De Pueblos Indígenas en Brasil

Noticias

Em nota, índios criticam "tempestade" sobre vistoria

02/08/2008

Fonte: Maracaju News - www.maracaju.news.com.br



"Não entendemos por que estão fazendo tanta tempestade, como se nós fossemos criminosos indesejados e que a devolução de pequenas parte de nossas terras fosse acabar com a economia do Estado, extinguir cidades e desalojar 700 mil pessoas". A crítica é um trecho do documento resultante da Aty Guassu, reunião dos guarani-caiuás, realizada ontem na aldeia Sassoró (em Tacuru).

Em duas folhas, o texto apresenta descontentamento quanto à reação do governo, prefeitos e produtores rurais sobre o estudo antropológico, determinado pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que deve resultar em demarcação de novas áreas indígenas em Mato Grosso do Sul. O grupo de trabalho da Funai vai passar por 26 municípios, o que corresponde a um terço do Estado.

Ontem, a Aty Guassu contou com a participação de 60 lideranças indígenas, antropólogos e procuradores do MPF (Ministério Público Federal). Os indígenas se opuseram a proposta de ser transferidos para terras de outros povos, como os kadiwéu.

"Queremos lembrar todo o sofrimento que estamos passando, a fome, a violência, as prisões, os assassinatos, os suicídios, os atropelamentos, o desprezo e ódio com que muitas vezes somos tratados. E para começar a acabar com isso, só tem uma saída: ter de volta nossos tekohá, nossas terras tradicionais".

Histórico - O processo de estudo e demarcação é conseqüência de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que determinou, em novembro do ano passado, estudo antropológico. Para os contrários ao estudo, o TAC fere o direito de propriedade e não é um processo democrático, além de ameaçar a economia, pois afeta uma área de 10 milhões de hectares produtivos.

Para os favoráveis, o termo é o primeiro passo para pôr fim a situação de confinamento e violência nas aldeias. A "força-tarefa" deve passar por Dourados, Douradina, Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Laguna Carapã, Ponta Porã, Juti, Iguatemi, Coronel Sapucaia, Antônio João, Fátima do Sul, Vicentina, Naviraí, Tacuru, Rio Brillhante, Maracaju, Mundo Novo, Sete Quedas, Paranhos, Japorã, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Bonito e Jardim.
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.