustentaveis-nos-territorios-1
"Em cerca de trinta dias, produzimos mais de 700 abanos. Foram feitos de manhã, de tarde, à noite e até nas madrugadas. Isso é algo que já fazemos há muitos anos, é o nosso artesanato, e nós queríamos estar aqui na COP30. Viemos de longe para que as pessoas vissem e soubessem da importância do nosso trabalho, como fortalecemos nossa cultura e preservamos nossas florestas para que nunca acabe", relatou Me'tana Magüta-Ticuna, que, além de artesã, é presidente do Instituto Magüta Umatüna (Imu).
Segundo a artesã, a produção dos abanos ajudou ainda na transmissão de conhecimentos, dos mais velhos para os mais novos. "Toda a nossa comunidade participou, assim como muitas crianças que passaram a aprender com as anciãs e anciões. Foi uma espécie de oficina no território. E essas crianças vão levar para o futuro", explicou Me'tana Magüta-Ticuna.
Ela contou ainda que os artesanatos são produzidos com muito cuidado pela proteção e preservação ambiental da terra indígena. "O material que usamos nos abanos não precisamos derrubar as árvores para fazer; nós tiramos parte das folhas e depois fazemos ainda o plantio de mais palmeiras, cuidando nosso território. É uma preocupação do povo Magüta-Ticuna, e de todos os indígenas", enfatizou a artesã indígena.
De diferentes formatos e tamanhos, as artes foram feitas de diversas palhas como de tucum, arumã, buriti, babaçu e outras palmeiras. Algumas foram tingidas por jenipapo, casca de manga, pupunha, casca de Pau-Brasil e diversas outras plantas. Os abanos demonstraram a diversidade cultural dos povos indígenas, representando os biomas brasileiros.
Abanos do Clima
Com a participação de centenas de pessoas, a ação "Abanos do Clima" aconteceu diariamente, durante a COP30, no Espaço da Biodiversidade, na Zona Verde. Para receber um abano, os participantes tinham que assistir a um vídeo sobre povos indígenas e sobre a atuação da Funai e preencher um questionário.
A ação foi uma iniciativa da Funai, por meio da Diretoria de Gestão Ambiental e Territorial (Digat). E os 5 mil abanos foram produzidos por indígenas ou suas organizações de todos os biomas brasileiros, através de chamamento público que contou com a participação dos povos Kaingang, Ticuna, Karajá, Warao, Guarani, Yanomami, Kuikuro, Boe-Bororo, Kokama, entre outros.
Além de contribuir para dar visibilidade à importância das terras indígenas, a iniciativa é também um incentivo à geração de renda das comunidades indígenas. A cada abano entregue, o artesão indígena recebeu um valor unitário de R$ 99,00. Os abanos foram produzidos em fibras vegetais, sem partes de origem animal, com cor natural ou com pinturas elaboradas a partir de tinturas naturais, respeitando os modos de fazer dos diferentes povos indígenas do Brasil.
"Cada abano foi confeccionado por um povo indígena diferente, com matérias-primas sustentáveis coletadas em biomas distintos e carrega histórias e conhecimentos transmitidos de geração a geração, símbolos da gestão territorial e ambiental realizada pelos povos conforme seus usos, costumes e tradições", destacou a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, durante a abertura oficial da ação "Abanos do Clima".
Espaço da Biodiversidade
Com 100m², o "Espaço da Biodiversidade - Produtos Sustentáveis do Brasil" representou também uma proposta da Funai para a COP30 com foco na inovação, transversalidade e valorização dos conhecimentos territoriais e culturais dos povos indígenas de diferentes biomas do país.
Além da ação interativa dos abanos, foram expostos e vendidos os produtos indígenas e pinturas corporais. Participam da venda, as iniciativas produtivas da Ba-Y Cooperativa Kayapó de Produtos da Floresta (COOBAY); Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Casa Wariró); Instituto MAGÜTA Ümatüna (IMÜ); Instituto Kabu; Instituto Raoni; Associação das Mulheres Artistas Kadiweu (AMAK); e o Ateliê Derequine, totalizando 20 indígenas de diferentes localidades do Brasil.
A seleção das organizações indígenas para venda se deu por meio da consulta às principais organizações indígenas do país, que apontaram as iniciativas que melhor atendiam aos critérios de comercialização e exposição para o Espaço da Biodiversidade na COP30.
O ambiente objetivou projetar a biodiversidade brasileira como patrimônio global, dar visibilidade às vivências culturais dos biomas nacionais, à rede de experiências e saberes territoriais que fortalecem cadeias produtivas sustentáveis e a inovação social e ambiental nas economias sustentáveis.
COP30
A COP30, que aconteceu entre os dias 10 a 22 de novembro, e é um evento global que ocorreu em Belém (PA), para discutir a ação climática, reunindo líderes mundiais e representantes da sociedade civil para debater a redução de emissões, adaptação às mudanças climáticas e financiamento para países em desenvolvimento.
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-entrega-5-mil-abanos-do-clima-na-cop-30-para-fortalecer-cultura-indigena-e-praticas-sustentaveis-nos-territorios-1
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