From Indigenous Peoples in Brazil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
News
Garimpeiros armados buscam mortos em reserva Cinta-Larga
14/04/2004
Fonte: O Globo-Rio de Janeiro-RJ
A tensão entre índios e garimpeiros na região da reserva Roosevelt, em Rondônia, próximo a divisa com Mato Grosso, pode se agravar ainda mais nas próximas horas. De acordo com a Funai em Brasília, um representante dos garimpeiros telefonou para o superintendente da Polícia Federal em Porto Velho, delegado Marco Moura, informando que um grupo de vinte homens armados estaria se dirigindo para a reserva para tentar resgatar corpos de vítimas do ataque de índios cinta-larga a um garimpo clandestino de diamante, na quarta-feira.
Uma informação não confirmada pelo governo e repassada na tarde de ontem para a Funai em Brasília dizia que o sindicato dos garimpeiros informou à PF que o grupo já teria localizado entre 14 e 17 corpos. À noite, 30 agentes da Polícia Federal que estão em greve foram liberados pelo sindicato para voltar ao trabalho e participar hoje do resgate dos cadáveres. Em entrevista por telefone ao GLOBO ontem, o cacique Oita Matina Cinta-Larga admitiu que o número de garimpeiros mortos pode ser maior:
- A gente não está sabendo quantos foram (mortos) porque eu ainda não conversei com os guerreiros, que cuidam da reserva - disse o cacique, que esteve em Porto Velho prestando depoimento à Justiça Federal.
Oita Matina disse que o ataque aos garimpeiros foi uma resposta à invasão da reserva.
- Os garimpeiros que começaram. Aí os guerreiros agiram. Não foi o índio que procurou. Foi o garimpeiro - afirmou.
Três corpos de garimpeiros mortos no ataque dos cinta-larga foram retirados do local na segunda-feira, mas sobreviventes garantem haver ainda dezenas de desaparecidos. O Sindicato dos Garimpeiros, com apoio do governo de Rondônia, diz que a Funai estaria impedindo as buscas para proteger os índios cinta-larga. Devido ao atraso, o grupo de vinte garimpeiros teria decidido procurar pelos corpos por conta própria.
Apesar de não confirmar a localização de mais corpos, a Funai confirmou que hoje pela manhã representantes do órgão e policiais federais seguirão para a reserva Roosevelt. A missão teria por objetivo evitar um novo confronto entre índios e garimpeiros.
- Pode acontecer um banho de sangue se esses garimpeiros realmente estiverem dentro da reserva - disse um assessor da presidência da Funai.
Numa reunião ontem com o governador Ivo Cassol (PSDB), representantes da direção da Funai que viajaram a Porto Velho teriam concordado em liberar a entrada na reserva de representantes do governo estadual, incluindo policiais militares e civis. Eles acompanhariam as operações de busca programadas para esta manhã.
Uma informação não confirmada pelo governo e repassada na tarde de ontem para a Funai em Brasília dizia que o sindicato dos garimpeiros informou à PF que o grupo já teria localizado entre 14 e 17 corpos. À noite, 30 agentes da Polícia Federal que estão em greve foram liberados pelo sindicato para voltar ao trabalho e participar hoje do resgate dos cadáveres. Em entrevista por telefone ao GLOBO ontem, o cacique Oita Matina Cinta-Larga admitiu que o número de garimpeiros mortos pode ser maior:
- A gente não está sabendo quantos foram (mortos) porque eu ainda não conversei com os guerreiros, que cuidam da reserva - disse o cacique, que esteve em Porto Velho prestando depoimento à Justiça Federal.
Oita Matina disse que o ataque aos garimpeiros foi uma resposta à invasão da reserva.
- Os garimpeiros que começaram. Aí os guerreiros agiram. Não foi o índio que procurou. Foi o garimpeiro - afirmou.
Três corpos de garimpeiros mortos no ataque dos cinta-larga foram retirados do local na segunda-feira, mas sobreviventes garantem haver ainda dezenas de desaparecidos. O Sindicato dos Garimpeiros, com apoio do governo de Rondônia, diz que a Funai estaria impedindo as buscas para proteger os índios cinta-larga. Devido ao atraso, o grupo de vinte garimpeiros teria decidido procurar pelos corpos por conta própria.
Apesar de não confirmar a localização de mais corpos, a Funai confirmou que hoje pela manhã representantes do órgão e policiais federais seguirão para a reserva Roosevelt. A missão teria por objetivo evitar um novo confronto entre índios e garimpeiros.
- Pode acontecer um banho de sangue se esses garimpeiros realmente estiverem dentro da reserva - disse um assessor da presidência da Funai.
Numa reunião ontem com o governador Ivo Cassol (PSDB), representantes da direção da Funai que viajaram a Porto Velho teriam concordado em liberar a entrada na reserva de representantes do governo estadual, incluindo policiais militares e civis. Eles acompanhariam as operações de busca programadas para esta manhã.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source