From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índio passa por cirurgia após esperar meses por doação de sangue raro
16/05/2012
Fonte: G1 - http://g1.globo.com/
Garoto pataxó de13 anos tem uma das válvulas do coração mais aberta.
Ele tem antígeno "Diego B Negativo", existente em raros povos indígenas.
O índio pataxó Emerson Braz, 13 anos, foi submetido à cirurgia que aguardava há mais de dois meses nesta quarta-feira (16). De acordo com o Hospital Martagão Gesteira, referência no procedimento, a operação começou às 15h e foi concluído antes das 20h.
O menino passa bem e deve ficar em observação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Não há previsão de alta médica. "Peço a meu Tupã, que é meu Deus, que tudo ocorra bem", disse Evani Cardoso, mãe do garoto, antes da operação. O índio mora na aldeia Jitaí, na cidade de Porto Seguro, sul da Bahia.
Emerson Braz tem uma das válvulas do coração mais aberta do que o normal, o que dificulta a circulação do sangue para todo o corpo. O nome da doença é valvulopatia, adquirida em consequência de uma febre reumática que teve aos nove anos, segundo os médicos. Quatro anos depois, o garoto começou a sentir dores no peito e falta de ar.
Com diagnóstico confirmado, ele foi transferido para Salvador, onde os médicos descobriram que ele tem sistema de grupo sanguíneo muito raro, o "Diego B Negativo". Foram feitos testes em mais de 40 bolsas. No mês passado, começou a busca pelo país, pelo hemocentro da Bahia, quando foram encontradas as quatro bolsas necessárias - duas em Marília, interior de São Paulo, e as outras em Eunápolis, no sul da Bahia. "Ele tem um antígeno de sangue que só existe em algumas tribos indígenas raras", afirma Renata Cruz, cardiologista responsável pela cirurgia. O tipo do sangue dele é "O positivo", um dos mais comuns entre os brasileiros.
"O mais conhecido dos grupos sanguíneos é o sistema A B O. Existem outros sistemas que não são conhecidos que também são importantes na hora de transfusão. Tem um sistema de grupo sanguíneo chamado Diego. Tem o A e o B. Cada um pode ser positivo ou negativo. Ele [o índio] tem o Diego negativo, que é muito raro na população em geral, é mais comum em índios e asiáticos. Essa é a dificuldade. No sistema A B O, ele [o índio] é O positivo. Além de ser O positivo ele tem o sistema Diego negativo", afirma o hematologista Marinho Marques, diretor de hemoterapia da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba).
Doença cardíaca
A mãe de Emerson, a índia pataxó Evani Cardoso Braz, conta que o menino começou a apresentar sintomas do problema no coração há cerca de quatro meses. "Ele começou a sentir umas dores e ter falta de ar, não conseguia dormir direito. Levamos ele para um hospital em Itamaraju [cidade no sul da Bahia] e ele foi transferido para Salvador para fazer exames", afirma.
Foi no Hospital Martagão Gesteira, localizado no bairro do Tororó, na capital baiana, que o garoto indígena recebeu o diagnóstico. A unidade é especializada no tratamento de crianças com problemas no coração. Enquanto não realizava a cirurgia, a saúde de Emerson foi controlada por remédios.
Emerson é o segundo de quatro filhos da índia Evani, que tem 32 anos. Ela conta que não trabalha, que a família vive da agricultura de subsistência na aldeia Jataí e os remédios usados por Emerson são doados pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/05/indio-passa-por-cirurgia-apos-esperar-meses-por-doacao-de-sangue-raro.html
Ele tem antígeno "Diego B Negativo", existente em raros povos indígenas.
O índio pataxó Emerson Braz, 13 anos, foi submetido à cirurgia que aguardava há mais de dois meses nesta quarta-feira (16). De acordo com o Hospital Martagão Gesteira, referência no procedimento, a operação começou às 15h e foi concluído antes das 20h.
O menino passa bem e deve ficar em observação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Não há previsão de alta médica. "Peço a meu Tupã, que é meu Deus, que tudo ocorra bem", disse Evani Cardoso, mãe do garoto, antes da operação. O índio mora na aldeia Jitaí, na cidade de Porto Seguro, sul da Bahia.
Emerson Braz tem uma das válvulas do coração mais aberta do que o normal, o que dificulta a circulação do sangue para todo o corpo. O nome da doença é valvulopatia, adquirida em consequência de uma febre reumática que teve aos nove anos, segundo os médicos. Quatro anos depois, o garoto começou a sentir dores no peito e falta de ar.
Com diagnóstico confirmado, ele foi transferido para Salvador, onde os médicos descobriram que ele tem sistema de grupo sanguíneo muito raro, o "Diego B Negativo". Foram feitos testes em mais de 40 bolsas. No mês passado, começou a busca pelo país, pelo hemocentro da Bahia, quando foram encontradas as quatro bolsas necessárias - duas em Marília, interior de São Paulo, e as outras em Eunápolis, no sul da Bahia. "Ele tem um antígeno de sangue que só existe em algumas tribos indígenas raras", afirma Renata Cruz, cardiologista responsável pela cirurgia. O tipo do sangue dele é "O positivo", um dos mais comuns entre os brasileiros.
"O mais conhecido dos grupos sanguíneos é o sistema A B O. Existem outros sistemas que não são conhecidos que também são importantes na hora de transfusão. Tem um sistema de grupo sanguíneo chamado Diego. Tem o A e o B. Cada um pode ser positivo ou negativo. Ele [o índio] tem o Diego negativo, que é muito raro na população em geral, é mais comum em índios e asiáticos. Essa é a dificuldade. No sistema A B O, ele [o índio] é O positivo. Além de ser O positivo ele tem o sistema Diego negativo", afirma o hematologista Marinho Marques, diretor de hemoterapia da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba).
Doença cardíaca
A mãe de Emerson, a índia pataxó Evani Cardoso Braz, conta que o menino começou a apresentar sintomas do problema no coração há cerca de quatro meses. "Ele começou a sentir umas dores e ter falta de ar, não conseguia dormir direito. Levamos ele para um hospital em Itamaraju [cidade no sul da Bahia] e ele foi transferido para Salvador para fazer exames", afirma.
Foi no Hospital Martagão Gesteira, localizado no bairro do Tororó, na capital baiana, que o garoto indígena recebeu o diagnóstico. A unidade é especializada no tratamento de crianças com problemas no coração. Enquanto não realizava a cirurgia, a saúde de Emerson foi controlada por remédios.
Emerson é o segundo de quatro filhos da índia Evani, que tem 32 anos. Ela conta que não trabalha, que a família vive da agricultura de subsistência na aldeia Jataí e os remédios usados por Emerson são doados pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/05/indio-passa-por-cirurgia-apos-esperar-meses-por-doacao-de-sangue-raro.html
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