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'Aproximar as mulheres não indígenas para ampliar a nossa voz', diz Inauê Jacinto sobre Encontro 'Feminino Ancestral'
25/09/2025
Autor: Ana Carolina Caldas
Fonte: Brasil de Fato - https://www.brasildefato.com.br/
"Aproximar as mulheres não indígenas para ampliar a nossa voz', diz Inauê Jacinto sobre Encontro 'Feminino Ancestral'
Encontro acontecerá na Associação Aporâ Eté, dias 26 e 27 de setembro
Nos dias 26 e 27 de setembro, a Associação Aporã Etê, localizada na Floresta Estadual Metropolitana de Piraquara, recebe o Encontro Feminino Ancestral, iniciativa que busca aproximar a população não indígena dos povos originários por meio de vivências tradicionais.
O evento é fruto da parceria entre a aldeia Tupã Nhé Kretã e a Aporã Etê. Segundo Inauê Jacinto, da associação, o encontro nasce de uma demanda presente desde a criação da entidade, em 2021. "Nossa associação nasce junto da retomada do nosso território. Já nessa hora surge a necessidade de construir uma organização para levar os chamados dos povos indígenas para outros espaços além do território", explica.
A proposta do Encontro Feminino Ancestral é fortalecer a cultura indígena, convidando especialmente as mulheres não indígenas a se aproximarem dessa realidade. "Queremos trazer as mulheres não indígenas para conseguirem entender um pouco de como que é ser mulher indígena, tanto dentro do território quanto fora, na vida acadêmica, na política, enfim. E, de outro lado, a gente vê que elas podem nos ajudar a levar nossa voz em espaços em que a gente não consegue alcançar ainda como mulheres indígenas", afirma Inauê. "Ou seja, aproximar as mulheres não indígenas para ampliar a nossa voz", conclui.
Ela destaca que o termo "Feminino Ancestral" não se refere apenas às mulheres, mas ao sagrado feminino. "Estamos falando dos cuidados com a Mãe Terra, a natureza, etc."
Vivências e programação
Oficina de Grafismos vai ensinar a preparar tintas naturais e aplicar e tecidos e no corpo
A programação será igual nos dois dias do encontro. As atividades começam às 9 horas, com uma roda de conversa, e seguem em diferentes frentes: oficinas de grafismos indígenas, ensinando a preparar tintas naturais e seus significados; aprendizado sobre ervas medicinais com a anciã Gilda Kuitá Rodrigues, vinda da Terra Indígena de Apucaraninha; além de uma trilha guiada pela floresta, com plantio de árvores nativas.
Durante todo o evento, uma mesa com pratos típicos indígenas ficará disponível, com destaque para o tipá - um pão guarani, frito ou assado, geralmente acompanhado de virado de banana. O encerramento de cada dia contará com apresentações culturais e momentos espirituais de rezas e cânticos.
https://www.brasildefato.com.br/2025/09/25/aproximar-as-mulheres-nao-indigenas-para-ampliar-a-nossa-voz-diz-inaue-jacinto-sobre-encontro-feminino-ancestral/
Encontro acontecerá na Associação Aporâ Eté, dias 26 e 27 de setembro
Nos dias 26 e 27 de setembro, a Associação Aporã Etê, localizada na Floresta Estadual Metropolitana de Piraquara, recebe o Encontro Feminino Ancestral, iniciativa que busca aproximar a população não indígena dos povos originários por meio de vivências tradicionais.
O evento é fruto da parceria entre a aldeia Tupã Nhé Kretã e a Aporã Etê. Segundo Inauê Jacinto, da associação, o encontro nasce de uma demanda presente desde a criação da entidade, em 2021. "Nossa associação nasce junto da retomada do nosso território. Já nessa hora surge a necessidade de construir uma organização para levar os chamados dos povos indígenas para outros espaços além do território", explica.
A proposta do Encontro Feminino Ancestral é fortalecer a cultura indígena, convidando especialmente as mulheres não indígenas a se aproximarem dessa realidade. "Queremos trazer as mulheres não indígenas para conseguirem entender um pouco de como que é ser mulher indígena, tanto dentro do território quanto fora, na vida acadêmica, na política, enfim. E, de outro lado, a gente vê que elas podem nos ajudar a levar nossa voz em espaços em que a gente não consegue alcançar ainda como mulheres indígenas", afirma Inauê. "Ou seja, aproximar as mulheres não indígenas para ampliar a nossa voz", conclui.
Ela destaca que o termo "Feminino Ancestral" não se refere apenas às mulheres, mas ao sagrado feminino. "Estamos falando dos cuidados com a Mãe Terra, a natureza, etc."
Vivências e programação
Oficina de Grafismos vai ensinar a preparar tintas naturais e aplicar e tecidos e no corpo
A programação será igual nos dois dias do encontro. As atividades começam às 9 horas, com uma roda de conversa, e seguem em diferentes frentes: oficinas de grafismos indígenas, ensinando a preparar tintas naturais e seus significados; aprendizado sobre ervas medicinais com a anciã Gilda Kuitá Rodrigues, vinda da Terra Indígena de Apucaraninha; além de uma trilha guiada pela floresta, com plantio de árvores nativas.
Durante todo o evento, uma mesa com pratos típicos indígenas ficará disponível, com destaque para o tipá - um pão guarani, frito ou assado, geralmente acompanhado de virado de banana. O encerramento de cada dia contará com apresentações culturais e momentos espirituais de rezas e cânticos.
https://www.brasildefato.com.br/2025/09/25/aproximar-as-mulheres-nao-indigenas-para-ampliar-a-nossa-voz-diz-inaue-jacinto-sobre-encontro-feminino-ancestral/
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