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Fazenda em Bonito é invadida por índios cadiuéus
05/07/2003
Fonte: Correio do Estado-Campo Grande-MS
Mesmo com a presença da PM, a cadiuéu Cláudia Pires não desocupou a fazenda em Bonito Um grupo de índios da etnia cadiuéu invadiu a Fazenda Santa Clara no município de Bonito. Distante 65 quilômetros da cidade, a propriedade faz limite com a reserva indígena cadiuéu de Porto Murtinho. Há duas semanas, pelo menos 15 índios acamparam num galpão da propriedade e conviviam pacificamente com os peões da fazenda, mas nos últimos dias a situação ficou tensa. Os cadiuéus ameaçaram incendiar a sede da fazenda caso o fazendeiro Nilton Vargas não desocupasse a área. O produtor reforçou a segurança na casa. Na quarta-feira, a Polícia Militar de Bonito foi acionada quando uma caminhonete desembarcou vários indígenas na propriedade. Um deles identificado como Tomaz estava encapuzado. A PM conseguiu evitar um conflito entre peões e indígenas. Atendendo o pedido dos policiais, o grupo desocupou a área afirmando que voltaria. Porém, a índia Claudia Pires não atendeu a ordem da guarnição. A reportagem do Correio do Estado esteve na área e encontrou a índia na fazenda. Ela diz que a terra pertenceu a seus pais e sairá do local somente com decisão judicial. Cláudia disse que a ameaça teve início com o objetivo de forçar a presença da Funai e da Polícia Federal na fazenda. "Foi marcada uma audiência no fórum de Bonito e o advogado da Funai não foi", reclama. Rodrigo Vargas, filho do proprietário, informou que o caso já está na Justiça. "Estamos solicitando na Justiça federal uma manutenção de posse. A fazenda é toda documentada. A escritura nos garante a posse", disse, ao afirmar que foi preciso reforçar a segurança depois que os indígenas ameaçaram invadir a sede. "Eles passavam a noite toda gritando ao redor da casa. Agora a vigilância é 24 horas". O proprietário Nilton Vargas disse que enquanto aguardava a decisão judicial havia feito um acordo com os indígenas, permitindo que se abrigassem no galpão. "Uma vez que as ameaças tiveram início, o nosso acordo foi quebrado". Ele se defende dizendo que os 800 hectares de sua fazenda estão em Bonito e que o município nunca teve reserva indígena. "Os cadiuéus são da reserva indígena de Porto Murtinho. Bonito nunca teve aldeia indígena", frisou. Remarcação Composta de terras particulares adquiridas do Estado em 1953 e todas escrituradas, a propriedade da região começou a ser questionada em 1979, após uma remarcação promovida pela Funai. Os fazendeiros dizem que o divisor natural da terra sempre foi o paredão da Serra de Bodoquena. A reserva indígena cadiuéu de Porto Murtinho possui 538.536 hectares.
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