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Desocupação acaba em conflito em MS

16/12/2005

Fonte: O Globo, O Pais, p.15



Desocupação acaba em conflito em MS

CAMPO GRANDE. Uma desocupação de terras invadidas por índios guarani-caiuá em Antonio João, a 300 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, quase se transformou em confronto entre índios e fazendeiros, que tinham conseguido na Justiça a reintegração de posse das áreas. Quando os 150 policiais federais e militares estavam concluindo a operação, os fazendeiros decidiram queimar os barracos deixados pelos guarani-caiuá. Os policiais tiveram de agir de forma enérgica para que a ação dos ruralistas fosse interrompida.
— À medida que os policiais iam retirando os pertences dos índios, os fazendeiros vinham com os tratores, colocavam combustível e queimavam as casas dos índios — afirmou Égon Heck, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em Mato Grosso do Sul.
Segundo ele, foram destruídos sete barracos, sendo três na fazenda Ita Brasil e quatro na Morro Alto. Irritados com o gesto dos fazendeiros, os índios ameaçaram partir para o confronto, usando arcos e flechas. O incidente ocorreu logo depois que os dirigentes do Cimi, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o procurador da República em Dourados, Charles Stevan Pessoa, deixaram o local. Até então os índios estavam deixando as terras pacificamente.
— Agora, com essa provocação dos fazendeiros, a gente não sabe qual vai ser a reação dos índios. Foi uma provocação totalmente descabida, os índios estavam saindo pacificamente — disse Heck.
Pela manhã, dois jornalistas de uma televisão estatal da Holanda foram detidos pela Polícia Federal por estarem trabalhando sem a permissão do governo brasileiro, apenas com visto de turista. Os jornalistas Tetra Anganiete Spreiji e Jefrim Rothuizen foram levados para a sede da Polícia Federal em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e liberados depois de pagarem multa de R$ 414 cada.

O Globo, 16/12/2005, p. 15
 

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