De Pueblos Indígenas en Brasil
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Lideranças Xavante mobilizados para defender terra e cultura
28/07/2003
Fonte: Coiab-Manaus-AM
Quarenta lideranças Xavante, incluindo caciques das nove terras indígenas e membros da Coordenação Indígena Xavante (C. I. X), reuniram-se, nos dias 20 e 21 deste mês, em Barra do Garça (MT), para discutir novas estratégias de defesa da terra indígena e da cultura desse povo, um dos mais pressionados, no País, pelos fazendeiros e produtores de soja.
"O encontro foi muito significativo e marca um posicionamento novo dos Xavante", disse o gerente-técnico do Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI), Gersem dos Santos Luciano, um dos participantes da reunião.
Para o coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Saterê, a reunião foi de fato uma valiosa oportunidade para discutir com os caciques do povo xavante o quanto é importante investir em estruturas e na organização própria. "O povo xavante é um povo guerreiro, tem tudo para ter uma organização forte, para isso é preciso propiciar a unidade interna e se juntar com outros povos e organizações indígenas", ressaltou. Em efeito, segundo Gersem, um dado que ficou evidenciado nessa reunião, é a determinação dos caciques em construir novas alianças na luta para garantir a terra, a cultura e melhorar a qualidade de vida das comunidades Xavante.
Os caciques querem o apoio do PDPI nas ações de fortalecimento da organização do povo e das comunidades xavante, no aspecto da infra-estrutura e em programas de capacitação de lideranças e jovens indígenas. De acordo com Gersem Luciano, para essas lideranças é fundamental, hoje, que os mais jovens conheçam a história do povo, a forma de resistência e os problemas ora vivenciados e tenham acesso ao conhecimento a fim de fazer uma intervenção mais qualificada.
Ajudou, nesse diálogo com os caciques, conforme Jecinaldo, relatar a história e lutas do movimento indígena e da Coiab, com a intenção de explicar como é que funcionam as atuais organizações indígenas, que não substituem o papel dos caciques, nem pretendem dividir caciques e jovens, mas sem fortalecer a luta e ajudar na conquista, de forma organizada, dos direitos dos povos indígenas. "Explicamos, disse Jecinaldo, que é muito importante unir as forças e fortalecer o movimento indígena, a organização própria, que não é a mesma coisa que a Fundação Nacional do Índios (Funai), que é um órgão do governo".
Os caciques e a Coordenação Indígena Xavante (C. I. X.) farão, no mês de novembro, na Aldeia São Marcos, outra reunião, desta vez ampliada, com a participação de mais lideranças xavante e representantes da Coiab, da Coordenação e de alguns departamentos como os de educação e de mulheres. Na reunião deverão aprofundar no conhecimento do movimento indígena, no levantamento dos problemas que mais afetam o povo xavante e na definição de algumas ações na área de fortalecimento organizacional. Os caciques preparam para a ocasião uma grande festa para receber os participantes.
Participaram, além das lideranças xavante, do líder da Coiab e do gerente-técnico do PDPI, o representante do Departamento Internacional para o Desenvolvimento do Governo Britânico (DFID), Itagiba Filho, e representantes da Funai.
"O encontro foi muito significativo e marca um posicionamento novo dos Xavante", disse o gerente-técnico do Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI), Gersem dos Santos Luciano, um dos participantes da reunião.
Para o coordenador geral da Coiab, Jecinaldo Saterê, a reunião foi de fato uma valiosa oportunidade para discutir com os caciques do povo xavante o quanto é importante investir em estruturas e na organização própria. "O povo xavante é um povo guerreiro, tem tudo para ter uma organização forte, para isso é preciso propiciar a unidade interna e se juntar com outros povos e organizações indígenas", ressaltou. Em efeito, segundo Gersem, um dado que ficou evidenciado nessa reunião, é a determinação dos caciques em construir novas alianças na luta para garantir a terra, a cultura e melhorar a qualidade de vida das comunidades Xavante.
Os caciques querem o apoio do PDPI nas ações de fortalecimento da organização do povo e das comunidades xavante, no aspecto da infra-estrutura e em programas de capacitação de lideranças e jovens indígenas. De acordo com Gersem Luciano, para essas lideranças é fundamental, hoje, que os mais jovens conheçam a história do povo, a forma de resistência e os problemas ora vivenciados e tenham acesso ao conhecimento a fim de fazer uma intervenção mais qualificada.
Ajudou, nesse diálogo com os caciques, conforme Jecinaldo, relatar a história e lutas do movimento indígena e da Coiab, com a intenção de explicar como é que funcionam as atuais organizações indígenas, que não substituem o papel dos caciques, nem pretendem dividir caciques e jovens, mas sem fortalecer a luta e ajudar na conquista, de forma organizada, dos direitos dos povos indígenas. "Explicamos, disse Jecinaldo, que é muito importante unir as forças e fortalecer o movimento indígena, a organização própria, que não é a mesma coisa que a Fundação Nacional do Índios (Funai), que é um órgão do governo".
Os caciques e a Coordenação Indígena Xavante (C. I. X.) farão, no mês de novembro, na Aldeia São Marcos, outra reunião, desta vez ampliada, com a participação de mais lideranças xavante e representantes da Coiab, da Coordenação e de alguns departamentos como os de educação e de mulheres. Na reunião deverão aprofundar no conhecimento do movimento indígena, no levantamento dos problemas que mais afetam o povo xavante e na definição de algumas ações na área de fortalecimento organizacional. Os caciques preparam para a ocasião uma grande festa para receber os participantes.
Participaram, além das lideranças xavante, do líder da Coiab e do gerente-técnico do PDPI, o representante do Departamento Internacional para o Desenvolvimento do Governo Britânico (DFID), Itagiba Filho, e representantes da Funai.
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