From Indigenous Peoples in Brazil
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News
GENERAL E BISPO DENUNCIAM ÍNDIOS E A FUNAI; VEJA O VÍDEO
22/04/2004
Fonte: Rondoniagora-Porto Velho-RO
O Jornal Nacional, da Rede Globo, apresentou nesta quarta feira entrevistas com o general Jorge Félix, ministro-chefe Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Ele faz sérias acusações contra índios. Já o bispo de Ji-Paraná, Dom Antônio Possamai, acusou funcionários da Funai de omissão e corrupção. VEJA A MATÉRIA E AO FINAL, ASSISTA AO VÍDEO.
ÍNDIOS NO GARIMPO
O general Jorge Félix, ministro-chefe Gabinete de Segurança Institucional, foi sobrevoar a reserva para fazer um relatório que vai ser entregue ao presidente Lula. Do alto, é possível ver muitos desmatamentos e duas pistas de pouso. Nenhum garimpeiro foi encontrado, mas os garimpos, segundo o general, estavam funcionando.
"Não vi garimpeiro. Vi índios garimpando numa quantidade bastante grande, num garimpo bastante grande também", afirmou o general.
Ele disse que vai propor que o governo regulamente a extração de diamantes, já que a proibição não está dando resultado.
"A realidade tem nos mostrado que quando você proíbe, é difícil manter a proibição. Nenhum governo tem efetivo suficiente para bloquear que isso aconteça", aponta o general.
No IML de Porto Velho, as famílias já identificaram 11 dos 29 garimpeiros mortos pelos índios. Os peritos pediram exame de DNA para identificar os demais, porque estão queimados. Segundo a perícia, as queimaduras não foram provocadas pelos índios, mas pela exposição ao sol, já que os corpos ficaram uma semana no meio da selva.
A perícia também concluiu que os garimpeiros tiveram as mãos amarradas com cipós e depois foram mortos - alguns a tiros, mas a maioria a golpes de tacape e facão.
A Polícia Federal já começou a ouvir os garimpeiros que sobreviveram. O objetivo da investigação agora é identificar os índios que participaram do ataque. Depois, a polícia vai requisitar à Funai que apresente esses índios e, então, vai ouvi-los. O inquérito deve demorar dois meses.
Hoje, na abertura da 42ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Indaiatuba, São Paulo, o Bispo de Ji-Paraná, Dom Antônio Possamai, acusou funcionários da Funai de omissão e corrupção.
O bispo confirmou que um campo de pouso da Funai é usado para contrabando de diamante. "Disse e confirmo, porque realmente as testemunhas que eu ouvi, e muitas outras pessoas, falaram disso. A direção da Funai tem conhecimento disso. Então é um caso de corrupção e falta de ação da Funai", declarou o bispo.
Em resposta às acusações do bispo, a Funai afirmou, em nota, que a busca de bodes expiatórios não condiz com a profundidade da tragédia e que mais de quatro mil garimpeiros foram retirados da reserva nos últimos cinco anos com o apoio da Polícia Federal.
No início da noite, numa entrevista, um dos caciques da tribo cinta-larga admitiu que os índios mataram os garimpeiros porque estavam cansados da presença deles na reserva.
ÍNDIOS NO GARIMPO
O general Jorge Félix, ministro-chefe Gabinete de Segurança Institucional, foi sobrevoar a reserva para fazer um relatório que vai ser entregue ao presidente Lula. Do alto, é possível ver muitos desmatamentos e duas pistas de pouso. Nenhum garimpeiro foi encontrado, mas os garimpos, segundo o general, estavam funcionando.
"Não vi garimpeiro. Vi índios garimpando numa quantidade bastante grande, num garimpo bastante grande também", afirmou o general.
Ele disse que vai propor que o governo regulamente a extração de diamantes, já que a proibição não está dando resultado.
"A realidade tem nos mostrado que quando você proíbe, é difícil manter a proibição. Nenhum governo tem efetivo suficiente para bloquear que isso aconteça", aponta o general.
No IML de Porto Velho, as famílias já identificaram 11 dos 29 garimpeiros mortos pelos índios. Os peritos pediram exame de DNA para identificar os demais, porque estão queimados. Segundo a perícia, as queimaduras não foram provocadas pelos índios, mas pela exposição ao sol, já que os corpos ficaram uma semana no meio da selva.
A perícia também concluiu que os garimpeiros tiveram as mãos amarradas com cipós e depois foram mortos - alguns a tiros, mas a maioria a golpes de tacape e facão.
A Polícia Federal já começou a ouvir os garimpeiros que sobreviveram. O objetivo da investigação agora é identificar os índios que participaram do ataque. Depois, a polícia vai requisitar à Funai que apresente esses índios e, então, vai ouvi-los. O inquérito deve demorar dois meses.
Hoje, na abertura da 42ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Indaiatuba, São Paulo, o Bispo de Ji-Paraná, Dom Antônio Possamai, acusou funcionários da Funai de omissão e corrupção.
O bispo confirmou que um campo de pouso da Funai é usado para contrabando de diamante. "Disse e confirmo, porque realmente as testemunhas que eu ouvi, e muitas outras pessoas, falaram disso. A direção da Funai tem conhecimento disso. Então é um caso de corrupção e falta de ação da Funai", declarou o bispo.
Em resposta às acusações do bispo, a Funai afirmou, em nota, que a busca de bodes expiatórios não condiz com a profundidade da tragédia e que mais de quatro mil garimpeiros foram retirados da reserva nos últimos cinco anos com o apoio da Polícia Federal.
No início da noite, numa entrevista, um dos caciques da tribo cinta-larga admitiu que os índios mataram os garimpeiros porque estavam cansados da presença deles na reserva.
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