De Pueblos Indígenas en Brasil
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Funeral Bororo é reafirmação de cultura, afirma Mércio
28/02/2005
Autor: Paula Menna Barreto
Fonte: Funai-Brasília-DF
O presidente da Fundação Nacional do Índio, Mércio Pereira Gomes, participou este sábado e domingo (26 e 27/02) da cerimônia de um funeral Bororo. O ritual foi realizado na Terra Indígena Tereza Cristina, a cerca de 200 quilômetros de Cuiabá (MT). O presidente da Funai aproveitou a ocasião para conversar com as lideranças sobre as principais questões da aldeia. Por solicitação dos Bororo, será realizada uma reunião em Brasília, em data a ser definida. "A Funai está se organizando para atender aos índios de forma cada vez mais eficiente", afirmou o presidente.
Falando às lideranças, ele demonstrou sua satisfação por ver que, embora cercados por fazendas, os Bororo ainda conseguem manter vivas suas tradições e repassá-las para os mais jovens. O presidente da Funai destacou que a aldeia vive um momento próspero, com as crianças sendo introduzidas ao mundo dos brancos, mas sem perder contato com a própria cultura. "Tenho certeza de que, daqui a alguns anos, este povo vai saber cada vez mais do mundo dos brancos, mas sem perder a sua cultura", constatou.
Na tradição Bororo, o funeral é também o momento de iniciação dos mais jovens ao mundo adulto. "Estou muito feliz por ver esta cultura forte. Uma cultura que celebra a morte e a vida. Uma cerimônia de respeito aos mortos, mas também aos jovens que se tornam homens. Depois do que vi hoje, a participação de toda comunidade no ritual, tenho certeza de que os jovens não vão deixar essa cultura desaparecer", disse Mércio Gomes.
O presidente da Funai destacou que o Bororo talvez seja o povo indígena brasileiro mais conhecido e mais estudado, por causa do trabalho antropólogo Claude Levi-Strauss, que fez diversas expedições à região na década de 1930.
Ritual - A cerimônia funeral Bororo dura três dias e é realizada cerca de três meses depois da morte da pessoa. Os ossos são desenterrados e levados para o Baíto, a casa ritual, onde são pintados e adornados enquanto família e amigos prestam homenagens ao morto e choram sua partida. A cerimônia é conduzida por cantadores, sempre os mais velhos da aldeia.
No primeiro dia os ossos são desenterrados e preparados. No dia seguinte são queimados os bens da pessoa morta. Segundo a tradição Bororo só assim o espírito fica livre das preocupações terrenas. Os bens são queimados pelo melhor amigo do morto e que passará a representa-lo na terra e cumprir com todas as obrigações pendentes, inclusive cuidar de sua família. Após este momento é realizada a iniciação dos jovens.
No terceiro dia a cerimônia é realizada inteiramente no Baíto, já com a participação das mulheres, que têm a oportunidade de lamentar a morte do parente mais uma vez. Numa das partes do ritual o espírito é chamado para fazer sua última refeição na terra e conversa com os cantadores
Falando às lideranças, ele demonstrou sua satisfação por ver que, embora cercados por fazendas, os Bororo ainda conseguem manter vivas suas tradições e repassá-las para os mais jovens. O presidente da Funai destacou que a aldeia vive um momento próspero, com as crianças sendo introduzidas ao mundo dos brancos, mas sem perder contato com a própria cultura. "Tenho certeza de que, daqui a alguns anos, este povo vai saber cada vez mais do mundo dos brancos, mas sem perder a sua cultura", constatou.
Na tradição Bororo, o funeral é também o momento de iniciação dos mais jovens ao mundo adulto. "Estou muito feliz por ver esta cultura forte. Uma cultura que celebra a morte e a vida. Uma cerimônia de respeito aos mortos, mas também aos jovens que se tornam homens. Depois do que vi hoje, a participação de toda comunidade no ritual, tenho certeza de que os jovens não vão deixar essa cultura desaparecer", disse Mércio Gomes.
O presidente da Funai destacou que o Bororo talvez seja o povo indígena brasileiro mais conhecido e mais estudado, por causa do trabalho antropólogo Claude Levi-Strauss, que fez diversas expedições à região na década de 1930.
Ritual - A cerimônia funeral Bororo dura três dias e é realizada cerca de três meses depois da morte da pessoa. Os ossos são desenterrados e levados para o Baíto, a casa ritual, onde são pintados e adornados enquanto família e amigos prestam homenagens ao morto e choram sua partida. A cerimônia é conduzida por cantadores, sempre os mais velhos da aldeia.
No primeiro dia os ossos são desenterrados e preparados. No dia seguinte são queimados os bens da pessoa morta. Segundo a tradição Bororo só assim o espírito fica livre das preocupações terrenas. Os bens são queimados pelo melhor amigo do morto e que passará a representa-lo na terra e cumprir com todas as obrigações pendentes, inclusive cuidar de sua família. Após este momento é realizada a iniciação dos jovens.
No terceiro dia a cerimônia é realizada inteiramente no Baíto, já com a participação das mulheres, que têm a oportunidade de lamentar a morte do parente mais uma vez. Numa das partes do ritual o espírito é chamado para fazer sua última refeição na terra e conversa com os cantadores
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