De Pueblos Indígenas en Brasil
Notícias
Contra construção de hidrelétrica, índios fazem ao menos 200 reféns
26/07/2010
Fonte: FSP, Poder, p. A10
Contra construção de hidrelétrica, índios fazem ao menos 200 reféns
De São Paulo e Brasília - Um grupo de aproximadamente 300 índios de 11 etnias ocupou na manhã de ontem a área em que está sendo construída a usina hidrelétrica de Dardanelos, em Aripuanã (883 km de Cuiabá), e mantinha ao menos 200 funcionários dessa obra como reféns até ontem à noite.
Com os corpos pintados e empunhando arcos e flechas, os índios fecharam a usina às 5h. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), não houve feridos na ação.
"A construção está fora da área [dos índios], mas fica sobre um sítio arqueológico que foi cemitério indígena e tem valor inestimável para eles", disse Antônio Carlos Ferreira de Aquino, da Funai.
O líder da etnia rikbaktsa, Jair Tsaidatase, afirmou que vai pedir indenização à empresa, mas não mencionou a quantia. Segundo o indígena, não há previsão de saída do grupo da área da usina.
Os índios cobram a presença de representantes da hidrelétrica, da Funai e do Ministério Público. "Se não negociarmos, vamos colocar fogo em tudo", disse Tsaidatase.
A Folha não conseguiu contatar a Águas de Pedra -responsável pela obra.
A usina está entre as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e deve ser concluída neste ano. Segundo a empresa, vai gerar gerar 261 megawatts, suficiente para 600 mil habitantes por dia.
O Ministério Público de Mato Grosso já entrou com diversas ações questionando o licenciamento da obra.
FSP, 26/07/2010, Poder, p. A10
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2607201014.htm
De São Paulo e Brasília - Um grupo de aproximadamente 300 índios de 11 etnias ocupou na manhã de ontem a área em que está sendo construída a usina hidrelétrica de Dardanelos, em Aripuanã (883 km de Cuiabá), e mantinha ao menos 200 funcionários dessa obra como reféns até ontem à noite.
Com os corpos pintados e empunhando arcos e flechas, os índios fecharam a usina às 5h. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), não houve feridos na ação.
"A construção está fora da área [dos índios], mas fica sobre um sítio arqueológico que foi cemitério indígena e tem valor inestimável para eles", disse Antônio Carlos Ferreira de Aquino, da Funai.
O líder da etnia rikbaktsa, Jair Tsaidatase, afirmou que vai pedir indenização à empresa, mas não mencionou a quantia. Segundo o indígena, não há previsão de saída do grupo da área da usina.
Os índios cobram a presença de representantes da hidrelétrica, da Funai e do Ministério Público. "Se não negociarmos, vamos colocar fogo em tudo", disse Tsaidatase.
A Folha não conseguiu contatar a Águas de Pedra -responsável pela obra.
A usina está entre as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e deve ser concluída neste ano. Segundo a empresa, vai gerar gerar 261 megawatts, suficiente para 600 mil habitantes por dia.
O Ministério Público de Mato Grosso já entrou com diversas ações questionando o licenciamento da obra.
FSP, 26/07/2010, Poder, p. A10
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2607201014.htm
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.