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Metade das crianças pataxós está desnutrida

17/03/2005

Autor: Heliana Frazão

Fonte: O Globo, O País, p.14



Metade das crianças pataxós está desnutrida

Heliana Frazão

Pelo menos metade das crianças de até 5 anos de idade da aldeia dos índios pataxós, em Coroa Vermelha, no sul da Bahia, está abaixo do peso considerado normal. A constatação é da equipe médica do posto de saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na aldeia, que iniciou na semana passada um programa de pesagem das crianças da tribo. Líderes pataxós reclamam ainda da falta de remédios, trabalho, habitação e saneamento básico, entre outros problemas.
Para tentar melhorar a situação, a equipe do posto de Coroa Vermelha deve entrar em contato com a Pastoral da Criança e com o Serviço Social de Santa Cruz Cabrália em busca de alternativas. De acordo com Maria Regina Rodrigues, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os índios de Coroa Vermelha vivem em situação de mendicância:
- Por ocasião da festa dos 500 anos do descobrimento do Brasil, o governo federal prometeu mundos e fundos para mudar o quadro na região, com a implementação de programas de habitação, saneamento, capacitação técnica, mas ficou tudo no calor da festa.

Os índios afirmam que sem terra para plantar e sem opções de trabalho, muitas famílias passam fome. Para o cacique Aruã Pataxó, a solução para o problema da fome passa pela questão fundiária.

- Precisamos de terra para plantar, mas também que o governo promova programas de capacitação profissional, para que os índios possam produzir alimentos. A única fonte de renda é o artesanato.

Cacique diz que faltam até medicamentos simples
Na questão da saúde, a situação é tão dramática que faltam produtos simples, como soro. Aruã Pataxó mostra as prateleiras do posto médico quase vazias e diz que o que chega são apenas remédios básicos.
- Se precisarmos de um medicamento indicado para uma doença um pouco mais grave, ficamos na dependência da Secretaria de Saúde do município. Se lá tiver, tudo bem, se não, ou compramos ou o paciente morre.

O Globo, 17/03/2005, O País, p. 14
 

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