De Pueblos Indígenas en Brasil

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Efetivo deve permanecer mais 3 meses

03/06/2009

Autor: ANDREZZA TRAJANO

Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/




Os efetivos da Polícia Federal (PF) e Força Nacional de Segurança (FNS), que compõem a Operação Upatakon 3, devem permanecer mais três meses em Roraima, segundo informou o superintendente da PF, José Maria Fonseca.

A desmobilização está ocorrendo aos poucos. Ela depende do clima instalado na terra indígena Raposa Serra do Sol, alvo dos trabalhos de manutenção de segurança. Postos de fiscalização também serão desativados de acordo com a inexistência de demanda.

Recentemente foi desinstalado o posto de fiscalização na região de Placas, distante aproximadamente 240 quilômetros da Capital. O local, conforme Fonseca, será transformado em um posto avançado da Superintendência da PF.

Já o posto de fiscalização instalado na entrada do Passarão, considerada uma das portas de entrada da reserva, a cerca de 70 quilômetros de Boa Vista, deve ser desativado nos próximos dias. "Como o Estado assumiu o controle da balsa, não existe mais a necessidade de nossa presença permanente lá", explicou.

Enquanto houver atividade da Fundação Nacional do Índio (Funai) na Raposa Serra do Sol, relacionada à demanda de desocupação do território indígena, as tropas federais vão permanecer na região. Assim, os trabalhos de fiscalização devem se concentrar nos postos montados em Surumu, em Pacaraima e no lago Caracaranã, em Normandia.

A previsão é de que em até três meses todo o processo seja concluído. "Ainda não existe uma data exata de quando vai terminar tudo. Depende do andamento do processo, até zerar a operação, que deve levar ainda três meses. Depois disso deve ficar no Estado apenas o pessoal da área administrativa, que por um prazo fará os levantamentos da operação e do material utilizado", observou o superintendente.

NÃO-ÍNDIO - A única família não-índígena que permanece na Raposa Serra do Sol é do pecuarista Adolfo Esbell, 82. Ele se comprometeu em deixar a região até o dia 14 deste mês. No início da semana, as últimas cabeças de gado que estavam em uma fazenda na região do Miang, considerada de difícil acesso, foram retiradas pela Venezuela, após entendimento entre os governos dos dois países.

Em abril passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o processo demarcatório da reserva de 1,7 milhão de hectares em área contínua, tornando-a de usufruto exclusivo dos indígenas. Todos os não-índios que habitavam a região tiveram que sair da área.
 

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