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Seminário promovido pelo Neppi debateu "Povos Indígenas Frente às Novas Mídias"

25/03/2010

Autor: Caroline Maldonado

Fonte: Rede de Saberes - http://www.rededesaberes.neppi.org




A primeira edição do ciclo "Seminários Neppi", promovida no dia 24 de março pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas da Universidade Católica Dom Bosco (Neppi/UCDB) debateu o tema "Povos Indígenas Frente às Novas Mídias". Para isso contou com a presença do cineasta boliviano, Ivan Molina, que exibiu um dos filmes produzidos em oficina de áudio visual ministrada por ele. O evento teve a colaboração do Pontão de Cultura Guaicuru. Na mesa, além de Molina, estavam o técnico do Ponto de Cultura Teko Arandu, Devanildo Ramires, da etnia Kaiowá e o cineasta e designer, Gilmar Marcos Galache, da etnia Terena. A mediação foi feita pelo pesquisador do Neppi, José Francisco Sarmento.


O cineasta, que é indígena da etnia Quéchua, falou de sua experiência ao ensinar jovens indígenas da Bolívia e do Brasil a produzir vídeos e respondeu às perguntas de acadêmicos de Rádio e TV, Jornalismo, História e Filosofia, entre outros que se interessaram pelo debate. Segundo Molina, o vídeo tem sido uma ferramenta poderosa para reafirmar a cultura indígena. "Muitos jovens não queriam ficar na aldeia e depois do vídeo eles dançavam, cantavam e queriam ser indígenas, queriam ser guaranis, porque puderam sentir que são importantes, contou.


Os índios, ao fazer os vídeos, querem se assimilar a cultura do branco ou divulgar e fortalecer sua própria cultura? Em resposta a esta pergunta, feita por uma acadêmica, Ivan Molina afirmou que vivemos em uma ditadura midiática. "Vivemos muito errado. O que é melhor? Os indígenas devem se perguntar e não nós que devemos nos perguntar por eles".


O coordenador do Ponto de Cultura Teko Arandu, Antonio Brand, destacou o trabalho deste projeto. O Ponto localizado na aldeia Te'ýikue, em Caarapó - MS oferece aulas de informática, oficinas de fotografia, vídeo levando a inclusão digital à comunidade. "A preocupação que ficou clara neste debate não é o que levamos, mas como nós fazemos. Neste "como" é que pode estar embutida a continuidade de uma atitude de superioridade, de imposição de valores ou, ao contrário, pode estar aí a possibilidade de contribuirmos com esses povos para que eles possam se mostrar cada vez mais, se tornar cada vez menos invisíveis e menos sujeitos a uma exclusão virtual", disse o coordenador.

http://www.rededesaberes.neppi.org/noticias.php?id=445
 

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