De Pueblos Indígenas en Brasil
News
Ibama associa crime ambiental a trabalho escravo, tráfico e exploração infantil no Pará
27/04/2009
Autor: Gilberto Costa
Fonte: Agência Brasil - http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/04/27/materia.2009-04-27.8985023837/view
Brasília - Operação coordenada pelo Ibama apreendeu 5,5 mil metros cúbicos (equivalente a cerca de 370 caminhões carregados) de madeira nobre extraída ilegalmente da Reserva Indígena Alto do Rio Guamá, próxima ao município de Nova Esperança do Piriá no nordeste do Pará. A ação batizada como "Operação Caapora", que em tupi quer dizer aquele que vive do mato, lavrou mais de R$ 7 milhões em multas desde 6 de abril.
A terra indígena explorada ilegalmente pertence aos índios Tembé, e é rica em madeiras de grande valor como maçaranduba e ipê. A madeira apreendida estava sendo retirada do lado oeste da reserva que tem cerca de 280 mil hectares e 1.500 habitantes. A Operação Caapora não tem prazo para terminar. O Ibama pretende percorrer toda a borda da reserva.
Segundo o Ibama, em 20 dias de operação, foram fechadas 22 serrarias ilegais; apreendidas cinco armas de fogo, quatro tratores, três caminhões, uma Picape, cinco motocicletas, 11 motosserras, além de computadores portáteis e aparelhos de radiocomunicação. Apesar dos fiscais encontrarem os motores das máquinas de serrar ainda quentes (recentemente desligados), ninguém foi apanhado e preso em flagrante até agora.
Conforme o superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço, as serrarias envolvidas na extração ilegal de madeira não pagavam impostos e exploravam mão-de-obra de forma análoga ao trabalho escravo, com remunerações inferiores a R$ 10 ao dia.
"Esses madeireiros não são da região. Tão logo a riqueza termina eles abandonam a região, deixando rastro de pobreza e miséria. O que eles dão de volta: nenhuma assistência social, benefício nenhum", disse. Apesar disso, o dirigente calcula que extração irregular de madeira fez com que a população de Nova Esperança do Piraí triplicasse desde 2004 e hoje atinja mais de 24 mil pessoas.
O aumento populacional, a pobreza e a ilegalidade da atividade madeireira favorecem a ocorrência de mais ilícitos. Aníbal Picanço informa que na região é comum a exploração sexual de crianças e adolescentes. "O histórico da região é de exploração sexual principalmente em postos na beira da estrada", informou citando os postos de combustíveis das estradas vicinais que fazem ligação com a Belém-Brasília (BR 153) e a Belém-Marabá (PA 150) como alguns dos locais onde o crime ocorre.
O superintendente do Ibama também cita casos recentes de pistolagem e de tráfego de drogas na região. Na operação foram apreendidos 50 quilos de maconha prontos para consumo e mais cinco quilos de sementes. Também foram encontrados uma plantação com 2.500 pés maconha em uma clareira na floresta.
Além do Ibama, participam da operação a Funai, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal, o Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental do Pará e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
A Operação Caapora foi planejada após o fechamento de diversas madeireiras em Paragominas no ano passado. Os fiscais do Ibama desconfiaram da movimentação registrada nas madeireiras da cidade e verificaram em sobrevôos de helicóptero que a madeira estava sendo retirada da Reserva Indígena Alto do Rio Guamá.
A madeira apreendida pela operação será destinada à construção de 12 escolas municipais na região e quatro pontes. Parte da madeira ilegal também será doada à Caritas, entidade da Igreja Católica para atendimento social.
A terra indígena explorada ilegalmente pertence aos índios Tembé, e é rica em madeiras de grande valor como maçaranduba e ipê. A madeira apreendida estava sendo retirada do lado oeste da reserva que tem cerca de 280 mil hectares e 1.500 habitantes. A Operação Caapora não tem prazo para terminar. O Ibama pretende percorrer toda a borda da reserva.
Segundo o Ibama, em 20 dias de operação, foram fechadas 22 serrarias ilegais; apreendidas cinco armas de fogo, quatro tratores, três caminhões, uma Picape, cinco motocicletas, 11 motosserras, além de computadores portáteis e aparelhos de radiocomunicação. Apesar dos fiscais encontrarem os motores das máquinas de serrar ainda quentes (recentemente desligados), ninguém foi apanhado e preso em flagrante até agora.
Conforme o superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço, as serrarias envolvidas na extração ilegal de madeira não pagavam impostos e exploravam mão-de-obra de forma análoga ao trabalho escravo, com remunerações inferiores a R$ 10 ao dia.
"Esses madeireiros não são da região. Tão logo a riqueza termina eles abandonam a região, deixando rastro de pobreza e miséria. O que eles dão de volta: nenhuma assistência social, benefício nenhum", disse. Apesar disso, o dirigente calcula que extração irregular de madeira fez com que a população de Nova Esperança do Piraí triplicasse desde 2004 e hoje atinja mais de 24 mil pessoas.
O aumento populacional, a pobreza e a ilegalidade da atividade madeireira favorecem a ocorrência de mais ilícitos. Aníbal Picanço informa que na região é comum a exploração sexual de crianças e adolescentes. "O histórico da região é de exploração sexual principalmente em postos na beira da estrada", informou citando os postos de combustíveis das estradas vicinais que fazem ligação com a Belém-Brasília (BR 153) e a Belém-Marabá (PA 150) como alguns dos locais onde o crime ocorre.
O superintendente do Ibama também cita casos recentes de pistolagem e de tráfego de drogas na região. Na operação foram apreendidos 50 quilos de maconha prontos para consumo e mais cinco quilos de sementes. Também foram encontrados uma plantação com 2.500 pés maconha em uma clareira na floresta.
Além do Ibama, participam da operação a Funai, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária Federal, o Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia Ambiental do Pará e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
A Operação Caapora foi planejada após o fechamento de diversas madeireiras em Paragominas no ano passado. Os fiscais do Ibama desconfiaram da movimentação registrada nas madeireiras da cidade e verificaram em sobrevôos de helicóptero que a madeira estava sendo retirada da Reserva Indígena Alto do Rio Guamá.
A madeira apreendida pela operação será destinada à construção de 12 escolas municipais na região e quatro pontes. Parte da madeira ilegal também será doada à Caritas, entidade da Igreja Católica para atendimento social.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source