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ÁREA INDÍGENA MOSKOW

04/06/2003

Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR



O senador Mozarildo Cavalcanti: "Há falta absoluta de critérios"


Conservando postura crítica em relação a demarcação e homologação de áreas indígenas em Roraima, o senador Mozarildo Cavalcanti (PPS) disse ontem que o ato do presidente Lula (PT) em homologar a reserva indígena Moskow, com 14.202 hectares, ao nordeste do Estado, onde vivem cerca de 300 índios, foi mais uma demonstração da falta de critérios técnicos quanto à extensão de terra e o número de habitantes.

"A minha opinião, é que há uma falta absoluta de critérios, do ponto de vista das extensões de terras destinadas aos índios, em relação ao quantitativo populacional de indígenas e à situação antropológica desses povos", disse. Na opinião do parlamentar, o que está se tentando fazer em Roraima é a preservação das reservas minerais existentes nessas áreas, para posterior aproveitamento por países que compõem o G8.

Reafirmou que a preocupação das Organizações Não Governamentais (ONGs), que dizem defender os interesses dos índios não é de fato esta, mas de entregar as riquezas minerais das áreas pretendidas, para exploradores estrangeiros.

Conforme Mozarildo Cavalcanti, 57% do território do Estado de Roraima já está demarcado para os índios e que ainda continua havendo uma progressão das áreas visadas pelas ONGs. "Nos últimos anos, houve um aumento de 100% das áreas destinadas aos índios, enquanto a população indígena não cresceu nem 50%", observou.

O senador declarou que o desenvolvimento do setor agroindustrial de Roraima, o único para o qual o Estado tem uma vocação natural, vem sendo comprometido há anos, pelo avanço das áreas indígenas. "E olha que a maioria dos índios passa a semana na cidade e só retorna para as áreas demarcadas nos finais de semana", disse.

Para o deputado estadual e líder do Governo na Assembléia Legislativa, Titonho Beserra (PT), a homologação da área Moskow é uma demonstração de que o governo Lula está disposto a solucionar a questão fundiária do Estado, que se arrasta há décadas, gerando conflitos entre índios e não-índios.

Reconhece, no entanto, que mesmo com a vinda do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) para ouvir os segmentos interessados na solução da questão indígena/fundiária do Estado, qualquer que seja a decisão do Governo Federal em relação a Raposa/Serra do Sol, haverá quem fique descontente. "Numa questão polêmica como essa, não dá para agradar a todos", disse.
 

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