From Indigenous Peoples in Brazil
News
Comissão Pró-Índio realiza Oficina de Etnomapeamento
15/04/2004
Fonte: Página 20-Rio Branco-AC
Indígenas aprendem a ler fotos de satélite
Entre os dias 31 de março e 10 de abril, na aldeia Apiwtxa, o Povo Ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amônea, recebeu uma equipe multidisciplinar e interinstitucional de índios e não-índios para a primeira Oficina de Etnomapeamento daquela terra indígena, que reuniu representantes de outras cinco terras indígenas: Ashaninka/Kaxinawá do Rio Breu, Nukini, Praia do Carapanã, Rio Humaitá e Mamoadate.
ATIVIDADES - A oficina, realizada pela Comissão Pró Índio do Acre (CPI/AC) e Associação Apiwtxa, faz parte das atividades do projeto Conservação na Fronteira do Parque da Serra do Divisor (Brasil e Peru), financiado pela The Nature Conservation (TNC) e Fundação Moore. No Brasil é executado pelas Ongs Comissão Pró-Índio do Acre e SOS Amazônia e, no lado peruano, pela Pró Naturaleza e TNC.
O objetivo principal deste projeto é consolidar a proposta de criação do Parque Nacional da Serra do Divisor em território peruano, além da conservação ambiental das áreas protegidas e terras indígenas nos dois países. Este projeto vem consolidar a formação de agentes agroflorestais indígenas para a coordenação da gestão ambiental dos seus territórios.
No evento, representantes do Povo Ashaninka interpretaram imagens de satélites para classificar os cursos d'água em língua indígena, além de identificarem os recursos naturais do território. As imagens utilizadas foram cedidas pelo Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC) e diagramadas pelo Setor de Uso da Terra e Mudanças Globais - SETEM (Parque Zoobotânico/ UFAC).
A partir de discussões coletivas foram zoneadas segundo a classificação indígena, as tipologias da vegetação, as áreas de refúgio de caça e as áreas de uso dos Ashaninka (roçados, áreas de coleta, áreas sagradas etc..). Também foi dado início a elaboração de um plano de uso dos recursos naturais, situação em que os Ashaninka aperfeiçoaram e enriqueceram regras de uso destes recursos dos quais alguns já estão sendo manejados pelos Ashaninka tanto para o uso da comunidade, como também para comercialização A exemplo, semente de murmuru, palha de jaci, tracajá, frutas e sementes florestais e peixes.
SEMINÁRIOS - Posteriormente ocorreram seminários visando integrar as articulações que já vêm sendo realizadas pelo Fórum Trinacional MAP (Brasil, Peru e Bolívia), consolidando uma política de conservação ambiental aliada às iniciativas de integração comercial já iniciadas bilateralmente entre Brasil e Peru.
A oportunidade de reunir vários representantes de cinco terras indígenas do Estado do Acre entre professores, agentes agroflorestais, lideranças, representantes de associações indígenas, para discutir os problemas sociambientais da região de fronteira motivou ricos debates e reflexões, tendo tido destaque especial às invasões dos territórios indígenas
Entre os dias 31 de março e 10 de abril, na aldeia Apiwtxa, o Povo Ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amônea, recebeu uma equipe multidisciplinar e interinstitucional de índios e não-índios para a primeira Oficina de Etnomapeamento daquela terra indígena, que reuniu representantes de outras cinco terras indígenas: Ashaninka/Kaxinawá do Rio Breu, Nukini, Praia do Carapanã, Rio Humaitá e Mamoadate.
ATIVIDADES - A oficina, realizada pela Comissão Pró Índio do Acre (CPI/AC) e Associação Apiwtxa, faz parte das atividades do projeto Conservação na Fronteira do Parque da Serra do Divisor (Brasil e Peru), financiado pela The Nature Conservation (TNC) e Fundação Moore. No Brasil é executado pelas Ongs Comissão Pró-Índio do Acre e SOS Amazônia e, no lado peruano, pela Pró Naturaleza e TNC.
O objetivo principal deste projeto é consolidar a proposta de criação do Parque Nacional da Serra do Divisor em território peruano, além da conservação ambiental das áreas protegidas e terras indígenas nos dois países. Este projeto vem consolidar a formação de agentes agroflorestais indígenas para a coordenação da gestão ambiental dos seus territórios.
No evento, representantes do Povo Ashaninka interpretaram imagens de satélites para classificar os cursos d'água em língua indígena, além de identificarem os recursos naturais do território. As imagens utilizadas foram cedidas pelo Instituto do Meio Ambiente do Acre (IMAC) e diagramadas pelo Setor de Uso da Terra e Mudanças Globais - SETEM (Parque Zoobotânico/ UFAC).
A partir de discussões coletivas foram zoneadas segundo a classificação indígena, as tipologias da vegetação, as áreas de refúgio de caça e as áreas de uso dos Ashaninka (roçados, áreas de coleta, áreas sagradas etc..). Também foi dado início a elaboração de um plano de uso dos recursos naturais, situação em que os Ashaninka aperfeiçoaram e enriqueceram regras de uso destes recursos dos quais alguns já estão sendo manejados pelos Ashaninka tanto para o uso da comunidade, como também para comercialização A exemplo, semente de murmuru, palha de jaci, tracajá, frutas e sementes florestais e peixes.
SEMINÁRIOS - Posteriormente ocorreram seminários visando integrar as articulações que já vêm sendo realizadas pelo Fórum Trinacional MAP (Brasil, Peru e Bolívia), consolidando uma política de conservação ambiental aliada às iniciativas de integração comercial já iniciadas bilateralmente entre Brasil e Peru.
A oportunidade de reunir vários representantes de cinco terras indígenas do Estado do Acre entre professores, agentes agroflorestais, lideranças, representantes de associações indígenas, para discutir os problemas sociambientais da região de fronteira motivou ricos debates e reflexões, tendo tido destaque especial às invasões dos territórios indígenas
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