De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Sangue de índio é vendido por US$ 85
14/02/2007
Autor: Chico Araújo
Fonte: Agência Amazônia
De nada adiantaram as ameaças da Funai e da CPI da Biopirataria. A empresa norte-americana Coriel Cell Repositories, de Nova Jersey, mantém à venda em seu site amostras de sangue de índios brasileiros. Por módicos US$ 85 (R$ 181,90) o internauta pode encomendar amostras das linhagens de células e de DNA do sangue de índios Karitiana, Suruí e Ianomâmi. A pessoa pode também adquirir amostras de sangue de índios do Peru, Equador, México, Venezuela e diversos outros países.
Quando o caso veio à tona, a CPI da Biopirataria pediu explicações à Funai. De imediato, o órgão informou ter acionado a Polícia Federal (PF) e o Itamaraty para solicitar ao governo americano a suspensão da oferta de sangue no site da Coriel. O presidente da Funai, Mércio Pereira da Silva, anunciou no dia 13 de abril de 2005, ao depor da CPI, que todas as medidas haviam sido adotadas no sentido de coibir o comércio do sangue. Em maio, a Agência Amazônia já havia denunciado a prática.
Dois anos após a promessa de Mércio, a Agência Amazônia constatou hoje que o sangue dos índios continua sendo oferecido pela Coriel Repositories. Para comprar as amostras, a pessoa não precisa de muito esforço. Depois de ingressar na página da Coriel, o comprador escolhe as amostras, preenche um formulário e justifica seu pedido. Em seguida, ele terá de autorizar o débito da compra no cartão e, por fim, enviar seus dados por fax ou e-mail para a empresa nos EUA. A Coriel promete entregar os componentes de sangue dos índios brasileiros e de dois países em qualquer lugar do planeta.
Feito tudo isso, resta apenas esperar a encomenda. A Coriel Repositories garante a entrega do produto. A empresa, no entanto, faz uma ressalva: só "distribui", ou melhor, vende por R$ 85, as culturas de pilhas e as amostras do DNA "à profissionais qualificadas que são associadas com as organizações de pesquisas médicas, educacionais, ou industriais".
A Coriel Repositories anuncia que possui quase 1 milhão de recipientes com sangue em seus bancos. De 1964 para cá, a empresa já comercializou 120 mil amostras de células e outras 100 mil de DNA de sangue. Esse volume de material foi espalhado a cientistas de quase 60 países. O laboratório exige do comprador apenas uma descrição de como o produto vai ser usado e um termo de garantia com detalhes dos termos e das condições de venda. Feito isso, as linhagens celulares e as amostras de DNA Karitiana são enviadas a quem as comprou.
As primeiras denúncias de coleta e venda de amostras de sangue dos índios de Rondônia surgiram em 1996. Um ano depois, a Câmara criou uma comissão externa para investigar esse e outros casos de biopirataria na Amazônia. Na época, constatou-se que era possível adquirir amostras de sangue pela internet de crianças, adolescentes, mulheres, homens e velhos das duas tribos brasileiras.
Dez anos depois, o sangue continua à venda no site da Coriell Cell. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar o caso. Até agora, no então, não prendeu nenhum dos suspeitos de envolvimento no caso.
Quando o caso veio à tona, a CPI da Biopirataria pediu explicações à Funai. De imediato, o órgão informou ter acionado a Polícia Federal (PF) e o Itamaraty para solicitar ao governo americano a suspensão da oferta de sangue no site da Coriel. O presidente da Funai, Mércio Pereira da Silva, anunciou no dia 13 de abril de 2005, ao depor da CPI, que todas as medidas haviam sido adotadas no sentido de coibir o comércio do sangue. Em maio, a Agência Amazônia já havia denunciado a prática.
Dois anos após a promessa de Mércio, a Agência Amazônia constatou hoje que o sangue dos índios continua sendo oferecido pela Coriel Repositories. Para comprar as amostras, a pessoa não precisa de muito esforço. Depois de ingressar na página da Coriel, o comprador escolhe as amostras, preenche um formulário e justifica seu pedido. Em seguida, ele terá de autorizar o débito da compra no cartão e, por fim, enviar seus dados por fax ou e-mail para a empresa nos EUA. A Coriel promete entregar os componentes de sangue dos índios brasileiros e de dois países em qualquer lugar do planeta.
Feito tudo isso, resta apenas esperar a encomenda. A Coriel Repositories garante a entrega do produto. A empresa, no entanto, faz uma ressalva: só "distribui", ou melhor, vende por R$ 85, as culturas de pilhas e as amostras do DNA "à profissionais qualificadas que são associadas com as organizações de pesquisas médicas, educacionais, ou industriais".
A Coriel Repositories anuncia que possui quase 1 milhão de recipientes com sangue em seus bancos. De 1964 para cá, a empresa já comercializou 120 mil amostras de células e outras 100 mil de DNA de sangue. Esse volume de material foi espalhado a cientistas de quase 60 países. O laboratório exige do comprador apenas uma descrição de como o produto vai ser usado e um termo de garantia com detalhes dos termos e das condições de venda. Feito isso, as linhagens celulares e as amostras de DNA Karitiana são enviadas a quem as comprou.
As primeiras denúncias de coleta e venda de amostras de sangue dos índios de Rondônia surgiram em 1996. Um ano depois, a Câmara criou uma comissão externa para investigar esse e outros casos de biopirataria na Amazônia. Na época, constatou-se que era possível adquirir amostras de sangue pela internet de crianças, adolescentes, mulheres, homens e velhos das duas tribos brasileiras.
Dez anos depois, o sangue continua à venda no site da Coriell Cell. A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar o caso. Até agora, no então, não prendeu nenhum dos suspeitos de envolvimento no caso.
Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.