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Diamantes por armas

24/04/2004

Fonte: CB, Brasil, p.17



Diamantes por armas
Três líderes cintas-largas - Nacoça Pio, Oíta e João Bravo - são acusados de vender diamantes extraídos da reserva Roosevelt, em Rondônia, em troca de armas, como revólveres, pistolas e rifles. A negociação teria sido feita com o empresário Marcos Glikas, preso em março. Segundo o processo criminal a que eles respondem, o empresário chegou a investir R$ 1,27 milhão nas aldeias, antes mesmo de receber as pedras.
Apenas numa das transações, teriam sido negociados 2 mil quilates de diamantes. "Há indícios claros de que parte dos diamantes foi paga com armas de fogo", afirmou o delegado Marcos Aurélio Moura, superintendente da Polícia Federal em Rondônia. Segundo o processo, sob sigilo judicial, foram os próprios índios que solicitaram as armas.

Enterro coletivo
Ontem, oito dos 29 garimpeiros assassinados por cinta-largas dentro da reserva foram enterrados numa cerimônia coletiva, em uma mesma cova no cemitério de Espigão d'Oeste, a 534 km de Porto Velho. Na cidade vizinha de Pimenta Bueno ocorreu um enterro. Outro corpo foi levado para Mato Grosso. Cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, assistiram ao velório.
Em mais uma denúncia contra os cinta-larga, o Sindicato dos Garimpeiros de Espigão d'Oeste informou que 20 homens são mantidos reféns na aldeia indígena Roosevelt. A Funai em Rondônia negou a denúncia, mas segundo o presidente do sindicato, Gilton Muniz, os garimpeiros feitos reféns são obrigados a trabalhar para os índios, operando máquinas usadas na extração de diamantes durante a noite. De dia ficam amarrados e vigiados.

CB, 24/04/2004, p. 17
 

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