De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Guatós prometem expulsar turistas
14/03/2003
Autor: Otávio Neto
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande-MS
PESCA - Os índios denunciaram ao Ministério Público Federal que empresas responsáveis pela exploração do turismo em Corumbá estão desrespeitando a reserva
Os índios guatós, que residem na Ilha de Ínsua, ao norte de Corumbá, próximo à Lagoa de Uberaba, no meio do Pantanal, denunciaram ao Ministério Público Federal que as empresas que exploram o turismo de pesca no município de Corumbá estão desrespeitando a reserva indígena e praticando pesca irregular na área que é protegida por lei. A denúncia partiu do cacique da aldeia, Severo Ferreira, que promete inclusive defender o território indígena usando a força.
Preocupado com a possibilidade de um conflito entre índios, turistas e empresários, o Ministério Público Federal encaminhou documento a Secretaria de Meio Ambiente Cultura e Turismo de Corumbá, solicitando que se divulgue ao trade turístico a necessidade e obrigatoriedade de as empresas respeitarem a área dos índios.
No documento, a procuradoria informou ainda que o local é bastante sinalizado e a indicação de que a área é protegida está registrada ao longo do Rio Paraguai, por onde as embarcações navegam. Segundo os indígenas, a presença de pessoas não autorizadas na área vem causando prejuízos ao estoque pesqueiro, poluindo a reserva e colocando em risco a própria sobrevivência dos guatós que vivem na aldeia. Eles alegam que a exploração pesqueira praticada pelos turistas vem colocando em risco a cadeia alimentar dos índios.
Ainda de acordo com o documento entregue ao Ministério Público, apesar de manter um posto próximo à área da reserva, o Exército não exerce papel de fiscalização. Os índios denunciaram ainda que a Polícia Militar Ambiental não protege a área. O procurador Alexandre Amaral Gavronski informou que vai enviar ofício à Marinha, a empresas de turismo e às instituições responsáveis pela fiscalização da reserva dos guatós alertando sobre a possibilidade inclusive de os índios exercerem o direito de defender sua reserva, expulsando aqueles que irregularmente entrarem nela.
Alerta da Funai
O administrador Executivo da Funai no Estado, Márcio Justino Marcos, enviou aos empresários de turismo de Corumbá documento na qual cobra o respeito às terras indígenas e ressaltou a proibição do ingresso de pessoas estranhas aos grupos tribais ou comunidades indígenas, sem autorização da Funai. O administrador alertou ainda que a fundação não vai se responsabilizar por eventuais atitudes que os indígenas possam tomar contra terceiros considerados invasores.
No ano passado, os guatós decidiram cobrar pedágio das embarcações de pesca que cruzavam a reserva. Na época, o problema mobilizou empresários e as autoridades ambientais e por pouco um conflito entre índios e empresários de turismo não aconteceu. Um acordo evitou o conflito. Agora, os índios guatós prometem não conversar mais.
O cacique Severo Ferreira afirmou que vai usar os meios de que dispõe na reserva, para expulsar quem continuar invadindo a área que por lei pertence à União e deve ser explorada apenas pelas comunidades indígenas que vivem na área e dela dependem para sobreviver.
A Acert (Associação das Empresas Regionais de Turismo) vai reunir os empresários de pesca na próxima semana para discutir a questão. O presidente da entidade, Emerson Marcon, adiantou que a Acert é contra a invasão da área indígena e também vai se isentar de qualquer problema ocasionado pela falta de respeito às determinações legais, estipuladas na lei. Após a reunião, a Acert vai tomar uma posição oficial em relação à questão. Inicialmente, a entidade faz um alerta aos empresários, pedindo que não entrem nem permitam que seus piloteiros entrem na reserva indígena dos guatós, para evitar conflitos que atentem contra a segurança e a boa imagem do empresariado.
Os índios guatós, que residem na Ilha de Ínsua, ao norte de Corumbá, próximo à Lagoa de Uberaba, no meio do Pantanal, denunciaram ao Ministério Público Federal que as empresas que exploram o turismo de pesca no município de Corumbá estão desrespeitando a reserva indígena e praticando pesca irregular na área que é protegida por lei. A denúncia partiu do cacique da aldeia, Severo Ferreira, que promete inclusive defender o território indígena usando a força.
Preocupado com a possibilidade de um conflito entre índios, turistas e empresários, o Ministério Público Federal encaminhou documento a Secretaria de Meio Ambiente Cultura e Turismo de Corumbá, solicitando que se divulgue ao trade turístico a necessidade e obrigatoriedade de as empresas respeitarem a área dos índios.
No documento, a procuradoria informou ainda que o local é bastante sinalizado e a indicação de que a área é protegida está registrada ao longo do Rio Paraguai, por onde as embarcações navegam. Segundo os indígenas, a presença de pessoas não autorizadas na área vem causando prejuízos ao estoque pesqueiro, poluindo a reserva e colocando em risco a própria sobrevivência dos guatós que vivem na aldeia. Eles alegam que a exploração pesqueira praticada pelos turistas vem colocando em risco a cadeia alimentar dos índios.
Ainda de acordo com o documento entregue ao Ministério Público, apesar de manter um posto próximo à área da reserva, o Exército não exerce papel de fiscalização. Os índios denunciaram ainda que a Polícia Militar Ambiental não protege a área. O procurador Alexandre Amaral Gavronski informou que vai enviar ofício à Marinha, a empresas de turismo e às instituições responsáveis pela fiscalização da reserva dos guatós alertando sobre a possibilidade inclusive de os índios exercerem o direito de defender sua reserva, expulsando aqueles que irregularmente entrarem nela.
Alerta da Funai
O administrador Executivo da Funai no Estado, Márcio Justino Marcos, enviou aos empresários de turismo de Corumbá documento na qual cobra o respeito às terras indígenas e ressaltou a proibição do ingresso de pessoas estranhas aos grupos tribais ou comunidades indígenas, sem autorização da Funai. O administrador alertou ainda que a fundação não vai se responsabilizar por eventuais atitudes que os indígenas possam tomar contra terceiros considerados invasores.
No ano passado, os guatós decidiram cobrar pedágio das embarcações de pesca que cruzavam a reserva. Na época, o problema mobilizou empresários e as autoridades ambientais e por pouco um conflito entre índios e empresários de turismo não aconteceu. Um acordo evitou o conflito. Agora, os índios guatós prometem não conversar mais.
O cacique Severo Ferreira afirmou que vai usar os meios de que dispõe na reserva, para expulsar quem continuar invadindo a área que por lei pertence à União e deve ser explorada apenas pelas comunidades indígenas que vivem na área e dela dependem para sobreviver.
A Acert (Associação das Empresas Regionais de Turismo) vai reunir os empresários de pesca na próxima semana para discutir a questão. O presidente da entidade, Emerson Marcon, adiantou que a Acert é contra a invasão da área indígena e também vai se isentar de qualquer problema ocasionado pela falta de respeito às determinações legais, estipuladas na lei. Após a reunião, a Acert vai tomar uma posição oficial em relação à questão. Inicialmente, a entidade faz um alerta aos empresários, pedindo que não entrem nem permitam que seus piloteiros entrem na reserva indígena dos guatós, para evitar conflitos que atentem contra a segurança e a boa imagem do empresariado.
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