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Retirados da Ñanderu, índios devem acampar nas margens da rodovia
26/05/2009
Autor: Marcelo Eduardo e Jacqueline Lopes
Fonte: Midiamax - http://www.midiamax.com/
Índios Guarani Kaiwoá que vivem no município de Rio Brilhante (distante 163 quilômetros ao sul da Capital) devem ser retirados hoje, 26 de maio, por ordem judicial, da área que ocupam. São 36 famílias que vivem no local que chamam de terra indígena Laranjeira Ñanderú.
A área compreende a fazenda Santo Antônio da Nova Esperança, de propriedade de Júlio César Cerveira, segundo a Justiça. A desocupação é determinada pela juíza federal Kátia Cilene Firmino, da 2ª Vara Federal de Dourados. O Cimi afirma temer o futuro dessas pessoas. A entidade entrou com pedido de recurso junto à Promotoria do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que fica em São Paulo.
O Tribunal ordenou à Funai (Fundação Nacional do Índio) que apresentasse comprovações de que a região é, verdadeiramente, de tradição indígena para que a decisão de Dourados fosse invalidada. O prazo era de quatro meses. Mas, segundo o Cimi, os estudos que deveriam comprovar a presença de antepassados indígenas no local não puderam ser feitos porque os fazendeiros de lá não permitiam.
"Seguranças particulares barravam todas as tentativas de entrada dos pesquisadores. Isto impossibilitou toda forma de estudo", defende Egon Heck, coordenador do Cimi.
A fazenda tem 450 hectares, fica próxima a afluentes do rio Paraná e é considerada um dos últimos recursos naturais de resquícios de Mata Atlântica. Há cerca de um ano e meio os índios estão na área. Foi feito acordo com a PF (Polícia Federal), que já estava preparada para retirá-los da terra. A PM (Polícia Militar) deverá participar da reintegração. "Não há para onde eles irem daqui para frente", afirma Egon.
Os indígenas estão, conforme o Cimi, abrigados em barracos embaixo das árvores. A maior preocupação dos movimentos que promovem a Caravana da Solidariedade (Cimi e associações indígenas) é com relação ao local onde essas famílias ficarão a partir de agora. Ramão de Souza Vieira, coordenador da Associação dos Povos Indígenas do Pantanal, disse que enviou uma carta à Associação Indígena Brasileira.
"Nesta carta, escrevi que nós lamentamos o que está ocorrendo com nossos irmãos Guarani Kaiowá e nos preocupamos com o que vai acontecer. Onde eles vão morar? E se ocorrer conflitos? Aqui existem crianças e idosos. Ficamos sabendo que o governador teria dito que mandaria a PM para cá, sendo que quem deve atuar nessas situações é a Polícia Federal somente", disse.
Como divulgado pelo Midiamax, ainda em dezembro de 2008, a Justiça Federal mandou que a Polícia faça "uso moderado de força"para retirada dos 128 índios.
Os Guarani Kaiowá, que correm o risco da expulsão, integram famílias que moram numa aldeia na região de Panambi, perto de Dourados. Eles eram donos de cerca de 2,6 hectares há 40 anos. Hoje, ocupam 300 hectares.(Com colaboração de Celso Bejarano Jr.)
A área compreende a fazenda Santo Antônio da Nova Esperança, de propriedade de Júlio César Cerveira, segundo a Justiça. A desocupação é determinada pela juíza federal Kátia Cilene Firmino, da 2ª Vara Federal de Dourados. O Cimi afirma temer o futuro dessas pessoas. A entidade entrou com pedido de recurso junto à Promotoria do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que fica em São Paulo.
O Tribunal ordenou à Funai (Fundação Nacional do Índio) que apresentasse comprovações de que a região é, verdadeiramente, de tradição indígena para que a decisão de Dourados fosse invalidada. O prazo era de quatro meses. Mas, segundo o Cimi, os estudos que deveriam comprovar a presença de antepassados indígenas no local não puderam ser feitos porque os fazendeiros de lá não permitiam.
"Seguranças particulares barravam todas as tentativas de entrada dos pesquisadores. Isto impossibilitou toda forma de estudo", defende Egon Heck, coordenador do Cimi.
A fazenda tem 450 hectares, fica próxima a afluentes do rio Paraná e é considerada um dos últimos recursos naturais de resquícios de Mata Atlântica. Há cerca de um ano e meio os índios estão na área. Foi feito acordo com a PF (Polícia Federal), que já estava preparada para retirá-los da terra. A PM (Polícia Militar) deverá participar da reintegração. "Não há para onde eles irem daqui para frente", afirma Egon.
Os indígenas estão, conforme o Cimi, abrigados em barracos embaixo das árvores. A maior preocupação dos movimentos que promovem a Caravana da Solidariedade (Cimi e associações indígenas) é com relação ao local onde essas famílias ficarão a partir de agora. Ramão de Souza Vieira, coordenador da Associação dos Povos Indígenas do Pantanal, disse que enviou uma carta à Associação Indígena Brasileira.
"Nesta carta, escrevi que nós lamentamos o que está ocorrendo com nossos irmãos Guarani Kaiowá e nos preocupamos com o que vai acontecer. Onde eles vão morar? E se ocorrer conflitos? Aqui existem crianças e idosos. Ficamos sabendo que o governador teria dito que mandaria a PM para cá, sendo que quem deve atuar nessas situações é a Polícia Federal somente", disse.
Como divulgado pelo Midiamax, ainda em dezembro de 2008, a Justiça Federal mandou que a Polícia faça "uso moderado de força"para retirada dos 128 índios.
Os Guarani Kaiowá, que correm o risco da expulsão, integram famílias que moram numa aldeia na região de Panambi, perto de Dourados. Eles eram donos de cerca de 2,6 hectares há 40 anos. Hoje, ocupam 300 hectares.(Com colaboração de Celso Bejarano Jr.)
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