De Pueblos Indígenas en Brasil
Noticias
Índios e gripe
25/09/2009
Fonte: Notícias do Ministério Público Federal - http://migre.me/7JmJ
Diário de Cuiabá - 25 de setembro de 2009
Três xavantes da reserva São Marcos, em Barra do Garças contraíram a nova gripe e se recuperaram. No entanto, uma criança de dois anos, da mesma área indígena, morreu em Goiânia com sintomas dessa pandemia. Em Campinápolis, um índio da reserva Parabubure, está internado e autoridades médicas suspeitam que o mesmo tenha contraído essa doença.
As primeiras manifestações da gripe H1N1 nas terras indígenas mato-grossenses exigem pronta resposta do Estado, com base em fundamentação sanitária, antes que a omissão ou o temor político no trato de questões envolvendo índios dizime em proporções catastróficas indivíduos que residem nas aldeias dispersas em todas as regiões.
O modelo de ocupação das reservas cria uma blindagem natural contra doenças virais, a exemplo da nova gripe, porque todas as aldeias se localizam em áreas distantes das rodovias e a presença de indivíduos da sociedade envolvente entre seus moradores é restrita.
Antes que o contato dos indígenas com moradores das cidades abra caminho à nova gripe é preciso que o Estado crie um mecanismo transversal composto pela Funasa, Funai e Ministério Público Federal, para impedir que os índios deixem suas reservas, como habitualmente fazem, para protegê-los. Decisão nesse sentido certamente gerará polêmica, mas é preciso avaliar essa possibilidade, porque a experiência histórica nos mostra que a catapora, a gripe comum e outras doenças do cotidiano urbano sempre causaram mortes entre as populações das aldeias em percentuais bem mais acentuados do que os registrados nas cidades.
O grande aliado do sistema de saúde contra a nova gripe é a prevenção e a proposta deste editorial é exatamente essa: que se crie um guarda-chuva de proteção aos indígenas.
Quem vive em Cuiabá nem sempre tem informação sobre as boas relações entre os habitantes das aldeias e sua vizinhança. Em Nova Nazaré é comum partidas de futebol entre curumins xavantes e garotos que residem na cidade. Nas noites em Canarana e Gaúcha do Norte a população jovem é formada por quem ali reside e seus vizinhos do Parque Indígena do Xingu. Nas ruas em Barra do Garças xavantes e bororos vendem artesanato. A reserva Tadarimana, em Rondonópolis, localiza-se ao lado do perímetro urbano, o que facilita o contato mais permanente entre os bororos que a habitam e os rondonopolitanos.
Antes que seja tarde demais é preciso criar um eficiente sistema preventivo para os indígenas. É imperativo mantê-los afastados das áreas de risco, até que o Ministério da Saúde controle a nova gripe. Longe de cercear o direito de ir e vir entre a aldeia e a cidade, o que se quer é que os 28 mil índios que vivem nas 58 reservas tenham a melhor proteção possível para esse momento. Essa proteção chama-se prevenção.
O modelo de ocupação das reservas cria uma blindagem natural
Três xavantes da reserva São Marcos, em Barra do Garças contraíram a nova gripe e se recuperaram. No entanto, uma criança de dois anos, da mesma área indígena, morreu em Goiânia com sintomas dessa pandemia. Em Campinápolis, um índio da reserva Parabubure, está internado e autoridades médicas suspeitam que o mesmo tenha contraído essa doença.
As primeiras manifestações da gripe H1N1 nas terras indígenas mato-grossenses exigem pronta resposta do Estado, com base em fundamentação sanitária, antes que a omissão ou o temor político no trato de questões envolvendo índios dizime em proporções catastróficas indivíduos que residem nas aldeias dispersas em todas as regiões.
O modelo de ocupação das reservas cria uma blindagem natural contra doenças virais, a exemplo da nova gripe, porque todas as aldeias se localizam em áreas distantes das rodovias e a presença de indivíduos da sociedade envolvente entre seus moradores é restrita.
Antes que o contato dos indígenas com moradores das cidades abra caminho à nova gripe é preciso que o Estado crie um mecanismo transversal composto pela Funasa, Funai e Ministério Público Federal, para impedir que os índios deixem suas reservas, como habitualmente fazem, para protegê-los. Decisão nesse sentido certamente gerará polêmica, mas é preciso avaliar essa possibilidade, porque a experiência histórica nos mostra que a catapora, a gripe comum e outras doenças do cotidiano urbano sempre causaram mortes entre as populações das aldeias em percentuais bem mais acentuados do que os registrados nas cidades.
O grande aliado do sistema de saúde contra a nova gripe é a prevenção e a proposta deste editorial é exatamente essa: que se crie um guarda-chuva de proteção aos indígenas.
Quem vive em Cuiabá nem sempre tem informação sobre as boas relações entre os habitantes das aldeias e sua vizinhança. Em Nova Nazaré é comum partidas de futebol entre curumins xavantes e garotos que residem na cidade. Nas noites em Canarana e Gaúcha do Norte a população jovem é formada por quem ali reside e seus vizinhos do Parque Indígena do Xingu. Nas ruas em Barra do Garças xavantes e bororos vendem artesanato. A reserva Tadarimana, em Rondonópolis, localiza-se ao lado do perímetro urbano, o que facilita o contato mais permanente entre os bororos que a habitam e os rondonopolitanos.
Antes que seja tarde demais é preciso criar um eficiente sistema preventivo para os indígenas. É imperativo mantê-los afastados das áreas de risco, até que o Ministério da Saúde controle a nova gripe. Longe de cercear o direito de ir e vir entre a aldeia e a cidade, o que se quer é que os 28 mil índios que vivem nas 58 reservas tenham a melhor proteção possível para esse momento. Essa proteção chama-se prevenção.
O modelo de ocupação das reservas cria uma blindagem natural
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