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Ashaninkas e organização internacional fiscalizam fronteira entre Brasil e Peru

26/10/2007

Autor: Sandra Assunção

Fonte: Página 20



Representantes do Imaflora - organização não-governamental internacional - e um grupo de índios Ashaninka percorrem desde ontem no meio da floresta cerca de 200 quilômetros na área de fronteira entre o Brasil e o Peru. O objetivo dos índios Ashaninka é demonstrar que a madeireira peruana Venal executa um plano de manejo dentro de terras brasileiras e em parte do território deles. O gerente do Ibama de Cruzeiro do Sul, Márcio Vinícius Lima explica que é Imaflora é responsável pela certificação de empresas exportadoras de madeira e que pode descredenciar a Venal no mercado internacional.

A terra dos índios Ashaninka do rio Amônia está localizada perto da fronteira entre o Brasil e o Peru, próximo ao município de Marechal Taumaturgo no alto Rio Juruá. A retirada de madeira das terras indígenas é denunciada pelos Ashaninka desde 2001. A cada dois meses equipes do Ibama, Polícia Federal e Exército realizam operações na área utilizando helicópteros e barcos. Milhares de metros cúbicos de madeira cortados já foram descobertos na mata e mais de 20 peruanos presos nesta situação.

No final do ano passado, a retirada da madeira pelos peruanos se profissionalizou. Equipes do Ibama encontraram uma estrada de cerca de 160 quilômetros feita por máquinas pesadas bem perto da fronteira com o Brasil. A estrada serve para a retirada de madeira da floresta, o que antes era feito pelos rios quando os mesmos estavam cheios.

Em seguida, a empresa Venal passou a executar um plano de manejo na área que afirma ser peruana, o que é contestado pelo governo brasileiro e pelos índios Ashaninka. Para garantir a delimitação do território brasileiro, o Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores realiza o reavivamento dos marcos da fronteira, instalados em 1922.

O chefe do Ibama de Cruzeiro do Sul, Márcio Vinícius realiza nesta quinta-feira, 25, sobrevôos também na área do Parque Nacional da Serra do Divisor, onde também existem vários focos de retirada de madeira.
 

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