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Morte de crianças no Centro-Oeste preocupa Funasa e índios
05/04/2006
Fonte: Radiobrás-Brasília-DF
Ano passado, em mil crianças nascidas na área do Distrito Sanitário Especial Vale do Javari (Amazonas), 103 morreram, segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A média nacional calculada pela fundação é praticamente a metade desse índice: 50 mortes em mil nascidos.
"Esse indicador é muito sensível, diz muito sobre as populações, mas temos que avaliar se é uma população que nasce muito, se é numerosa, o que significa esse número de mortes", explica a técnica do Departamento de Saúde Indígena da Funasa, Irânia Marques, que participa da 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena.
Segundo Clóvis Marubo, liderança local do povo Marubo que habita o Vale do Javari, todos os problemas de saúde têm se agravado desde 2002. O número de mortes estaria alto, sobretudo se comparado ao Xingu (MT), que tem mortalidade de 20 crianças em mil nascimentos - uma das menores do país entre a população indígena.
"O sistema dos distritos funcionou no começou, em 1999 e 2000, mas em 2002 um vazio de atendimento começou a permitir que muitas doenças chegassem à população", relatou Marubo. "A comunidade é muito vulnerável a tudo. Da gripe, da malária, coqueluche acabou surgindo um tipo de hepatite, que em 2004 matou sete pessoas em um mês. As pessoas não pararam de morrer e a situação é agora de revolta."
Coordenador do Conselho Indígena do Vale do Javari (Civaja), Clóvis Marubo alerta para o
risco de rebelião contra a Funasa pelas mortes de crianças. O conselho pretende fazer um levantamento da saúde e situação social dos povos para apresentar às organizações internacionais que lutam pelos direitos humanos.
Os problemas na região não estariam restritos à saúde. O Vale do Javari fica numa região de fronteira com o Acre e Peru. Os índios reclamam das restrições para exploração de madeira, válidas na prática apenas para os indígenas.
"A gente vê os peruanos, colombianos e os brasileiros, a mando de madeireiros, fazendo a exploração", denuncia Marubo. "Ficamos na expectativa de aprender manejo [modo de exploração sustentável da madeira da floresta], mas recebemos a terras e não recebemos capacitação. O povo fica sem se sustentar."
Além da "falta de sustentabilidade" das 37 comunidades do Vale, que ocupa uma área de cerca de 8,5 milhões de hectares no Amazonas, Clóvis diz que a região é alvo do narcotráfico, real atividade das madeireiras.
"Esse indicador é muito sensível, diz muito sobre as populações, mas temos que avaliar se é uma população que nasce muito, se é numerosa, o que significa esse número de mortes", explica a técnica do Departamento de Saúde Indígena da Funasa, Irânia Marques, que participa da 4ª Conferência Nacional de Saúde Indígena.
Segundo Clóvis Marubo, liderança local do povo Marubo que habita o Vale do Javari, todos os problemas de saúde têm se agravado desde 2002. O número de mortes estaria alto, sobretudo se comparado ao Xingu (MT), que tem mortalidade de 20 crianças em mil nascimentos - uma das menores do país entre a população indígena.
"O sistema dos distritos funcionou no começou, em 1999 e 2000, mas em 2002 um vazio de atendimento começou a permitir que muitas doenças chegassem à população", relatou Marubo. "A comunidade é muito vulnerável a tudo. Da gripe, da malária, coqueluche acabou surgindo um tipo de hepatite, que em 2004 matou sete pessoas em um mês. As pessoas não pararam de morrer e a situação é agora de revolta."
Coordenador do Conselho Indígena do Vale do Javari (Civaja), Clóvis Marubo alerta para o
risco de rebelião contra a Funasa pelas mortes de crianças. O conselho pretende fazer um levantamento da saúde e situação social dos povos para apresentar às organizações internacionais que lutam pelos direitos humanos.
Os problemas na região não estariam restritos à saúde. O Vale do Javari fica numa região de fronteira com o Acre e Peru. Os índios reclamam das restrições para exploração de madeira, válidas na prática apenas para os indígenas.
"A gente vê os peruanos, colombianos e os brasileiros, a mando de madeireiros, fazendo a exploração", denuncia Marubo. "Ficamos na expectativa de aprender manejo [modo de exploração sustentável da madeira da floresta], mas recebemos a terras e não recebemos capacitação. O povo fica sem se sustentar."
Além da "falta de sustentabilidade" das 37 comunidades do Vale, que ocupa uma área de cerca de 8,5 milhões de hectares no Amazonas, Clóvis diz que a região é alvo do narcotráfico, real atividade das madeireiras.
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