From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Trilha etnoambiental é nova opção de turismo ecológico perto de Manaus

19/01/2012

Autor: Carlos Eduardo Matos

Fonte: G1 - http://g1.globo.com/



Turista tem a oportunidade de conhecer mais sobre indígenas e a floresta.
Passeio tem apoio de órgão governamental.


Em meio à agitação do centro urbano de Rio Preto da Eva (a 80 km de Manaus), município conhecido no Amazonas como a 'terra da laranja', uma área verde de 42 hectares protegida por 17 famílias indígenas de nove etnias se destaca pelo silêncio - que serve de refúgio para animais silvestres - e pela exuberância da flora medicinal.

A beleza desta selva intacta tornou-se fonte de renda para 99 índios, que formam a Comunidade Indígena Beija-Flor. Há dois meses, foi criada a 'Etnotrilha do Selvagem', a primeira trilha etnoambiental do Amazonas, roteiro obrigatório para quem curte turismo ecológico. A iniciativa ganhou apoio da Amazonastur (Empresa Estadual de Turismo do Amazonas), que está ajudando a comunidade a construir malocas e outros espaços culturais para apresentação de danças, rituais e artesanatos.

Cerca de 800 turistas já percorreram a trilha, afirmou o presidente da Comunidade Beija-Flor, Sérgio Sampaio, de 30 anos, da etnia Tukano. Segundo ele, pessoas de vários estados do Brasil e de países como a Argentina já visitaram o local.

"A comunidade precisava manter o sustento, sem denegrir a mata e esquecer seus valores culturais. Tivemos a ideia de abrir as portas da comunidade para que as pessoas compartilhem as belezas desta floresta nativa e conheçam um pouco dos nossos costumes", explicou.


História

A Comunidade Beija-Flor nasceu da ideia do falecido empresário Richard Melnik, que reuniu membros de várias etnias indígenas para produzir artesanatos para que fossem vendidos no exterior. Com a morte do fundador, a comunidade conseguiu o apoio da prefeitura de Rio Preto da Eva e da Funai (Fundação Nacional do Índio) para se manter no local, mas com o compromisso de preservar a área, impedindo invasões.

Atualmente, índios das etnias tukano, saterê-mawe, sessano, baré, cocama, tuiuca, cambeba, arara e apurinã dividem o mesmo espaço de forma pacífica. O chefe da comunidade é o pai de Sérgio, o aposentado Sérgio Sampaio, de 62 anos, que é o benzedor da tribo. A comunidade se desenvolveu e já possui escola, posto de saúde, casa de informtica e casa de farinha.


Passeio

Passear pela Etnotrilha do Selvagem pode durar uma manhã. Antes de entrar na mata, o turista é recebido com café da manhã regional e apresentação de danças típicas das etnias que vivem no local. A trilha possui um quilômetro e meio de extensão.

De acordo com Sérgio, o nome 'Selvagem' é em referência ao igarapé, com água cristalina, que corta a área preservada.

Em todo o trajeto, placas informam sobre as espécies de animais silvestres encontradas no local, e sobre plantas medicinais ao longo da trilha. No caminho, os índios, que atuam como monitores, explicam aos turistas os inventos usados para caçar e as plantas que ajudam na sobrevivência na selva.

Depois do passeio, o turista é convidado para um almoço. "Nós oferecemos um peixe assado na folha de bananeira", acrescentou. Sérgio explicou que a comunidade recebe famílias e excursões com grande quantidade de turistas, mas é importante fazer o agendamento para que os índios preparem a estrutura de recepção e atendimento.


NOME: Comunidade Indígena Beija-Flor
ONDE FICA: Município de Rio Preto da Eva, bairro Monte Castelo
QUANDO FUNCIONA: De segunda a domingo, mediante agendamento prévio
QUANTO: R$ 25 turistas nacionais; R$ 15 turistas amazonenses e universitários
CONTATO: www.beijaflorrpe.blogspot.com; (92) 9382-8759 e (92) 9297-2982



http://g1.globo.com/amazonas/noticia/2012/01/trilha-etnoambiental-e-nova-opcao-de-turismo-ecologico-perto-de-manaus.html
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.