From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Sobrevivente denuncia corrupção na reserva
22/04/2004
Fonte: Estadão do Norte-Porto Velho-RO
Um gande esquema de corrupção e tráfico de diamantes, envolvendo a direção da Funai em Rondônia, foi denunciado ontem - e gravado em fita VHS - pelo garimpeiro F.C.S.C, sobrevimente do massacre dos índios Cinta Larga, na semena passada, na reserva Roosevelt, em Espigão do Oeste. A denúncia foi encaminhada pelo governo do Estado ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O Jornal da Globo (da Rede Globo), divulgou trechos da fita onde o garimpeiro faz as denúncias. A fita foi exibida a jornalistas no Departamento de Comunicação (Decom).
De acordo com o garimpeiro, o superintendente da Funai em Rondônia, Valter Bloss, comanda um esquema que lhe rende até 40% de tudo que é faturado no garimpo. Ele é apontado, também, como peça-chave de uma conexão do tráfico internacional de pedras preciosas, com ramificação em Cuiabá (MT). Lá, a "ponte" do esquema liderado por Bloss é uma pessoa identificada apenas como Gilmar Santos.
Segundo o depoimento do garimpeiro - que escapou de ser morto porque durante meses manteve três aldeias com alimentação, medicamentos e combustível - Bloss é o maior incentivador da matança na reserva Roosevelt. F.C explica que, antes da entrada da equipe da Funai na área - há cerca de dois anos - os garimpeiros e índios trabalhavam em harmonia. "A gente retirava os diamantes e vendíamos juntos. Em muitos casos, pagávamos até 50% de comissão para os índios. Por exemplo: se uma pedra custava R$ 100 mil, o Bloss pagava apenas R$ 10 mil. Isso fez com que a equipe dele entrasse em conflito com os preços que os garimpeiros pagavam".
MILHÕES DE DÓLARES
De acordo com os cálculos feitos por F, milhões de dólares, em diamantes, deixavam a reserva todos os meses, sob o comando de Valter Bloss. Com uma produção média de 30 quilates, por cada máquina - num total de 300 - a produção chegava em 9.000 quilates de diamantes por dia. O quilate era pago - num preço bem abaixo do praticado no mercado internacional - a US$ 500, 00. O mesmo produto era revendido por até US$ 20 mil o quilate.
De acordo com o garimpeiro, o superintendente da Funai em Rondônia, Valter Bloss, comanda um esquema que lhe rende até 40% de tudo que é faturado no garimpo. Ele é apontado, também, como peça-chave de uma conexão do tráfico internacional de pedras preciosas, com ramificação em Cuiabá (MT). Lá, a "ponte" do esquema liderado por Bloss é uma pessoa identificada apenas como Gilmar Santos.
Segundo o depoimento do garimpeiro - que escapou de ser morto porque durante meses manteve três aldeias com alimentação, medicamentos e combustível - Bloss é o maior incentivador da matança na reserva Roosevelt. F.C explica que, antes da entrada da equipe da Funai na área - há cerca de dois anos - os garimpeiros e índios trabalhavam em harmonia. "A gente retirava os diamantes e vendíamos juntos. Em muitos casos, pagávamos até 50% de comissão para os índios. Por exemplo: se uma pedra custava R$ 100 mil, o Bloss pagava apenas R$ 10 mil. Isso fez com que a equipe dele entrasse em conflito com os preços que os garimpeiros pagavam".
MILHÕES DE DÓLARES
De acordo com os cálculos feitos por F, milhões de dólares, em diamantes, deixavam a reserva todos os meses, sob o comando de Valter Bloss. Com uma produção média de 30 quilates, por cada máquina - num total de 300 - a produção chegava em 9.000 quilates de diamantes por dia. O quilate era pago - num preço bem abaixo do praticado no mercado internacional - a US$ 500, 00. O mesmo produto era revendido por até US$ 20 mil o quilate.
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