De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Caiouás matam policiais
03/04/2006
Fonte: CB, Brasil, p. 8
Caiouás matam policiais
Três agentes civis foram atacados por índios, que os confundiram com jagunços. Ferido, um escapou. Treze suspeitos estão presos
Os policiais civis Rodrigo Pereira Lorenzato, 26 anos, e Ronilson Guimarães Bartier, 36, foram mortos por índios guaraniscaiouás, na localidade de Porto Cambira, em Dourados (MS), a 220km de Campo Grande. De acordo com a perícia, os dois policiais foram mortalmente feridos com pedradas, pauladas, facadas e tiros. O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Diretoria Geral de Polícia Civil acompanham as investigações. Treze índios suspeitos estão presos na Delegacia Central de Polícia Civil de Dourados, fato que aumenta a tensão entre os índios acampados que somam cerca de 350 pessoas.
Segundo os índios, a guarnição policial foi confundida com jagunços das fazendas vizinhas ao acampamento. "Eles sempre apareceram ameaçando os índios", disse um dos caiouás. Investigações policiais informam que o maior suspeito é o cacique Carlito Machado. Ele coordena o grupo que foi expulso da Reserva Indígena de Dourados há três anos, e está acampado em Porto Cambira.
O policial Emerson José Gadani, 33 anos, a terceira vítima do ataque, conseguiu fugir e está internado no Hospital Evangélico. Ele levou facadas na perna direita e na cabeça. Foi salvo por um dos caminhoneiros que trafegavam pela MS-156 no momento em que dezenas de índios perseguiam Gadani.
Segundo informações da Polícia Civil em Dourados, o motivo da revolta dos índios foi o assassinato do pastor da Igreja Pentecostal Jesus da Ressurreição, Sinforiano Ramires, 42 anos, ocorrido por volta de 20h de sexta-feira. Ramires tentou socorrer a filha que estava sendo espancada pelo genro, Wilson Rodrigues da Silva, anos, e acabou morto pelo agressor da mulher.
No final da tarde de sábado, os três policiais atacados foram conferir a denúncia de que Wilson estava escondido em uma fazenda situada próxima ao local onde os índios montam acampamento há três anos. Conforme explicações do titular da delegacia, Oduvaldo de Oliveira Pompeo, o trio de agentes resolveu cortar caminho, passando pelo acampamento, quando foram surpreendidos pelos caiouás, que estavam de tocaia no mato.
Não houve tempo para qualquer reação dos policiais. Segundo o delegado, os índios atiraram pedras nas vítimas e as atacaram com paus, pedras e até ferramentas agrícolas. As armas dos policiais foram tomadas pelos índios, ainda conforme o delegado, e utilizadas no massacre. Algemas, revólveres e espingarda foram encontradas a 60m dos corpos.
CB, 03/04/2006, Brasil, p. 8
Três agentes civis foram atacados por índios, que os confundiram com jagunços. Ferido, um escapou. Treze suspeitos estão presos
Os policiais civis Rodrigo Pereira Lorenzato, 26 anos, e Ronilson Guimarães Bartier, 36, foram mortos por índios guaraniscaiouás, na localidade de Porto Cambira, em Dourados (MS), a 220km de Campo Grande. De acordo com a perícia, os dois policiais foram mortalmente feridos com pedradas, pauladas, facadas e tiros. O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Diretoria Geral de Polícia Civil acompanham as investigações. Treze índios suspeitos estão presos na Delegacia Central de Polícia Civil de Dourados, fato que aumenta a tensão entre os índios acampados que somam cerca de 350 pessoas.
Segundo os índios, a guarnição policial foi confundida com jagunços das fazendas vizinhas ao acampamento. "Eles sempre apareceram ameaçando os índios", disse um dos caiouás. Investigações policiais informam que o maior suspeito é o cacique Carlito Machado. Ele coordena o grupo que foi expulso da Reserva Indígena de Dourados há três anos, e está acampado em Porto Cambira.
O policial Emerson José Gadani, 33 anos, a terceira vítima do ataque, conseguiu fugir e está internado no Hospital Evangélico. Ele levou facadas na perna direita e na cabeça. Foi salvo por um dos caminhoneiros que trafegavam pela MS-156 no momento em que dezenas de índios perseguiam Gadani.
Segundo informações da Polícia Civil em Dourados, o motivo da revolta dos índios foi o assassinato do pastor da Igreja Pentecostal Jesus da Ressurreição, Sinforiano Ramires, 42 anos, ocorrido por volta de 20h de sexta-feira. Ramires tentou socorrer a filha que estava sendo espancada pelo genro, Wilson Rodrigues da Silva, anos, e acabou morto pelo agressor da mulher.
No final da tarde de sábado, os três policiais atacados foram conferir a denúncia de que Wilson estava escondido em uma fazenda situada próxima ao local onde os índios montam acampamento há três anos. Conforme explicações do titular da delegacia, Oduvaldo de Oliveira Pompeo, o trio de agentes resolveu cortar caminho, passando pelo acampamento, quando foram surpreendidos pelos caiouás, que estavam de tocaia no mato.
Não houve tempo para qualquer reação dos policiais. Segundo o delegado, os índios atiraram pedras nas vítimas e as atacaram com paus, pedras e até ferramentas agrícolas. As armas dos policiais foram tomadas pelos índios, ainda conforme o delegado, e utilizadas no massacre. Algemas, revólveres e espingarda foram encontradas a 60m dos corpos.
CB, 03/04/2006, Brasil, p. 8
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.