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Indigenista denuncia cobrança de "jóias" por terras da União

29/08/2007

Fonte: MS Noticias



O indigenista Antônio Bezerra da Silva, funcionário do Posto Indígena São João, área indígena Kadiwel, ao denunciar estar sendo vítima de perseguição, inclusive com suspensão de salários, ao administrador executivo regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande e ao Ministério Público Federal, fez denúncias graves sobre negociatas de terras da União, via arrendamento com cobrança de importância numerária em forma de "jóias", no Núcleo de Apoio Local de Bonito da Funai, que comanda o posto indígena de Bodoquena.

Segundo o documento protocolodo na Funai e MPF, o núcleo citado "transformou-se num local de negociata criminosa em forma de arrendamento de fazends no interior da área da União, promovida por um cartel formado por alguns servidores da Funai e por pessoas ligadas a entidade que representa os pecuaristas".

A "jóia" recolhida seria repartida em três partes: "Uma para o índio e seus familiares preposto como o dono da fazenda, outra para o representante da entidade dos pecuaristas e a última para o servidor da Funai encarregado de conduzir o acerto".

O indigista denuncia ainda que quando ocorre visita de algum grupo ou autoridades, como ocorreu recentemente com a vinda do presidente da Funai para dialogar com as comunidades indígenas, na maioria das vezes seus roteiros são desviados pelo "cartel criminoso", impedindo dessa forma o contato com a ala humilde e sem assistência da comunidade.

Também expõe no documento que nos últimos meses tem-se observado ocorrência de trabalhos de agrimensura no interior da área indígena de Bodoquena promovida por fazendeiros, que determina a colocação de marcos de concreto contendo plaquetas de proteção legal com coordenadas geodésicas competentes ao geoprocessamento. E cita empresas conceituadas realizando esse trabalho, com "conivência do Núcleo de Apoio de Bonito". E assevera Bezerra da Silva: "Em função deste irresponsável descaso, o Patrimônio da União nos seus mais de 538 mil hectares vem sofrendo toda ordem de depredações, tais como desmatamento, extração e roubo de madeira de lei, caça e pesca".

Bezerra da Silva sua discordância com essas falcatruas é que motivaram a perseguição funcional que vem sofrendo.
 

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