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Estado quer esclarecimento da morte de indígena

07/02/2003

Autor: Ivo Gallindo

Fonte: Jornal Brasil Norte-Boa Vista-RR



Ministro da Secretaria Nacional de Direitos Humanos diz que laudo cadavérico preliminar indica possibilidade de homicídio


O ministro chefe de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, informou ontem que o laudo cadavérico preliminar do Instituto Médico Legal de Brasília, no corpo do índio Alto da Silva Mota, encontrado morto no início deste ano no município do Uiramutã, indica a possibilidade de assassinato. Há, segundo ele, pelo menos uma perfuração de arma de fogo.
Depois de participar da 32ª Assembléia dos Tuxauas, na aldeia do Pium, Nilmário Miranda foi recebido na tarde de ontem pelo vice-governador Salomão Cruz (PFL), que estava respondendo pelo Poder Executivo do Estado.

A conversa entre eles foi harmônica e ambos concordaram em desejar ver o caso Aldo Mota esclarecido o mais rápido possível.
Na avaliação de Salomão Cruz, o governador Flamarion Portela (PSL) tem demonstrado administrar dentro da legalidade e do respeito às leis. "Não vai ser diferente agora ou em qualquer caso semelhante. O ministro nos mostrou um laudo cadavérico preliminar e iremos aguardar o definitivo para que sejam adotadas todas as medidas necessárias", assegurou.

Impunidade
De acordo com Nilmário Miranda, o maior problema é a impunidade, algo que está sendo combatido pelos Governos Federal e Estadual. "Queremos punição para todos os envolvidos nas mortes de indígenas, especialmente a de Aldo Mota, ocorrida já no governo Lula. Acompanharemos, portanto, o inquérito para mostrar que não aceitamos crimes dessa natureza".
Complementando que todas as divergências devem ser resolvidas com diálogo, o ministro prometeu buscar a revisão do decreto que permite o livre acesso das Forças Armadas e Polícia Federal em áreas indígenas. "Vamos discutir como será essa presença. É preciso garantir a soberania nacional, mas com respeito aos direitos dos índios", enfatizou.

Interesses
Com relação à totalidade das reivindicações dos tuxauas, Nilmário Miranda resumiu que o presidente da República foi eleito com esmagadora vantagem de votos, mas não fez a maioria dos governadores, deputados e senadores. Deixou claro, assim, existir outros interesses a serem analisados, discutidos e respeitados. "Lula irá ouvi-los e vão governar juntos".
 

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