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Acusado de matar dois indígenas vai a Júri 18 anos depois do crime
31/10/2008
Fonte: Conselho Indígena de Roraima - www.cir.org.br
O acusado pelo Ministério Público pelo assassinato de dois indígenas, Manoel dos Santos, o Manoel do Índio, ex-empregado da Fazenda Guanabara, vai a Juri Popular, hoje, 31 de outubro, no Fórum Sobral Pinto.
Mario Mendes Davis e Damião Mendes, ambos Macuxi da comunidade Macaco, região da Raposa, naquela época com 18 anos e 25 anos, respectivamente, foram assassinatos no dia 25 de junho de 1990, quando caçavam porcos para alimentar suas famílias.
Segundo as testemunhas e a denuncia do MPE, por volta das sete hoas horas do dia 25 de junho de 1990, os indígenas Mario e Damião saíram para caçar porcos nas proximidades da fazenda Guanabara.
Por volta das nove horas, Manoel dos Santos e se ajudante conhecido por Edson, empregados da fazenda Guanabara, de propriedade do senhor Newton Tavares, ambos a cavalos, passaram na frente a casa do casal Benita e Achao, pais de Mario e parentes de Damião.
Aproximadamente uma hora depois, ouvi-se tiros. Manoel e Edson voltaram, passando por outro contorno chegando à fazenda Guanabara, a mulher de Domingos Galvão, D.Rosa que se encontrava na fazenda falou que ele, Manoel, tinha matado os filhos de Milton e Achao. Imediatamente mandou avisar os familiares dos indígenas.
Por volta das quinze horas horas a senhora Benetida, mãe de Mário encontrou o corpo de Damião, irmão dela, com dois tiros de espingarda calibre 20, um na nuca e outro na cabeça, na margem do rio maú, a mais ou menos 5 km da fazenda Guanabara.
O corpo de Mario foi encontrado por Antonio filho do tuxaua Pedro Gregório, a mais ou menos 150 metros do local onde foi encontrado o corpo de Damião. Ambos os corpos estavam mais ou menos a 3 km das casas de seus familiares na comunidade macaco. O corpo de Damião estava de bruços e o corpo de Mario estava de costas com os braços esticados.
O CRIME DA SANTA CRUZ: na área onde está situada a fazenda Guanabara moravam os avós e pais dos índios macuxi das comunidades macaco, jibóia, piaba, santa cruz e outras. Viviam felizes e unidos. Era uma terra sagrada para os indígenas. Com a invasão de suas terras pelo branco os indígenas passaram ser perseguidos, mortos e expulsos de suas terras.
No ano de 1968, chegou Newton Tavares. Passou a impedir os indígenas de fazerem suas roças, construir casas, ter suas criações e caminhar livremente pela terra. Os próprios jagunços diziam terem sido contratados para acabar com os índios.
A construção de uma vala com 10 km de comprimento e 3m de profundidade, 4m de largura foi o sinal concreto de Newton Tavares, que queria acabar com os índios. Ameaças, casas queimadas e promessas de matar os índios, tornaram-se diárias, desequilibrando totalmente a vida dos indígenas da comunidade.
Atualmente toda a área que pertencia a fazenda Guanabará é denominada de Santa Cruz, em forma de homenagem aos dois indígenas mortos. Para os indígenas da região, o local chama-se Xununu Tamu.
JULGAMENTO: depois de 18 anos as comunidades indígenas, os pais e parentes das vitimas puderam ter a justiça ao vosso lado. Apesar de que todo sofrimento vivido jamais será esquecido, mas será um momento de mostrar que o povo indígena jamais desiste de lutar para que a sua vida seje respeitada. Não só o povo indígena poderá sair vitorioso, caso o acusado seja condenado, mas toda sociedade que luta contra a impunidade.
As lideranças indígenas estarão presentes no julgamento e clamam por Justiça. Este é um dos assassinatos que não se esquece, está na historia do povo indígena de Roraima, marca a disputa por suas terras indígenas, o tempo dos brancos e suas memórias podem tentar apagar este fato da sua historia, como remonta os tempos.
As imagens que se guarda daquele dia não se apagam. Mario e Damião, enrolados nas redes, foram enterrados ao lado da casa de Josefa, sua irmã. Na terra, perto do local onde Manoel foi acusado de queimar a sua casa, por que não queriam índios por perto.
Mario Mendes Davis e Damião Mendes, ambos Macuxi da comunidade Macaco, região da Raposa, naquela época com 18 anos e 25 anos, respectivamente, foram assassinatos no dia 25 de junho de 1990, quando caçavam porcos para alimentar suas famílias.
Segundo as testemunhas e a denuncia do MPE, por volta das sete hoas horas do dia 25 de junho de 1990, os indígenas Mario e Damião saíram para caçar porcos nas proximidades da fazenda Guanabara.
Por volta das nove horas, Manoel dos Santos e se ajudante conhecido por Edson, empregados da fazenda Guanabara, de propriedade do senhor Newton Tavares, ambos a cavalos, passaram na frente a casa do casal Benita e Achao, pais de Mario e parentes de Damião.
Aproximadamente uma hora depois, ouvi-se tiros. Manoel e Edson voltaram, passando por outro contorno chegando à fazenda Guanabara, a mulher de Domingos Galvão, D.Rosa que se encontrava na fazenda falou que ele, Manoel, tinha matado os filhos de Milton e Achao. Imediatamente mandou avisar os familiares dos indígenas.
Por volta das quinze horas horas a senhora Benetida, mãe de Mário encontrou o corpo de Damião, irmão dela, com dois tiros de espingarda calibre 20, um na nuca e outro na cabeça, na margem do rio maú, a mais ou menos 5 km da fazenda Guanabara.
O corpo de Mario foi encontrado por Antonio filho do tuxaua Pedro Gregório, a mais ou menos 150 metros do local onde foi encontrado o corpo de Damião. Ambos os corpos estavam mais ou menos a 3 km das casas de seus familiares na comunidade macaco. O corpo de Damião estava de bruços e o corpo de Mario estava de costas com os braços esticados.
O CRIME DA SANTA CRUZ: na área onde está situada a fazenda Guanabara moravam os avós e pais dos índios macuxi das comunidades macaco, jibóia, piaba, santa cruz e outras. Viviam felizes e unidos. Era uma terra sagrada para os indígenas. Com a invasão de suas terras pelo branco os indígenas passaram ser perseguidos, mortos e expulsos de suas terras.
No ano de 1968, chegou Newton Tavares. Passou a impedir os indígenas de fazerem suas roças, construir casas, ter suas criações e caminhar livremente pela terra. Os próprios jagunços diziam terem sido contratados para acabar com os índios.
A construção de uma vala com 10 km de comprimento e 3m de profundidade, 4m de largura foi o sinal concreto de Newton Tavares, que queria acabar com os índios. Ameaças, casas queimadas e promessas de matar os índios, tornaram-se diárias, desequilibrando totalmente a vida dos indígenas da comunidade.
Atualmente toda a área que pertencia a fazenda Guanabará é denominada de Santa Cruz, em forma de homenagem aos dois indígenas mortos. Para os indígenas da região, o local chama-se Xununu Tamu.
JULGAMENTO: depois de 18 anos as comunidades indígenas, os pais e parentes das vitimas puderam ter a justiça ao vosso lado. Apesar de que todo sofrimento vivido jamais será esquecido, mas será um momento de mostrar que o povo indígena jamais desiste de lutar para que a sua vida seje respeitada. Não só o povo indígena poderá sair vitorioso, caso o acusado seja condenado, mas toda sociedade que luta contra a impunidade.
As lideranças indígenas estarão presentes no julgamento e clamam por Justiça. Este é um dos assassinatos que não se esquece, está na historia do povo indígena de Roraima, marca a disputa por suas terras indígenas, o tempo dos brancos e suas memórias podem tentar apagar este fato da sua historia, como remonta os tempos.
As imagens que se guarda daquele dia não se apagam. Mario e Damião, enrolados nas redes, foram enterrados ao lado da casa de Josefa, sua irmã. Na terra, perto do local onde Manoel foi acusado de queimar a sua casa, por que não queriam índios por perto.
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